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21/07/2023 às 5:00 - há XX semanas | Autor: Elis Freire*

MÚSICA

Coletivo Outras Vozes celebra a música popular baiana no Rio Vermelho

Formado por talentos emergentes, grupo se apresenta neste domingo, na Casa Rosa

Fatel (camisa verde): “A cultura voltada para os graves é massiva. Isso faz a voz e violão parecer careta, o que não é verdade”
Fatel (camisa verde): “A cultura voltada para os graves é massiva. Isso faz a voz e violão parecer careta, o que não é verdade” -

Dez artistas independentes de várias regiões da Bahia, com sonoridades diversas, mas unidos pela canção. O Coletivo Outras Vozes, formado por Ana Barroso, Angela Velloso, Daniel Farias, Dórea, Fatel, Guigga, Lígia Rizério, Nalessa Paraizo, Luíza Britto e Théo Charles se apresenta domingo, 23, às 18h, na Casa Rosa, Rio Vermelho. No mês da Independência da Bahia, o show celebra a força da música popular baiana, mesclando músicas autorais com canções de autores consagrados da terra.

Caetano Veloso, João Gilberto, Tom Zé, Gilberto Gil, Batatinha, Gal Costa. O coletivo interpretará nomes importantes da música popular baiana e brasileira para um resgate da música melódica, com maior apuro poético na letra das canções. Desmistificar a ideia de que a MPB é uma música só para intelectual e fortalecer o trabalho autoral de cada um dos artistas são os dois grandes motes do coletivo.

“A gente criou um levante pela canção. Um trabalho de composição e melodia mais elaborado, mas não para parecer intelectual. É música popular brasileira autoral. Temos artistas de toda a Bahia, muito diferentes um do outro, mas com a causa em comum que é a canção”, explica Daniel Dórea, músico e compositor soteropolitano e produtor musical do grupo.

“É um resgate de nós mesmos, enquanto baianos, para voltarmos a nos reconhecer na música com melodia, harmonia e letra. Há uma cultura voltada para os graves que é muito massiva e vende mais. Isso faz qualquer voz e violão parecer careta e ‘coisa de velho’, o que não é verdade”, completa o juazeirense Fatel.

O coletivo surgiu de forma orgânica em maio deste ano, entre amigos que tocavam juntos. Em junho, o grupo tocou pela primeira vez na Casa Rosa e agora, no mês do bicentenário da Independência da Bahia, retorna ao espaço com um show inédito. Contando com intervenções poéticas do mediador Daniel Farias, a apresentação convida o público à uma apreciação da arte de se fazer música.

Com o intuito de dar visibilidade aos artistas da cena musical contemporânea, para além dos nomes do mainstream, a apresentação é um convite à escuta do trabalho dos músicos, com estreia da cantora e atriz Nalessa Paraizo. “A gente é ‘Outras Vozes’ porque sabemos que não é esse tipo de voz e esse tipo de música que fazemos que está tendo maior atenção do público. A gente quer ser ouvido também, chegar a mais pessoas. Salvador é uma cidade difícil para você fazer música autoral e queremos ter também o nosso espaço”, explica Dórea.

“Outras Vozes também é um protesto, para que as pessoas se deem a oportunidade de conhecer a gente e espalhar o nosso nome. Unimos forças de vários lugares da Bahia, porque infelizmente a gente não consegue tanto recurso para poder divulgar o nosso trabalho. É sempre uma luta, a vida do artista independente. Então se juntando a gente consegue ajudar uns aos outros e o público de um também pode passar a ser público do outro e vice-versa”, ressalta Angela Velloso.

Ana Barroso – compositora de Vitória da Conquista – e Fatel – artista juazeirense – trazem referências fortes da música do sertão. Angela Velloso, intérprete soteropolitana, explora do jazz ao samba, Daniel Dórea tem veias fortes no rock e Guigga, de Maracás, une sonoridades do forró e MPB. Outras Vozes representa a diversidade criativa da música baiana produzida em cada canto do Estado.

Referências da Bahia

Na noite deste domingo, Angela Veloso interpretará Manekin, composição do seu pai, Duarte Velloso, e canção que ganhou maior carinho do público, além das músicas Baiano Burro Nasce Morto (Gordurinha) e Eu Preciso Aprender a Só Ser, do mestre Gilberto Gil.

A cantora, que cresceu em uma casa de músicos, traz como referência artistas formadores da música brasileira, como Maria Bethânia, Gilberto Gil e João Donato, mesclando com inspirações de artistas pop e jazz internacionais. Mas a paixão pela força da música baiana é o que move seu trabalho no coletivo.

“A gente tem orgulho de ser brasileiro e tem muito orgulho de ser baiana, a gente traz isso na nossa música e defende a nossa cultura. Bahia e nosso país, Brasil, e a cultura popular, certamente são o nosso foco. A valorização da cultura popular une muita gente, porque sabemos que temos que manter esse espaço para não deixar a cultura se perder” afirma Angela.

Já Fatel, crescido no sertão baiano de Juazeiro, apresentará na Casa Rosa a canção Hora da Razão, canção de Batatinha, e Menino Jesus, de Tom Zé, para homenagear os artistas baianos.

Além disso, o artista fará músicas do seu último álbum Tá Aí o Tal Jardim de Areia, com sonoridades do sertão baiano e letras que envolvem os ouvintes em sensações do cotidiano do músico.

“A ideia é que no dia 23 as pessoas estejam ali para contemplar o show e admirar a música baiana, para se orgulhar em ver baianos como a gente produzindo esse tipo de música. Espero que as pessoas possam olhar para esse lado da canção e se identificar”, afirma Fatel.

“A gente quer que o público chegue lá e fique atento ao que está acontecendo. É um show mais intimista, para que cada um possa estar parado ouvindo o que a gente tem a dizer, naquelas duas horinhas em que a gente vai estar tocando”, completa o produtor Dórea.

Com três músicas inéditas do seu próximo álbum autoral A Grande Coisa, Dórea fará também um dueto com Fatel, cantando uma música de Moraes Moreira. O público será convidado a relembrar canções clássicas da música popular baiana, ao mesmo tempo que poderá conhecer os novos trabalhos autorais dos artistas que compõem o coletivo Outras Vozes.

O show acontecerá na Casa Rosa – localizada Praça Colombo, no Rio Vermelho – com o espaço ampliado para acolher mais pessoas.

Os ingressos custam R$ 50 e podem ser adquiridos antecipadamente pela plataforma Sympla.

*Sob supervisão do editor Chico Castro Jr.

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