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Balé Folclórico celebra 35 anos com exposição interativa no TCA

A temporada começa às 18h, no Foyer do TCA, ficando em cartaz até 1º de outubro

Publicado terça-feira, 22 de agosto de 2023 às 06:00 h | Autor: Tamires Silva*
A exposição reúne fotos, textos, prêmios, figurinos, cartazes e programas de turnês 
da companhia
A exposição reúne fotos, textos, prêmios, figurinos, cartazes e programas de turnês da companhia -

Destacada representação cultural baiana, o Balé Folclórico da Bahia celebra 35 anos com a exposição O Olhar do Tempo. ”Interativa, a mostra tem abertura hoje, quando também se comemora o Dia Internacional do Folclore.

A temporada começa às 18h, no Foyer do Teatro Castro Alves (TCA), ficando em cartaz até 1º de outubro, com visitação de terça a sexta-feira, das 13h às 18h. Sábados e domingos, das 10h às 18h, com entrada gratuita.

Com sede no Pelourinho, em Salvador, o Balé Folclórico da Bahia é a única companhia de dança folclórica profissional do País. Multidisciplinar, o grupo baiano tem entre os integrantes dançarinos, músicos e cantores, todos rigorosamente preparados tecnicamente para a dança, a música, a capoeira, o canto e o teatro. Para preservar e divulgar as principais manifestações folclóricas da Bahia, o Balé desenvolveu uma linguagem cênica que parte dos aspectos populares e atinge questões contemporâneas.

O premiado Balé, que completou 35 anos no dia 7 último, já se apresentou em mais de trezentas cidades e 27 países, incluindo Estados Unidos, Itália, Inglaterra, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Nova Zelândia, Austrália, Alemanha, França, Holanda, Suíça, México, Chile, Colômbia, Finlândia, Suécia e África do Sul, dentre outros. 

“A companhia foi criada em 1988 com o objetivo maior de pesquisar, manter e promover a cultura e o folclore da Bahia. Desde seu início, o BFB conquistou muitos prêmios e a atenção da crítica especializada mundial, que entendeu que o trabalho realizado pelo BFB unia de forma completa as tradições culturais e a contemporaneidade, sem perder sua raízes”, afirma Vavá Botelho, fundador e diretor geral da companhia.

“O Balé Folclórico é como um embaixador cultural do Brasil para o mundo e isso nos honra muito, apesar de estarmos numa área artística que não é muito valorizada, como é a dança folclórica. Conseguimos alcançar patamares que nenhuma outra companhia de dança no país alcançou”, acrescenta Vavá.

Espírito de baianidade

Com curadoria e projeto expográfico de Rose Lima e Fritz Zehnle, a exposição vai reunir fotos, textos, prêmios, figurinos, cartazes e programas das turnês mundiais realizadas pela cia. Por meio de parabólicas sonoras, pode-se escutar áudios das principais coreografias do BFB que estarão sendo reproduzidas em telões. A exposição O Olhar do Tempo teve sua primeira montagem em novembro do ano passado, também no Foyer do TCA, na ocasião do primeiro Festival Balé Folclórico da Bahia, quando foi visitada por cerca de 20 mil pessoas nos dois meses que ficou em cartaz.

Além da celebração dos 35 anos do Balé, a exposição será aberta no Dia Internacional do Folclore justamente com o intuito de reconhecer, festejar e valorizar as tradições folclóricas. O Balé Folclórico da Bahia é uma companhia inspirada nas principais expressões do folclore afro-brasileiro, através da dança, dos figurinos e da musicalidade. 

“Nossa fonte de inspiração é sempre a arte e a cultura populares, em especial da Bahia. Nosso grande diferencial é que conseguimos aliar todas as vertentes e técnicas de dança em prol de um espetáculo que transmite ao público o verdadeiro espírito de baianidade do nosso povo”, diz Vavá.

“Durante a exposição, esperamos que o público vivencie a imersão total na cultura baiana. Para aqueles que desejam ingressar na companhia, sempre que realizamos audição para o ingressos de novos bailarinos buscamos exatamente o que não se ensina em sala de aula, ou seja, o espírito dessa baianidade de que tanto falo. A técnica eles aprenderão com o tempo, mas ser baiano é para poucos”, conclui.

Exposição interativa “O Olhar do Tempo” / Abertura: hoje (22), 18h / Foyer do Teatro Castro Alves / Em cartaz até 1º de outubro / Visitação de terça a sexta-feira, das 13 às 18h / Sábados e domingos, das 10 às 18h / Entrada gratuita

* Sob a supervisão do editor Chico Castro Jr.

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