EM SALVADOR
Glória Pires grava documentário sobre o Balé Folclórico da Bahia
Projeto foi idealizado em 2017 para os 30 anos da companhia, mas precisou ser adiado por conta da pandemia
Por Felipe Viterbo
O tradicional Balé Folclórico da Bahia terá sua história contada através das lentes da atriz, e agora diretora, Glória Pires. A artista de 59 anos encontra-se atualmente em Salvador para as gravações de seu primeiro longa-metragem como realizadora, um projeto que retraça a trajetória do grupo de dança e seus 34 anos de existência.
O filme celebra a história da companhia que, afastada dos palcos por mais de dois anos, quase encerrou definitivamente suas atividades durante a pandemia. Considerado um dos principais embaixadores culturais do Brasil, o grupo de dança afro-brasileira já se apresentou em mais de vinte países ao redor do mundo e agora vira história de Cinema.
Ao Portal A TARDE, o fundador e diretor geral do Balé Folclórico da Bahia, Vavá Botelho, contou que o filme é um "registro histórico de tudo que foi feito. É o reconhecimento de pessoas importantes, professores e bailarinos que marcaram a trajetória do Balé".
Idealizado por Glória Pires durante uma visita à Salvador em 2017, o documentário seria lançado em comemoração dos 30 anos do BFB. Por falta de recursos e, mais tarde, por restrições ligadas à pandemia, as gravações do projeto precisaram ser adiadas. Na época, a atriz destacou a força inspiradora do grupo que viveu de dança ao longo de décadas em um país onde não há política cultural consistente.
De volta aos palcos, a companhia de dança reestreou no dia 29 de abril deste ano, no Teatro Miguel Santana, no Pelourinho, em uma apresentação acompanhada de perto por Glória que, sem incentivo à produção, levantou recursos próprios para a realização do filme neste mês de novembro da consciência negra e de estreia mundial do novo espetáculo da companhia, 'O Balé Que Você Não Vê'.
Com direção geral de Vavá Botelho e direção artística de José Carlos Arandiba (Zebrinha), a montagem é inspirada na luta diária de uma companhia profissional para se manter - financeiramente e tecnicamente - e é parte fundamental do roteiro do documentário, coproduzido com a equipe do próprio grupo.
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