EXPOSIÇÃO
Henry Studart exibe pinturas no hall do Jornal A TARDE
Por Verena Paranhos

Questões relativas à fé e à cura acompanham Henry Studart em seu caminho artístico. Parte desse trabalho pode ser visto no projeto "Arte por Toda Parte", que ocupa o Hall de A TARDE até 1º de fevereiro.
Henry Studart começou a pintar aos 12 anos em aulas com o professor Wagner Lacerda, depois de ser diagnosticado com uma doença rara, a adrenoleucodistrofia.
"Inicialmente, era uma iniciativa para estimular minha criatividade e me dar forças para conseguir fazer o transplante", conta Studart, aos 31 anos.
O caso de Henry é o primeiro que se tem notícia de cura da enfermidade, a mesma enfrentada pelo personagem do filme "O Óleo de Lorenzo" (1992).
"Eu só tinha 10% de chance de sobrevivência. Me tornei devoto de Irmã Dulce, acredito muito que ela me ajudou a superar a doença. Hoje, muitas das minhas telas retratam santas. É uma forma de mostrar a minha fé", diz.
Ainda sob os direcionamentos de Wagner Lacerda, Henry Studart busca cada vez mais a profissionalização na pintura, por meio de cursos e oficinas. Apesar de também pintar paisagens, atualmente o trabalho dele está mais direcionado à arte figurativa.
Preferindo cores escuras, as madonas são aspectos marcantes em suas telas. "Me inspira a realidade do ser mulher. Existem várias santas que são minhas mulheres, minhas mães".
A história de superação de Henry Studart pode ser conferida no livro "Doce Felicidade da Vitória" (Clube de Autores, 2013), escrito por sua mãe, Patrícia Studart. A publicação é um estudo de caso do transplante de medula óssea para a adrenoleucodistrofia.
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