DE DOCES A BUDAS
Produtos da cultura oriental movimentam comércio no Bon Odori
Espaço no festival que acontece no Parque de Exposições reúne empreendedores de diversos segmentos
Por Matheus Calmon
Doce com recheio de feijão, estátuas de Buda, kimonos, entre outros. O comércio de produtos orientais no Bon Odori, festival de cultura japonesa que acontece no Parque de Exposições de Salvador, é uma oportunidade para conhecer e adquirir produtos variados.
Como ocorreu em outras edições, este sábado, 26, foi o dia mais intenso. Na loja Terracota, Dona Ying contou que o público tem à disposição uma série de produtos alimentícios. "A maioria procura doces e salgados, balas de produtos chineses e japoneses", relatou ela ao Portal A TARDE.
Entre as opções havia, inclusive, um doce feito com recheio de feijão azuki e arroz. "É uma coisa deliciosa, muito gostosa", garante ela, que destaca também uma bebida coreana. "Está na moda agora, é um 'alcoolzinho', não sei falar direito, mas o pessoal gosta de beber", disse.
Quem passava próximo ao stand da Verde Terra logo era atraído pela efusão de cheiros que tomavam conta do local. "Nós temos japamalas, sabonetes naturais, desodorantes, balms labiais com manteigas e óleos nobres. Tudo artesanal feito por pessoas que amam o que fazem", contou Cida Faria, dona do estabelecimento.
Entre os produtos, alguns possuem propriedades especiais. "Temos sabonete de carvão ativo, que faz um detox na pele, tira toda oleosidade, toda impureza, e eu recomendo para toda pele uma vez por semana. Temos também um sabonete que chamo da prosperidade. É com anis estrelado, canela e cravo. Tem todas as propriedades do povo cigano".
Dividindo espaço com Cida estava Elisabete Brito, da Bete Brito Velas Artesanais. Entre os itens, o espaço holístico possui estátuas variadas de Buda, incensos, tecidos, entre outros produtos.
Ela conta que era terapeuta e percebeu em determinado momento da carreira a necessidade de mudar de foco para a parte comercial. "Trabalho com produtos, terapias alternativas", disse.
Bete mostrou também produtos que possuem princípios ativos devido seus elementos naturais. "Trabalho aqui com incensos, como esse que é terapêutico, cravo e canela, também a sálvia, que é para trabalhar a energia feminina, principalmente para mulheres que estão entrando na menopausa".
Ela avalia que o evento é interessante para a cultura oriental e outros mais também deveriam ser realizados.
"Essa festa deveria acontecer mais vezes durante o ano. Chega a 80 mil pessoas, é algo que surpreende. O crescimento comercial pra gente traz enriquecimento para nossa cidade, nossa cultura, traz gente de vários lugares para conhecer o festival, pessoas de outras cidades da Bahia também. Salvador é muito carente disso aí", disse.
"A gente foca muito na afrodescendência e esquecemos que somos universalistas e essa área oriental precisava ser melhor vista, pois existe público para todas as áreas", avaliou Elisabete.
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