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LITERATURA

Baiano de Santo Estevão conquista prêmio nacional de poesia

Concurso está na 30ª edição e contou com 1.432 inscrições oriundas de várias partes do Brasil e outros países

Por Matheus Calmon

05/12/2022 - 18:34 h
Ele é autor do livro de poesia 'Viração', publicado pela Editora Patuá em 2020
Ele é autor do livro de poesia 'Viração', publicado pela Editora Patuá em 2020 -

Natural de Santo Estevão, no centro-norte da Bahia, Fabrício Oliveira, de 26 anos, venceu a 30ª edição do Prêmio Moutonnée de Poesia, o maior prêmio do estilo literário do país. Nesta edição foram 1.432 trabalhos de todos os estados brasileiros, além de obras de poetas da Espanha, Estados Unidos, Itália, Moçambique, Turquia e Portugal.

Neste ano, o tema do concurso foi "Pós-moderno; pós-tudo". Na categoria Adulto, Fabrício conquistou o primeiro lugar com a poesia 'Esquizofrenia', inspirada na experiência com seu avô.

"Estava sentado no sofá, ele chegou com as mãos para trás, inquieto, e me veio a ideia de escrever o poema sobre a pessoa que tem esquizofrenia e não desiste de viver. O poema nasceu do meu contato com meu avô. Foi em questão de poucos minutos, parecia que já estava pronto na minha cabeça", lembrou Fabrício durante a entrevista concedida ao Portal A TARDE.

Formado em Língua Portuguesa pela Universidade Estadual de Feira de Santana, ele criou a poesia há cerca de três anos e decidiu enviá-la ao concurso. Ao receber a notícia de que havia conquistado o primeiro lugar no concurso, Fabrício contou que a conquista representa o reconhecimento do seu trabalho.

"Para um escritor, quer queira, quer não, um concurso é a confirmação de que o trabalho dele está sendo valorizado. No Brasil, de certa forma, o escritor é mais visto quando tem um prêmio na biografia dele, infelizmente. Seu trabalho é visto com outros olhos. Então, recebi o prêmio com muita felicidade. E tive a constatação de que meu trabalho está valendo a pena".

Fabrício foi criado pela avó e pelo avô, que inspirou a criação da obra. Apesar de ter estudado até o 8º ano, ela sempre lhe incentivou a estudar e sempre lhe conscientizou da importância da educação. Além dela, na sua trajetória, Fabrício contou ainda com o apoio de professores em todas as etapas do conhecimento.

"Então, desde sempre tive essa pedagoga em casa. E ainda tive a grande sorte de ter excelentes professores, tanto no ensino médio quanto na universidade, que me deram, digamos, régua e compasso. Só podemos criar leitores se gostarmos de ler".

Ele avalia que teve uma trajetória repleta de espinhos, mas com "pessoas que abriram caminhos e deram as mãos para a gente caminhar".

"Embora a educação no Brasil seja deficitária, eu tive excelentes professores e escritores, que me motivaram, me deram indicações de leitura. Então, sempre tive essa vontade, necessidade de escrever. A escrita, para mim, é algo fundamental. Então, concorrer em um concurso com pessoas do Brasil e de outros países e vencer, é inexplicável, é impagável. É algo que dá uma energia, uma sobrecarga ao escritor".

Ele frisou ainda que o artista das letras geralmente escreve por lhe fazer bem. Entretanto, ganhar um prêmio é um 'combustível' a mais. Questionado sobre sua referência literária, ele não titubeou e respondeu rapidamente que um dos seus autores de cabeceira é natural de Feira de Santana.

"Fácil. Para mim, o ídolo, referência literária, é o poeta Roberval Pereyr. Ele é um escritor que me influencia desde o início, é fundamental em minha vida. Estou sempre recorrendo aos livros dele, lendo, relendo. É, literalmente, de cabeceira, fica no meu quarto. Julgo um dos melhores da língua portuguesa".

Fabrício deixa ainda uma mensagem a quem gosta de escrever. "Não deixe de escrever, ler outros escritores, mostrar seus textos à aquelas pessoas que confiam e pedir um posicionamento, pois é assim que vamos nos constituindo escritores e escritoras. A gente só pode aprender a escrever escrevendo".

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