ECONOMIA
Cândido Sá e Sérgio Andrade lançam novo livro sobre juros bancários
Em "Os Bancos no Banco dos Réus - Volume 2", autores abordam a falta de transparência do spread bancário
Por Da Redação
O advogado Cândido Sá e o administrador de empresas Sérgio Andrade lançam, nesta quinta-feira, 11, às 18h, na Livraria Leitura do Salvador Shopping, "Os Bancos no Banco dos Réus - Volume 2". A obra mostra, de forma prática e didática, a falta de transparência nos valores do spread bancário, resultando nas abusividades dos contratos que determinam a cobrança dos juros das instituições financeiras.
A orelha do livro é assinada pelo radialista e empresário Mário Kertész. Já o prefácio foi escrito pelo advogado e escritor Sérgio Habib e a contracapa do publicitário Yata Andersen.
O volume 2 de "Os Bancos no Banco dos Réus" traz um novo olhar sobre o ajuste das taxas de juros nas operações bancárias, ainda mostra os reflexos da pandemia. O objetivo é obter níveis de Spread justos tanto para o consumidor quanto para as instituições financeiras.
"Há uma diferença entre os juros que o banco cobra ao emprestar e a taxa que ele mesmo paga ao captar dinheiro, que é o spread. Mas não sabemos qual é esse valor, pois os bancos não revelam. Não há transparência e o consumidor acaba saindo prejudicado. A Constituição prevê expressamente que o sistema financeiro nacional deve ser estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade", explica Cândido Sá, autor também da cartilha "Defenda-se Consumidor", uma referência na área de defesa do consumidor de todo o país.
O primeiro volume de "Os Bancos no Banco dos Réus" foi utilizado na discussão da PEC do Juros, que pretende criar um limite de juros. Cândido Sá e Sérgio Andrade foram até Brasília para uma palestra para deputados e senadores no Congresso Nacional. "Foi muito importante contribuir para essa discussão. Sempre gosto de deixar claro que ninguém é contra banco ter lucro, nós somos favoráveis à atividade dos bancos, que é extremamente necessária à sociedade. O problema é quando os lucros, muito por causa dos juros abusivos, passam a ser manchetes dos jornais”, afirma Cândido Sá.
Sérgio Andrade ressalta que existem alternativas técnicas fundamentadas em dados oficiais que colocam os spreads bancários a níveis mais justos, não abusivos, de forma que os bancos não deixem de lucrar, mas que os consumidores possam adquirir empréstimos e financiamentos a taxas de juros que proporcionem aos bancos ganhos que não configurem a abusividade vedada pelo Código de Defesa do Consumidor.
"Reduzir taxa de juros não significa necessariamente afastar os abusos nas relações bancárias, pois, como ocorreu na pandemia por exemplo, a redução das taxas de juros não foi necessariamente proporcional à redução dos custos das operações, de forma que reduções ocorridas nessas taxas vieram acompanhada de SPREADS ainda mais elevados", finaliza Sérgio.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes