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27/03/2024 às 7:00 • Atualizada em 27/03/2024 às 11:01 - há XX semanas | Autor: Franciano Gomes*

NO PELÔ

Casa de Jorge Amado deve reabrir em maio com novas mostras e reajuste

Gestão do espaço cultural contou ao Portal A TARDE o que a Fundação Casa de Jorge Amado vai trazer de novo

Fundação Casa de Jorge Amado possui 300 mil itens do escritor baiano
Fundação Casa de Jorge Amado possui 300 mil itens do escritor baiano -

Criada em 1987 para, segundo o próprio Jorge Amado, “ser uma casa do povo da Bahia", a Fundação Casa de Jorge Amado fechou temporariamente as portas para reorganizar seus espaços, visando atender ainda mais pessoas e oferecer mais arte e conteúdos. O equipamento cultural guarda 300 mil itens do escritor baiano em um acervo documental, dividido em originais, documentos dos livros, cartas e exemplares em várias edições.

Localizada no Pelourinho, lugar que foi cenário de diversos romances urbanos do escritor como “Capitães de Areia”, “Tenda dos Milagres” e “Tereza Batista Cansada de Guerra”, a Fundação, que se divide em três casarões: azul, amarelo e branco, se tornou um ponto de referência na geografia cultural de Salvador, sendo visitado diariamente por pesquisadores, estudantes, curiosos e turistas de todas as partes do mundo. A estrutura é tammbém casa da Flipelô, considerada a maior festa literária da Bahia, e que esse ano homenageia Raul Seixas.

O Portal A TARDE esteve no equipamento e conversou sobre a requalificação do espaço com a diretora Angela Fraga e com o gerente administrativo Ticiano Martins. Filha de uma das fundadoras da Casa, a escritora Myriam Fraga, Angela faz parte da instituição há 29 anos, ocupando o cargo de diretora-executiva há 9. Já Ticiano começou como estagiário e tem mais de duas décadas na equipe, a qual considera uma família. Entusiasmado com as mudanças que pretendem apresentar ao público em breve, ele explica quais são as intervenções a serem feitas, visando principalmente na preservação dos acervos do escritor.

"Vamos fazer a instalação de equipamentos de combate a incêndio e Sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA), pensando, principalmente, na preservação dos acervos de 300 mil itens do escritor. O projeto já foi aprovado pelo Corpo de Bombeiros e agora vamos executar. Uma outra grande motivação para a reorganização é a reestruturação da casa branca, Casa de Zélia Gattai, onde, após essas intervenções, vamos ampliar os espaços expositivos direcionados ao grande público em 30%", afirma Ticiano.

Uma das ações será transferir o escritório administrativo do casarão azul para o branco. Com isso, o casarão, que fica voltado para o Largo do Pelourinho, será destinado inteiramente à uma exposição iconográfica.

Espaços expositivos direcionados ao grande público serão ampliados em 30%
Espaços expositivos direcionados ao grande público serão ampliados em 30% | Foto: Divulgação

Mais novidades

Quem também será homenageado com as obras é o guardião da Casa. O espaço entre os casarões azul, amarelo e branca vai reservar um espaço para Exu, com um acervo de obras de arte e projeções imersivas do Vj Gabiru.

O memorial Casa do Rio Vermelho, onde Jorge Amado viveu com a esposa Zélia Gattai, terá uma parte representada no casarão azul. Haverá ainda a celebração do aniversário de cada obra, explorando durante o mês, todas as informações relacionadas a publicação, como originais, réplicas, críticas, traduções, capas e noticias sobre elas.

Ainda fechada para as requalificações, a Fundação acabou ficando de fora dos roteiros culturais de quem foi ao Pelourinho nos últimos dias. De acordo com os gestores, a expectativa é de que a reabertura aconteça no início de maio. No entanto, ainda não há uma data confirmada.

Casarão fica em frente ao Largo do Pelourinho
Casarão fica em frente ao Largo do Pelourinho | Foto: Divulgação

Reajuste

A instituição cultural dispõe de um núcleo de pesquisas, com acervos do próprio Jorge Amado, Zélia Gattai, Myriam Fraga e da própria Fundação, aberto à visitação, além de várias atividades, como cursos, seminários, oficinas, ciclos de conferências, palestras, lançamentos de livros e discos, exposições com enfoque nos temas literários, artísticos e das ciências humanas.

Sem fins lucrativos, ela conta como único recurso fixo a contribuição de um shopping, além da participação em alguns editais. Outra renda vem dos valores angariados pela própria Casa com venda de livros, aluguel de espaços e consumo no café teatro.

Toda a quantia é utilizada, principalmente, para a manutenção do acervo e com a ampliação, o valor da contribuição pela visita passará por um reajuste. A entrada deve aumentar de R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia), para R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).

Segundo Angela, a Fundação já pensa em reativar o projeto "Amigos de Jorge Amado", que permite o investimento de pessoas físicas. Com ele, qualquer fã ou admirador do escritor pode apoiar mensalmente a Fundação.

Ticiano Martins e Angela Fraga comentam ampliação da Casa de Jorge Amado
Ticiano Martins e Angela Fraga comentam ampliação da Casa de Jorge Amado | Foto: Divulgação

Ela, que junto com sua mãe, frequentou a casa de Jorge Amado, ouvindo muito de suas histórias conta como ele a influencia até hoje na administração da instituição, ao lembrar de três coisas que o escritor disse ter aprendido com a vida e com a militância no Partido Comunista.

"É assim: nunca deixe de responder uma correspondência, seja pontual, e quando você quiser alguma coisa, insista, insista, insista. Essa é uma prática que a gente leva aqui na Fundação, tentamos atender todas as pessoas do jeito que der, somos sempre muito pontuais, muito organizados com horário e insistentes, sempre. Se a gente não insistisse, a gente não estava aqui há tantos anos. É uma filosofia dele, que minha mãe trazia muito e passou pra gente, pra equipe toda", conclui.

*Sob supervisão de Bianca Carneiro

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