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LITERATURA

Literatura LGBTQIAP+ traz arte e resistência para suas páginas

Autorxs e especialistas avaliam cenário da literatura no Brasil e defendem desvinculação do nicho

Por Bianca Carneiro

15/06/2022 - 6:00 h
O baiano Deko Lipe é autor de literatura infantojuvenil e diz que a invisibilização das pessoas LGBTQIAP+ é ainda maior na infância
O baiano Deko Lipe é autor de literatura infantojuvenil e diz que a invisibilização das pessoas LGBTQIAP+ é ainda maior na infância -

"Não lhe diga sobre os números

Não lhe diga sobre as estatísticas

Diga sobre as estatísticas

Mas não agora (...)

Não lhe diga para ter medo dos monstros

Não lhe diga para ter medo"

Inspirar. Viver. Autor da peça acima - Sete crianças trans, Esteban Rodrigues encontrou na poesia, lá no ensino fundamental da escola, uma maneira poderosa de ser quem é. Nascido e criado no Subúrbio de Salvador, ele é um dos baianos que trazem em versos, contos ou histórias a sua vivência como LGBTQIAP+, utilizando a literatura como forma de representatividade e resistência em um Brasil, infelizmente, ainda LGBTfóbico.

“A literatura me coloca num lugar de segurança muito grande, ainda que não sejam retratadas coisas confortáveis e boas algumas vezes. É uma faca de dois gumes, sendo um corpo dissidente, se colocar na poesia. Ao mesmo tempo que esperam que eu fale de questões Trans todo o tempo (e eu vejo isso como um ato político, claro), me tiram também do lugar de só falar de amor, de felicidade (...). Quando eu comecei a escrever, Esteban era só um personagem, eu queria dar vida a quem já estava dentro de mim. Desde o meu primeiro poema, sempre foi com o nome Esteban, no masculino”, conta ele.

Baiano Esteban Rodrigues tem dois livros autorais que abordam suas vivências como pessoa trans
Baiano Esteban Rodrigues tem dois livros autorais que abordam suas vivências como pessoa trans | Foto: Matheus Anjos | Divulgação

Apesar de ter levado sua identidade para além das páginas, Esteban não deixou de lado as palavras, testemunhas da sua transição de gênero. Em seus dois livros autorais, “Sal a gosto'' (2018) e “Com mãos atadas e como quem pisa em ovos”(2021), ele conta como foi o início da transição, sobre como as pessoas o viam, suas cicatrizes e o que é ser uma pessoa trans. Na esteira de lançar sua terceira obra, o escritor diz enxergar a tecnologia como uma grande aliada na missão de potencializar o alcance da literatura e dxs autorxs LGBTQIAP+, além de constituir um espaço seguro para os jovens que podem se ver representados. Na era do digital, o distanciamento dos livros físicos, segundo ele, não deve ser compreendido como desvalorização da leitura, em si.

“Hoje, o Kindle é uma das empresas mais consumidas, por exemplo, por pessoas de todas as idades. Existem influencers literários que utilizam redes com Instagram e TikTok para espalhar sua poesia. E, nisso, a literatura LGBTQIA+ está diretamente ligada também a esses meios de difusão de informação (...) Se ver referência é muito importante. Eu, quando adolescente, nunca li um livro escrito por autores trans ou que trouxessem personagens trans, sem a caricaturização ou animalização. A literatura, atrelada à tecnologia principalmente, tem tido um poder de influência muito forte sobre os sujeitos LGBTQIA+ e falo da perspectiva de referencialidade, apesar de entender a necessidade de se pensar quebra de preconceitos, há sempre esse direcionamento do olhar”, afirma.

Outro baiano que escreve poesia e usa a tecnologia para ampliar sua arte é Marcelo Ricardo. Finalista do Prêmio Nacional da Juventude Negra, com o conto "Transição", ele também é autor de "Aos meus homens", que, por sua vez, integra o projeto multimídia "Adé" sobre as relações afetivas entre homens negros. Filme, eps com os poemas musicados e o livro, formam um tripé que oferece ao leitor a experiência completa de ver, ouvir e sentir a obra (clique aqui para ver).

Ao falar sobre sua produção literária, Marcelo explica que busca trazer sempre personagens LGBTQIAP+ e suas vivências em meio a questões como racismo, solidão e machismo. “É uma escolha política trazer na minha escrita a imagem de homens negros dissidentes sexuais. Acredito que estamos num momento de virada, com novas formas de publicação em que essas narrativas abundam, indicando outras possibilidades para pensarmos nesse grupo, por exemplo. Como eu transito mais fortemente pela poesia, meu compromisso é sempre trazer imagens que suavizam as tensões e impactos da dupla afetação do racismo e da LGBTfobia sobre tais corpos”, afirma.

"’Aos meus homens’ concentra algo que eu já vinha realizando em autopublicação em redes sociais e nas coletâneas. As relações entre homens sempre chamaram atenção em minhas produções. No primeiro momento funcionava como um diário, no qual eu ia percebendo as minhas emoções. À nós, negros, o direito de sentir nunca foi permitido, ou quase sempre era abafado, como o silêncio para o choro do menino, ou o cansaço e tudo que ele expressa para as musculatura dos pretos escravizados. Me interessa pensar como isso caminha no tempo e estrutura nosso conjunto de sensações. Percebi que minha escrita decodificava minhas emoções, e em algum nível, a partir da recepção das pessoas, eu observava que se tratava de sentimentos coletivos”, completa ele, ao comentar sobre o livro que reflete sobre o significado do masculino e paternidade de homens pretos.

Marcelo Ricardo tem projeto multimídia sobre as relações afetivas entre homens negros
Marcelo Ricardo tem projeto multimídia sobre as relações afetivas entre homens negros | Foto: Marielson Carvalho | Divulgação

Para além da poesia, a fantasia é outro gênero literário de expressão na literatura LGBTQIAP. Em “A magia que vem de dentro”, a paulista Stefani Banhete mistura magos, guerreiros, reis e rainhas em uma trama com protagonismo queer, comunidade que ela espera ver tão representada na mídia mainstream quanto a população hétero/cis.

Na história, que é baseada em uma fanfiction, o mago guerreiro, Evander vê a rainha a quem servia ser destronada. Alguns séculos depois, fazendo sucesso como cantor, ele conhece um jovem chamado Tommy que acaba sendo de vital importância para o futuro do mundo onde vivem. Os dois, é claro, se apaixonam e junto com a banda de Evander, partem em uma missão para encontrar a rainha e devolvê-la ao trono, ao mesmo tempo que desvendam os segredos que cercam a importância de Tommy.

Diversidade é o que não falta no livro, que é o primeiro de Stefani. A escritora diz que a identidade dos personagens foi construída de maneira orgânica, e revela que, durante as pesquisas para um dos personagens, ela acabou se descobrindo demisexual, pessoa que só sente atração sexual quando existe envolvimento ou conexão emocional/afetiva com o parceiro.

*A representatividade mais ampla também veio de forma bastante orgânica, conforme os personagens foram aparecendo. Temos um mago pansexual, ume metamorfe de gênero fluido e outros personagens ainda vão explorar mais a sua sexualidade e identidade de gênero nos volumes seguintes (estou planejando mais dois volumes para esse mundo, sem previsão de lançamento ainda). O mais curioso desse processo é que eu me descobri demisexual por causa do Tommy, fazendo a pesquisa para esse personagem, que também é demi”, conta.

De acordo com Stefani, a representatividade é uma demanda urgente na arte e na literatura. “Acho que o público está ansiando por livros, séries e filmes mais representativos, principalmente as gerações mais jovens que já não enfrentam mais tantos problemas, de maneira geral, quanto a minha geração ou a dos meus pais, por exemplo. Vejo um grande público de mulheres heterossexuais de todas as idades para a literatura LGBTQIAP+, também o que é ótimo”, avalia.

Stefany Banhete considera que representatividade é uma demanda urgente na literatura
Stefany Banhete considera que representatividade é uma demanda urgente na literatura | Foto: Arquivo Pessoal

Literatura infantil

A construção de uma sociedade que respeita a diversidade sexual e de gênero passa pela educação e cultura oferecidas, desde cedo, às crianças e adolescentes. O escritor, publicitário, ator, e criador de conteúdo literário no perfil Primeira Orelha (@primeiraorelha), Deko Lipe, pontua que a invisibilização das pessoas LGBTQIAP+ é ainda maior na infância, justamente pela dificuldade das obras serem “aprovadas” pelos responsáveis pelas crianças.

“Escrever para criança nunca é para criança. É para a pessoa responsável que vai validar o que pode ou que não pode dentro de um critério heteronormativo para a sua criança ler (...) Nos privam do direito de sermos quem somos ou, mesmo não sendo, nos relacionar com pessoas pertencentes à comunidade de maneira natural e respeitosa. Ainda acreditam que só se deve dialogar sobre pessoas LGBTQIAP+ quando maiores, isso quando falam sobre em algum momento. Desta forma, alimentam a LGBTfobia e nos reduzem a apenas “pessoas divertidas” por puro entretenimento”, explica o soteropolitano, que cita ainda, o suicídio de crianças LGBTQIAP+ por falta de representatividade.

Apaixonado por literatura infantojuvenil, Deko lançou, neste ano, "O Brincoder de Pepe", seu primeiro livro infantil, onde, de forma lúdica, reflete sobre a necessidade de não rotular brinquedos e brincadeiras como “coisa de menino e menina”. A obra, que nasceu de vivências próprias de Deko, conta a história de Pepe, uma criança de oito anos que usa seu poder do brincar, o “brincoder”, para resolver situações complicadas do dia a dia e animar as suas mães. O cotidiano de filhes de casais homoafetivos já chegou a ser abordado antes pelo baiano em “Meus Pais e Eu”.

“Certa feita, contestei para quem era o dia das crianças se eu nunca me vi contemplado neste dia, pois a justificativa é sempre ‘não sexualizar as nossas crianças’, mas boneca é pra menina e carrinho é pra menino. Se isso não é sexualizar é o que? (...) Porque não ter uma criança como Pepe usando a roupa que quer e brincando de maneira livre? (..) Pepe é um respiro do que sempre desejei para a criança que fui privada de ser. Uma criança que tem o poder de brincar em diversas situações complicadas do que gosta, com quem gosta e trazendo responsabilidades da hora que pode ou não pode brincar”, questiona.

O escritor baiano Deko Lipe lançou recentemente "O brincoder do Pepe"
O escritor baiano Deko Lipe lançou recentemente "O brincoder do Pepe" | Foto: Mariana Andrade | Divulgação

Nascida na Inglaterra e radicada na Bahia há 17 anos, a editora, livreira e poeta Sarah Rebecca Kersley, ressalta os perigos do alto conservadorismo, vivenciado atualmente no Brasil e defende a visibilidade de pessoas LGBTQIAP+ em todas as linguagens artísticas, entre as quais, a literatura. “O que uma onda de conservadorismo traz, para qualquer país, é a invisibilidade de pessoas que não aderem às normas do mainstream, nesse caso, a heteronormatividade (...) Por isso é muito importante ouvirmos as pessoas LGBTQIA+ em todo tipo de arte”, aponta.

“É comum falarmos da questão da “visibilidade”/”invisibilidade”, mas o que isso significa é que, devido às influências da mídia, a falta de políticas públicas, etc, os olhos de muita gente se mantêm fechados para o que existe e sempre existiu, bem do lado, e quando uma parte das pessoas da sociedade não é vista, sabemos que há consequências reais, assustadores e muitas vezes violentas, que afetam a saúde da sociedade como um todo, no caso do Brasil, um dos lugares com mais violência contra pessoas lgbtquiap+ no mundo", continua.

Mercado

Coordenadora do Selo editorial Paralelo13S e da Livraria Boto-Cor-de-Rosa, pequena editora e livraria com foco na literatura contemporânea, Sarah diz que uma parte das obras publicadas são de autoras e autores LGBTQIAP+ e incluem ou atravessam questões LGBTQIAP+, entre outros temas da sociedade contemporânea, que naturalmente vão aparecer na literatura, seja diretamente ou não. Um dos lançamentos mais recentes do selo Paralelo13S é a coletânea “Abrindo a boca, mostrando línguas”, que reúne contos de 16 escritoras brasileiras LGBTQIAP+ sobre diversos temas, estilos literários, visões do mundo e abordagens estéticas.

Editora Sarah Rebecca Kersley defende a visibilidade de pessoas LGBTQIAP+ em todos os tipos de linguagens artísticas
Editora Sarah Rebecca Kersley defende a visibilidade de pessoas LGBTQIAP+ em todos os tipos de linguagens artísticas | Foto: Ana Reis | Divulgação

O professor e pesquisador de literatura LGBTQIAP+ da USP, Helder Thiago Maia, pontua que o número de escritorxs LGBTQIAP+ cresceu, e que há uma abertura do mercado editorial para autorxs e histórias LGBTQIAP+, especialmente através de pequenas editoras, como é o caso da Livraria Boto-Cor-de-Rosa. No entanto, ele ressalta que ainda há uma rejeição lgbtfóbica crescente a essas obras, principalmente nas escolas, que deveriam trazer livros didáticos e textos literários que contemplem as diferenças.

“Basta lembrar da criança que foi brutalmente assediada em Campinas, em 2021, por sugerir como tema de pesquisa escolar o orgulho LGBT, do chilique do atual presidente ao texto da Natalia Borges Polesso no Enem de 2018, ou da censura do então prefeito Crivella a uma HQ que tinha um beijo entre dois personagens homens na Bienal do Rio de 2019. Ou seja, o cenário é de avanços, mas também é de muita violência institucional. O Brasil registra muitos casos de professores demitidos e até assassinados por trabalharem com questões lgbt. A história da literatura lgbtqia+ certamente é também a história do ódio aos nossos corpos”, aponta o especialista.

Como autor de livros infantis e infantojuvenis, chegar até o espaço da escola é, inclusive, um dos maiores desejos de Deko Lipe. “Meu sonho mesmo é emplacar essas histórias em escolas, o que ainda há uma resistência gigante com diversidade de gênero. Acredito que ainda há muito que caminhar para que as portas estejam realmente abertas para sermos abraçados. Ser convidado para falar sobre literatura infantil, infantojuvenil e/ou romance para jovens em eventos”, conta ele.

No entanto, Helder lembra que, apesar da literatura lgbtqia+ ser uma porta de entrada para o debate da lgbtfobia na sala de aula, ela não se reduz e nem deveria ser reduzida a essa temática, uma visão compartilhada por Marcelo e Esteban.

“Nem toda literatura lgbtqia+ necessariamente está preocupada em combater a lgbtfobia. A literatura lgbtqia+ é diversa, múltipla, e nesse sentido ela também pode ser (re)produtora de outras violências. A grande novidade da literatura lgbtqia+ é a presença literária de sujeitos que foram forçados ao silêncio e por isso não tinham representatividade, e consequentemente todo o debate em torno desses sujeitos. No entanto, a literatura lgbtqia+ é múltipla, ela fala sobre amor, mas também fala sobre ódio, fala sobre resistência, mas também fala sobre violência, fala sobre formas de amor não heterocentradas, mas também pode reproduzir a heteronormatividade”, diz Helder.

“Acredito que o aspecto de nicho é algo que aprisiona os artistas da palavra a uma produção contundente, mas segmentada. Escrevemos pois queremos ampliar narrativas sobre nós, sobre os nossos e as nossas, nossas comunidades, não para caber num selo de literatura lgbtqiap+, não somos só isso. Isso indica, ao menos de minha parte, uma renúncia dessa história única”, afirma Marcelo.

“Ainda há muito que se caminhar, admito. Como, por exemplo, sempre sermos chamados para falar de pautas LGBTs na literatura e não exclusivamente literárias, diferente das pessoas hétero/cis que são chamadas para palestras para falar de literatura e apenas isso. São espaços que, com o tempo, espero que se abram para nós de maneira não limitada à pautas de gênero e sexualidade, mas teóricas também, artísticas por si. Estou ansioso para ver o futuro”, completa Esteban.

Para o professor Helder Maia, a literatura LGBTQIAP+ não deve se limitar a somente combater a lgbtfobia
Para o professor Helder Maia, a literatura LGBTQIAP+ não deve se limitar a somente combater a lgbtfobia | Foto: Arquivo Pessoal

Lista de indicações

Confira as sugestões de leitura dos atores ouvidos pelo Portal A TARDE:

Deko - No rol de livros indicados para a infância por Deko estão:

A menina que brincava de tudo, de Carolina Magalhães, Kuami, de Cidinha da Silva, O Urso-coelho, de Andrea J. Loney, Minhas duas avós, de Ana Teixeira, Olívia tem dois papais, de Marcia Leite, O pato que descobriu quem era, Ana Paula Sefton, Princesa Kevin, Michaël Escoffier, Maya, bebê arco-íris, de Xuxa Meneghel, A família do Caetano, de Manuela Neves e Renata Prado, Julián é uma sereia, de Jessica Love, Não é hora de brincar, de Lawrence Schimel, Uma criatura no canto do meu quarto, de Cristina Judar, Pingo em busca do ouro, de Jonathan Van Ness, A princesa e a costureira, de Janaína Leslão, A rainha e os panos mágicos, de Janaína Leslão e Joana princesa, de Janaína Leslão.

Outros autores no geral: Esteban Rodrigues, Lorena Ribeiro, Lira Queiroz, Maria Freitas, Cris Soares, Jacinto Junior, Juan Jullian, Clara Alves, Thati Machado, Paula Prata, Amanda Condasi, Ana Rosa, Vinicius Grossos, Cristina Judar, Koga Gabriel, Felipe Cabral, Mariana Mortani, Limão, Carolina Magalhães, Yuri Rebouças, Luciany Aparecida e Mateus Costa. “Tem também o portal Cadê LGBT e o coletivo Oxe LGBT NE, onde é possível encontrar demais autores”, sugere.

Esteban - “Eu tenho um acervo de literatura transcentrada que gosto bastante. Existem outros, mas esses eu tenho um carinho especial”, explica. Obras que ele sugere:

Cartas para ninguém, de Diana Salustiano, Generalidades ou Passarinho Loque Esse (JoMaKa), Como míseros animais que rastejam no chão, de Thalles Gabriel Moura, Vozes Trans (Brenda Bernsau, Jonas Maria, Limão e Koda Gabriel), A queda para o alto (Anderson Herzer), Em guardanapos, de Thiago Uchôa, Erro de Pessoa: Joana ou João? (João Nery), Escrevivência Não Binária (Jupi77er), O sexo dos tubarões, de Naná DeLuca, TransCorpoÉtico (Thielly Queen), EP, de Théo Martins, Periférica (Kika Sena), E se eu fosse puta, de Amara Moira, Eu, travesti (Luisa Marilac).

Literatura Infanto-Juvenil: O pato que descobriu quem era, de Ana Paula Sefton, Transderella (Lino), Joana princesa, de Janaína Leslão, Meu maninho é uma menina (João Paulo Hergesel) e O menino perfeito, de Bernat Cormand.

Sarah - Algumas das obras que atravessam temas LGBTQIAP+ publicadas pela Paralelo13S/Livraria Boto-Cor-de-Rosa:

Girassóis estendidos na chuva, de Louise Queiroz, Com mãos atadas e como quem pisa em ovos, Esteban Rodrigues, Assim na terra como no selfie de Alex Simões, e Abrindo a boca, mostrando línguas - contos de 16 escritoras brasileiras LGBTQIAP (org. Milena Britto): abigail Campos Leal, Amanda Julieta, Amara Moira e Camila, Cidinha Da Silva, Fernanda Vieira, Kátia Borges, Kika Sena, Luciany Aparecida, Mariana Paim, Moema Franca, Monique Malcher, Natalia Borges Polesso, Paloma Franca Amorim, Samira Soares e tatiana nascimento.

Marcelo - “Entre os autores que me inspiram estão Tatiana Nascimento, Volp Estefano, Louise Queiroz, Alex Simões, Alex Ratts, Hilário Zeferino, e em memória de James Baldwin, Audre Lorde, e a baiana Julia Couto”, enumera.

Stefani- Lucy Lennox. “Infelizmente, seus livros não estão publicados em português, mas para quem entende inglês ou quer melhorar o vocabulário, eu recomendo demais. As histórias dela são leves, divertidas e muito sensuais. Lucy foi a principal inspiração dos meus magos”, indica.

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