Busca interna do iBahia
HOME > cultura > LITERATURA
Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email

LITERATURA

Livro lembra tempos áureos de fábrica de refrigerante

Eduarda Uzêda

Por Eduarda Uzêda

23/04/2015 - 10:34 h | Atualizada em 21/01/2021 - 0:00
Fábrica do refrigerante Fratelli Vita
Fábrica do refrigerante Fratelli Vita -

"Aos cinco anos de idade, meu pai me apresentou o refrigerante Fratelli Vita como o melhor guaraná do mundo. Esta memória gustativa, que guardo até hoje, foi uma das razões que me levaram a escrever este livro com recursos próprios".

A afirmação é do administrador e escritor pernambucano Gustavo Arruda, que lançará sábado, através do Facebook (www.facebook.com/ gustavo.arruda3), o livro A História da Fratelli Vita no Recife, o sexto de sua trajetória como autor.

A obra, de acordo com Arruda, "tenta explicar como uma extinta fábrica local de refrigerantes consegue ser lembrada até hoje, mais de 100 anos após sua chegada na capital pernambucana". O autor diz que a outra razão que o motivou a escrever foi a falta de um livro sobre a fábrica Fratelli Vita.

Tudo sobre Literatura em primeira mão!
Entre no canal do WhatsApp.

Matriz em Salvador

No livro, que traz a trajetória dos irmãos Giuseppe e Francesco Vita desde que saíram da Itália (a palavra fratelli, em italiano, significa irmãos; é o plural de fratello, irmão), não faltam referências à Bahia.

O autor conta como Giuseppe Vita, que foi primeiramente para Buenos Aires, não se adaptando à vida na capital da Argentina, mudou-se para o interior da Bahia (Alagoinhas e Santa Luzia), onde havia colônias italianas.

Relata a vida dele como vendedor ambulante até precisar retornar à Itália para o serviço militar. E conta que ele, quando retornou ao Brasil, não veio só: trouxe o irmão Francesco. Os dois fundaram a firma Fratelli Vita em 1892.

"Em 1902, já capitalizada, a Fratelli Vita se instalou em um grandioso prédio em estilo inglês próximo ao porto, na rua da Calçada nº 120, Cidade Baixa....", revela.
Mais adiante o escritor mostra ao leitor a relação da Fratelli Vita com a iluminação a gás acetileno no agreste baiano, com a criação do primeiro trio elétrico do Brasil e com a fundação da fábrica dos cristais baianos (ele cita nas suas fontes de pesquisa o jornalista Ronaldo Jacobina, da revista Muito, de A TARDE, com a matéria Memória de Cristal).

Mas é mesmo sobre a história da Fratelli Vita no Recife que o autor se debruça. Em amplo trabalho de pesquisa de fôlego, ele conta desde a inauguração da fábrica em 1913 até a época que foi vendida à Brahma, atualmente Ambev, em 1972.

Briga de marcas

A disputa com a Coca-cola é lembrada. "... Mas até o gigante mundial perdia em vendas e aceitação popular para a Fratelli Vita, 31 anos depois do refrigerante norte-americano chegar ao Brasil", garante Gustavo Arruda.

Entre as razões, ele aponta a intensa propaganda da Fratelli, o sabor mais suave, doce e menos gaseificado do guaraná produzido por italianos e a dispensa de refrigeração (enquanto a Coca tinha que ser consumida gelada, o refrigerante Fratelli Vita não).

O autor, que tem o mérito de contextualizar a trajetória do refrigerante com fatos históricos do país, deseja que os baianos refaçam a história dos Vita na Bahia. Fica a dica.

Siga o A TARDE no Google Notícias e receba os principais destaques do dia.

Participe também do nosso canal no WhatsApp.

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Siga nossas redes

Siga nossas redes

Publicações Relacionadas

A tarde play
Fábrica do refrigerante Fratelli Vita
Play

“Flica é a mãe de todas as feiras literárias da Bahia”, diz curador

Fábrica do refrigerante Fratelli Vita
Play

Programação da Flipelô

Fábrica do refrigerante Fratelli Vita
Play

Felica: festa literária começa neste domingo de forma online e gratuita

Fábrica do refrigerante Fratelli Vita
Play

Festa Literária da Caramurê aborda o livro como instrumento de transformação

x