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MÚSICA

Artistas celebram Yemanjá no Lalá Casa de Arte

Apresentações acontecem nesta quarta e quinta, com 30 atrações voltadas para a rua

Por Elis Freire*

01/02/2023 - 6:30 h
Banda paulista Metá Metá, a essa altura quase uma residente da festa, traz som de vanguarda de volta ao Rio Vermelho
Banda paulista Metá Metá, a essa altura quase uma residente da festa, traz som de vanguarda de volta ao Rio Vermelho -

O retorno da festa popular de Yemanjá será celebrado com o Festival Oferendas, evento que reunirá na varanda do Lálá Casa de Arte, hoje à noite e amanhã durante todo o dia, mais de 30 artistas para um presente musical à Rainha do Mar. No ano do centenário da festa tradicional do 2 de fevereiro, o Festival, que acontece de forma colaborativa desde 2012, trará artistas do Brasil e do mundo para uma série de shows voltados para a Rua da Paciência, no Rio Vermelho.

Este ano, o Oferendas volta à ativa com o mote de celebrar o triângulo cultural Salvador, Recôncavo Baiano e África.

“O Festival Oferendas é esse mar de conexões, esse grande encontro de gerações, de musicalidades, de ‘brasis’ e de ‘Áfricas’, explicou Luiz Ricardo Dantas, curador, produtor e idealizador do projeto. Já tradicional, o evento valoriza o trabalho de artistas independentes, dando espaço para novos nomes. "O festival está trazendo várias interlocuções, artistas do país inteiro se mobilizando de forma colaborativa. É um momento de celebração muito grande de tudo que Yemanjá significa, essa grande mãe", concluiu.

A atração principal inédita desta edição será a artista Jéssica Areias, cantora angolana de Luanda, que mora no Brasil há mais de dez anos. “Para mim vai ser uma grande honra representar a África nessa tríade do festival. Luanda e Salvador se assemelham muito culturalmente. Quando estou em Salvador me sinto em casa e estar em Salvador para cantar em um festival com vários colegas artistas que eu admiro é a concretização de um sonho”, afirmou Jéssica. A artista se apresentará no Lálá amanhã, com a participação de Neila Kadhí, cantora e compositora baiana.

Jéssica pretende mostrar no palco a potência do seu último álbum, Matuta, lançado em 2021, em homenagem à cultura angolana. “Meu último álbum mistura as raízes folclóricas e tradicionais de Angola com as claves afro-brasileiras, do candomblé, da capoeira. Eu quis deixar essa mistura bem presente, evidenciando a minha raiz e também esse lugar que eu escolhi morar há treze anos que é o Brasil”, disse. Além disso, a cantora irá apresentar cantigas para Yemanjá, a orixá mãe das águas salgadas, celebrada tradicionalmente no dia 2 de fevereiro.

Mais de 30 atrações

Também estão confirmados artistas que já marcaram presença no festival, como a banda Metá Metá – que contará com participações de Alessandra Leão e Jadsa –, a cantora soteropolitana Márcia Castro, Nara Couto convidando Gabi Guedes, Felipe Guedes e Ellen Oléria e o Coletivo Xaréu, que terá participações de Mateus Aleluia Filho e Ana Paula Albuquerque. O festival trará de novidades o rapper Hiran convidando Wendel, Sued Nunes e Marí Alves, o projeto “Rei Lacoste” de Caio Araújo, convidando Pivoman, Giovani Cidreira e Bebé Salvego, cantora paulista que vem pela primeira vez a Salvador.

A Metá Metá vem de São Paulo para se apresentar no primeiro dia de festa. Kiko Dinucci, instrumentista do grupo, nutre um grande afeto por Salvador e pelo festival. “Tocar música de orixá na Bahia e no Lálá em Salvador é uma energia diferente que deixa a gente embriagado. A forma que as pessoas recebem é especial, porque tem uma ligação cultural muito grande”, afirmou.

O Metá Metá tem como vocalista a cantora Juçara Marçal e mistura ritmos diversos, como o samba, heavy metal, eletrônico e rock, trazendo nas suas letras a marca do culto aos orixás, divindades da umbanda e do candomblé, religiões de matriz africana.

“Vamos cantar Rainha das Cabeças, do nosso segundo álbum, Metal Metal (2012), mas também vamos cantar músicas de Ogum e de Oxum”, explicou Kiko. Metá Metá terá como convidadas Alessandra Leão, parceira de anos da banda, e Jadsa, cantora em ascensão na cena baiana.

Quem também cantará no Oferendas, no segundo dia de festival, é a artista Josyara, de Juazeiro (BA). A cantora e violonista de música e personalidade marcantes vê o retorno das festas populares como um momento de resistência importante. “A festa de Iemanjá é uma festa de resistência do povo de candomblé, do povo negro. O 2 de fevereiro faz parte da minha trajetória enquanto artista, ela está nas minhas canções, então para mim é fantástico ter esse retorno nas ruas, muito forte”, disse.

Josyara trará para o seu presente musical à Rainha do Mar canções como Apreciação, do seu disco de estreia, Mansa Fúria (2018), com letra que fala sobre o mar da Bahia, e Nanã, música escrita em saudação à orixá que representa para ela “casa e acolhimento”.

DJs também estão confirmados no embalo do festival. Adrielle Coutinho, Ubunto, Mozaum, Tutu Moraes, Jerônimo Sodré e Grace Kelly são alguns dos nomes que estarão animando quem passar nas ruas da festa de Yemanjá.

Todos poderão apreciar os shows da Rua da Paciência, porém o Lálá está vendendo ingressos colaborativos para quem desejar contribuir para realização do festival, dando direito de acessar o espaço interno. Os ingressos estão à venda no Sympla e custam R$ 140 (um dia) ou R$ 250 (dois dias).

*Sob a supervisão do editor Chico Castro Jr.

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