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MÚSICA

Banda Forró da Gota lança disco autoral recheado de xotes, xaxados e baiões inéditos

Por Eugênio Afonso

16/04/2021 - 6:05 h
Sem uso da sanfona, a banda faz um forró com zabumba, triângulo, baixo, cavaquinho, guitarra e flauta | Fotos: Heder Novaes | Divulgação
Sem uso da sanfona, a banda faz um forró com zabumba, triângulo, baixo, cavaquinho, guitarra e flauta | Fotos: Heder Novaes | Divulgação -

Quando se diz que algo é da gota serena, quer se dizer que é muito intenso, grandioso, memorável. Essa é uma expressão nordestina bastante usual nas cidades interioranas e sobretudo nos estados mais ao norte da Bahia. Pois foi justamente inspirando nesse adágio popular que a banda baiana Forró da Gota batizou o nome do grupo.

Celebrando 10 anos de estrada, mas sem se prender ao fato, a banda acaba de lançar agora em abril, no formato digital e nas mais importantes plataformas virtuais, Baianeira, seu segundo e mais recente álbum. São oito músicas inéditas e autorais – todas do vocalista Kalu, distribuídas entre xotes, xaxados e baiões.

O próprio Kalu garante que o objetivo do disco é registrar as composições novas e a evolução do trabalho da banda desde o primeiro disco – Carroça de Pedal.

“O propósito é sempre tocar as pessoas, ainda mais agora que a gente não pode se tocar. Com relação à sonoridade do trabalho, acho que a gente procurou potencializar a baianidade que tem no forró que a gente faz”, complementa o vocalista.

Para o zabumbeiro Alexandre Espinheira, a ideia do disco é também mostrar a visão de mundo do grupo. “O jeito como a gente entende o que seria esse forró urbano, permeado e atravessado por milhares de referências. Uma confluência de lugares e culturas, assim como é Salvador”, acredita Espinheira.

Na cena musical desde 2011, o Forró da Gota tem uma formação exclusivamente masculina e com certa formatação acadêmica. A banda é Kalu (voz, cavaquinho e guitarra), Alexandre Espinheira (zabumba e voz), Thiago Meota (triângulo e efeitos), Tomaz Loureiro (baixo) e Tito Fukunaga (flauta).

“A formação da banda é um salseiro. De música, só Alexandre e Tito, que são professores, inclusive. Eu vim da comunicação. Tem um que é professor de jiu-jitsu e outro que estuda direito e cozinha melhor que todo mundo junto”, desvenda Kalu.

Novas fusões

Misturando a tradição do forró com outras sonoridades urbanas e contemporâneas, tudo temperado com rock, dendê e dub, Baianeira tem participações especiais de Julio Caldas, Daniel Neto, Rodrigo Sestrem, Augusto Luiz, e produção musical de Kalu e Irmão Carlos.

“A diferença desse disco pro anterior é que no primeiro queríamos mostrar bem a sonoridade característica da banda – então, na mixagem, escondemos um pouco as percussões auxiliares, por exemplo. Nesse, tomamos liberdades de ampliar um pouco a influência dub também. Até o nome, Baianeira, mistura de Bahia com baião, traz essa coisa de deixar-se influenciar pelo entorno onde vivemos, afinal, de puro não temos nada. O próprio forró, em sua origem, é fruto de hibridação”, revela Espinheira.

E Kalu ainda lembra que o ritmo junino faz parte do gosto musical de todos eles desde sempre. “A gente gosta de tocar e forró é uma delícia presente em nossas vidas desde a infância. Foi ficando gostoso e a gente foi gostando. Forró é uma festa, né? A gente ama e se diverte”, afirma.

Imagem ilustrativa da imagem Banda Forró da Gota lança disco autoral recheado de xotes, xaxados e baiões inéditos
Grupo é formado por Kalu, Alexandre Espinheira, Thiago Meota, Tomaz Loureiro e Tito Fukunaga

Bodas de estanho

Com dois discos de estúdio, um ao vivo e dois singles, a banda completa uma década e segue produzindo forró sem uso da sanfona.

“Nos discos sempre temos a participação de sanfoneiras e sanfoneiros, mas nos shows, não. Buscamos preencher de outras maneiras o buraco que a ausência da sanfona deixa, com o baixo, a maneira de tocar a guitarra e a flauta”, esclarece Alexandre.

Quando se pensa nas influências musicais do grupo – e elas são muitas –, a música brasileira acaba prevalecendo. Começa por Gonzagão, Dominguinhos e Trio Nordestino, passa por Chico César, Alceu, Gonzaguinha, Zé Ramalho, Gil, Caetano, Lenine, e chega em Cordel do Fogo Encantado, Nação Zumbi, Totonho e Os Cabra, além de Lula Queiroga.

“Mas tem um bocado de Olodum e Moraes em todo mundo, sabe?”, frisa Kalu, lembrando que essa miscelânea de estilos é uma marca do grupo.

E como a grande maioria das bandas nacionais, a Forró da Gota também não vai lançar disco físico. Colecionadores, contentem-se cada vez mais com a fruição da música somente no universo virtual.

“Não temos, a princípio, planos para lançar em CD (que quase não se consome mais) nem LP, que é também uma boa ideia, mas é bem caro pra fazer no meio da pandemia”, comenta Alexandre. Mas, mesmo assim, Kalu acredita na possibilidade de lançar os dois discos – Baianeira e Carroça de Pedal - em LP mais pra frente.

O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e do Centro de Culturas Populares e Identitárias, via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, governo federal.

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