MÚSICA
Ex-Scambo, Pedro Pondé lança nesta sexta-feira primeiro álbum solo
Por João Lucas Dantas*

Com 20 anos de estrada na música, os quatro últimos em carreira solo, o ex-Scambo Pedro Pondé lança seu primeiro álbum completo desde que resolveu se aventurar nessa nova etapa da carreira.
O cantor lança nesta sexta-feira, 12, o disco Simples Assim, que conta com onze faixas autorais – composições recentes – e recheado de parcerias. O álbum convida o ouvinte a desfrutar da riqueza das coisas simples da vida. O trabalho transita, principalmente, entre o reggae, o samba rock e o xote.
“Falar das coisas simples é uma necessidade. Cada vez mais buscamos olhar pra isso, porque se só pensarmos no jeito que o Brasil e o mundo estão, estamos lenhados. Buscar as coisas simples e olhar pra dentro da gente é um caminho que cada mais nós temos que seguir”, expressa Pedro.
As novas composições falam sobre o amor e busca lembrar de dias melhores. Um trabalho que busca se tornar um acalento no coração de quem o ouvir. “Na pandemia, acabamos criando uma lente de aumento. Faz com que a gente veja melhor tanto as coisas boas quanto as ruins. Às vezes alguém percebeu que era melhor seguir em frente naqueles relacionamentos que já estavam abalados, mas também nos fez olhar para coisas positivas. Fez a gente ver como alguns laços são realmente fortes e essenciais, seja naquela amizade, ou aquela relação boa no trabalho ou uma parceria amorosa”, expressa Pedro.
Processo criativo
O cantor também teve um processo criativo curioso na hora de criar as músicas que iriam entrar nesse novo trabalho. “No período que eu estava compondo o disco, estava sofrendo com um sério bloqueio criativo e foi nessa época que eu descobri a prática da auto-hipnose. Fiz um curso sobre o assunto e a partir daí, eu ainda incrédulo com o processo, me auto-hipnotizei e consegui me libertar. Eu sentei e fiz oito canções no período de uma semana”, afirma.
Ao buscar abordar a simplicidade de viver, o cantor pôde transpor muito de seus sentimentos nas novas composições, o que torna o disco um dos seus trabalhos mais íntimos e pessoais.
“Esse foi um processo bem intuitivo, parecia que eu estava falando para mim mesmo. A forma de compor foi muito natural. Eu fui falando algumas coisas que no primeiro momento pareciam ser bem simples, mas parando para analisar depois, acabava carregando uma mensagem mais profunda”, pontua Pedro.
O compositor esclarece como foi aplicada essas mensagens em suas novas músicas. “Tem uma música específica que aparentemente é uma música romântica, mas que está falando sobre liberdade, maturidade, sobre não se colocar em roubada e não deixar outras pessoas definirem seu comportamento, além de outras faixas que eu dou um fundo mais político na letra”, esclarece.
Financiamento coletivo
O novo disco está sendo lançado agora graças ao processo de financiamento coletivo que o cantor promoveu para que o álbum pudesse sair da casa das ideias. Foi a primeira vez em sua carreira solo e a tensão para dar certo foi grande.
Os fãs que doaram para a campanha tiveram acesso antecipado ao álbum desde o dia 3 último. A partir desta sexta, estará disponível em todas as plataformas digitais.
“Dessa vez eu montei a campanha sozinho com o auxílio da minha esposa (Mariana), nós começamos o álbum pré-pandemia e nem imaginávamos o que estava por vir. Foi um processo bem ansioso, eu estava bastante inseguro. Começou devagar, eu não queria pressionar ninguém pedindo. Já perto do final, as pessoas, os fãs se engajaram e conseguimos bater nossa meta”, afirma Pedro.
O disco também contou com a produção do André T e do próprio cantor. O álbum contou com parcerias de Peu Tanajura, Lahirí Galvão e Kashi Galvão, os metais de João Teoria, Ito Bispo e Matias Traut, em seis faixas. Na faixa Pra Ser, o cantor divide os vocais com Juli e em Que Seja, conta com a sanfona de Gel Barbosa.
*Sob a supervisão do editor Chico Castro JR.
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