LUTO
Fundador dos Novos Baianos, Luiz Galvão morre aos 87 anos em São Paulo
Poeta, cantor e compositor estava internado desde setembro
Por Da Redação
O poeta, cantor e compositor Luiz Galvão morreu na madrugada deste domingo, 23, em São Paulo. Membro fundador dos Novos Baianos, ele estava internado desde o dia 19 de setembro, na Unidade de Terapia Intensiva do Instituto do Coração (Incor).
Galvão vinha de um histórico de complicações de saúde. Cardiopata e diabético, ele sofreu um infarto em 2017, que deixou algumas sequelas. No dia 12 de setembro, o artista foi vítima de um segundo infarto.
No Incor, onde estava internado há 34 dias, Galvão passou por uma cirurgia cardiovascular. Anteriormente, ele ainda tinha sido socorrido à Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
Artistas, amigos próximos da família e autoridades prestaram homenagens a Galvão nas redes sociais. Em seu perfil no Instagram, Caetano Veloso declarou que o artista "mudou o rumo da história do Brasil" com a criação dos Novos Baianos.
"Sendo de Juazeiro, atraiu João Gilberto para a casa coletiva em que viviam os membros do grupo. E isso definiu o caminho rico que se pode resumir no álbum 'Acabou Chorare' mas se redobrou em muito mais", publicou.
Caetano ainda revelou que vai sentir saudade e celebrar "a peculiaridade de sua pessoa". "Tenho a honra de ter sido parceiro dele em ao menos uma canção sobre o Farol da Barra. Num barzinho do Campo Grande, a dupla era Moraes e Galvão. Depois se multiplicaram em Baby e Pepeu e Dadi e tantos mais. Os dois já se foram, mas seu legado mantém o país capaz de muito mais do que parece", completou.
O ator e músico Lúcio Mauro Filho também homenageou o artista e ressaltou a influência de Galvão na sua vida.
"Mestre Luiz Galvão acaba de serenar e foi encontrar seu parceiro Moraes Moreira, na imensidão da eternidade. Juntos eles fundaram os Novos Baianos e fizeram a cabeça do Brasil. Comigo não foi diferente. Minha mãe me apresentou a música deles e mudou minha vida para sempre, como fazem as mães com frequência", escreveu.
O presidente da Fundação Gregório de Mattos, Fernando Guerreiro, lamentou a morte do artista e lembrou a sua relevância para a cultura. “Galvão, nosso artista imperfeito, em eterna construção e desconstrução, vai fazer falta. Sua irreverência marca um dos momentos de maior genialidade de nossa arte, onde desbravou caminhos apontando futuros. Que a poesia continue viva e revolucionária! Viva Galvão, o imortal!”, revelou.
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