IZA AFRODHIT
Iza surge ainda mais feminina em Afrodhit, novo álbum da artista
Cantora reúne vários artistas brasileiros no projeto, como Russo Passapusso e MC Carol
Por Franciano Gomes*
Desde o sucesso “Dona de mim” que Iza não para de inovar. A cantora foi técnica do The Voice Brasil, dublou a personagem Nala na versão brasileira para o remake do filme "O Rei Leão", da Disney, fez participações e gravou duetos com vários artistas, além de ter sido rainha de bateria da Imperatriz Leopoldinense.
Já no ano passado, lançou o projeto Três, um álbum com três faixas, que faria uma divulgação do que viria pela frente: ela seria a primeira cantora negra brasileira a fazer um show no Rock in Rio, escrevendo também o roteiro dos curta-metragens que eram os clips das músicas.
Este ano, Iza lança seu segundo álbum em um momento no qual afirma ter se encontrado como artista, após passar por um processo de evolução para poder falar de coisas que ela não falava antes. Trazendo uma comunicação ainda mais autêntica e sentindo a liberdade de falar sobre assuntos que antes reprimia, como sexo.
“Acho muito importante a gente falar de sexo de uma perspectiva feminina”. Para todos e todas que conheceram a artista pelo seu primeiro álbum, ela ressurge ainda mais feminina, madura, externando suas experiências e vivências pessoais em letras, voz e ritmo. A artista reuniu no novo projeto várias pessoas que ela admira e bem mais mulheres que no projeto anterior.
“Por mais que o nome tenha sido dona de mim, eu me sinto mais dona de mim agora [...] Afrodith é cem por cento eu, acho que eu me reencontrei como artista, com esse álbum".
Novo disco
Afrodith apresenta 13 faixas com a participação de artistas que representam a música brasileira, através de ritmos que reinam nas ruas de todo o Brasil. O coro feminista do disco vem desde a diversão com a faixa: "Fé nas maluca" onde a cantora convida a MC Carol, outra líder negra, para dividir os vocais. A funkeira, nascida e criada nas favelas do Rio de Janeiro, é considerada uma importante voz feminista da quebrada, com suas letras de cunho pessoal e relatos de experiências sexuais.
Se assumindo como uma fã de Tiwa Savage, Iza compartilha uma faixa com a nigeriana, na dançante “Bonzão”. Segundo a artista, é na faixa “Que Se Vá que ela traz um desabafo, classificando o single, como música de libertação. “O momento em que eu entendi que eu tinha virado página [...] Se é para lavar roupa suja, eu tô te devolvendo até o pregador”.
Tem dendê na música mais festiva do álbum
Nada como um baiano para trazer ainda mais festa para o disco. Fã declarada da banda soteropolitana Baiana System, Iza traz a participação de Russo Passapusso na faixa “Mega da Virada”. E talvez não seja um mera coincidência que essa seja a música mais animada do disco.
A presença masculina ainda aparece em outras faixas, como: Arthur Verocai, na faixa de abertura “Nunca Mais", L7nnon, em “Fiu-Fiu” e Djonga, em “Sintoniza”.
De tantos sentimentos nesse projeto, o amor não poderia ficar de fora, e a artista reúne todo o seu coração na faixa em que fala sobre reencontro com o romance: " Exclusiva". “A gente fala: ‘Nunca mais vou querer me envolver sério com alguém’, mas as coisas acontecem. E eu fiquei encantada com essa situação, por isso quis escrever a respeito”.
*Sob supervisão de Alex Torres e Bianca Carneiro
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