EM SALVADOR
Mariana Aydar faz show com homenagem ao Maestro Letieres Leite
Apresentação acontecerá na Casa Rosa, no Rio Vermelho, na noite desta sexta-feira, 25
Por Eugênio Afonso
Quem aporta na Casa Rosa – no boêmio Rio Vermelho – nesta sexta-feira, 25, às 22h, é a cantora e compositora paulistana Mariana Aydar, 43, uma das melhores vozes de sua geração. O show faz parte da programação de aniversário de três anos de um dos mais novos e dinâmicos espaços culturais de Salvador.
“Amo fazer show em Salvador porque é um dos lugares que mais amo na terra. Fiquei apaixonada pela Casa Rosa e fiz questão de cantar lá. Sempre que vou para aí penso em um show especial, mesmo que esteja no meio de uma turnê. Tô pensando em um repertório bem bacana”, conta a cantora.
E apesar de ter a carreira muito associada ao arrasta-pé, principalmente nos últimos tempos, Mariana garante que o repertório terá também outros gêneros musicais. “Meu foco tem sido forró, mas também quero trazer canções que tenham a ver com o mar ao longo da minha carreira, portanto não vai ter só forró. Quero trazer um pouco dos meus outros discos”.
Não à toa, Mariana foi agraciada com o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música de Raízes em Língua Portuguesa, em 2020, com seu mais recente trabalho, o disco Veia Nordestina, de 2019.
E quanto ao repertório do show, a cantora prefere fazer mistério, mas músicas como Frevo Mulher, Medo Bobo, Pagode Russo, Te Faço um Cafuné, Triste Louca ou Má, Preciso do teu Sorriso já estão confirmadas. Para algumas delas, inclusive, Mariana preparou novos arranjos.
Pernambuco e Bahia
Mesmo não sendo nordestina, Mariana tem um chamego danado com o forró, afinal conheceu o mestre Lua ainda criança em suas inúmeras andanças pelos estados das famosas festas juninas.
“Minha relação com o Nordeste vem de muito tempo porque minha mãe (Bia Aydar) era empresária do Luiz Gonzaga, então conheci ele muito novinha e, por causa disso, me apaixonei pelo forró. Minha mãe viajava muito pelo Nordeste e eu sempre a acompanhava e, graças a Deus, conheci a cultura e o povo nordestino que tanto me ensinam até hoje”, agradece a cantora.
Para ratificar ainda mais sua paixão pelo universo cultural desta região brasileira, Mariana estreou como diretora de cinema – ao lado de Joaquim Castro e Dudu Nazarian – com o documentário Dominguinhos (2014). Um filme sobre o músico pernambucano com quem teve uma relação especial de amizade e muitos aprendizados sobre xotes, xaxados e baiões.
Mas além do Pernambuco de Gonzagão e Dominguinhos, a Bahia também está bem assentada na carreira de Mariana, afinal, quando era mais jovem, foi backing vocal de Daniela Mercury e conviveu de perto com o maestro Letieres Leite, que nos deixou há dois anos.
“A música baiana é das preferidas da minha vida. Tem muitos baianos que me influenciaram, inclusive Daniela foi uma pessoa muito generosa comigo. Gravei um disco produzido pelo Letieres Leite, que é uma pessoa que me faz muita falta e vai receber minha homenagem neste show”, revela a compositora.
E os novos projetos, pode contar? “Estou gravando um disco agora, mas é surpresa, ainda não posso falar direito o que vai acontecer. Mas vai ter gente nova nele. Sou muito curiosa, acho a música brasileira muito rica”, finaliza a cantora paulistana.
Com produção de Camila Hornhardt, quem acompanha Mariana, amanhã, na Casa Rosa, é Feeh Silva, na zabumba, Cosme Vieira (sanfona), Magno Dito (baixo), Rafa Moraes, de guitarra, e Bruno Marques na percuteria.
Mariana Aydar / 25 de agosto / 22h / Casa Rosa (Rio Vermelho) / 18 anos / R$ 120 (inteira), R$ 60 (meia), R$ 90 (ingresso solidário) com doação de 1 kg de alimento não perecível
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