RESISTINDO
“Não vamos permitir que o forró fique em segundo plano”, diz Adelmário
Cantor se apresenta nesta sexta, 10, em Lauro de Freitas, ao lado de Dorgival Dantas e Flávio José
Por Edvaldo Sales
O show “Triângulo do Forró” vai reunir três ícones do forró nesta sexta-feira, 10, no Armazém Convention, em Lauro de Freitas: Adelmário Coelho, Dorgival Dantas e Flávio José. O evento vai contar com apresentações individuais dos três renomados artistas, seguidas de um momento especial em que vão estar juntos no palco. A apresentação marca o início da turnê conjunta que vai percorrer as principais cidades do Nordeste ao longo deste ano. A Bahia vai ser o ponto de partida para essa jornada musical.
Em entrevista ao Isso É Bahia, da A TARDE FM, Adelmario disse que percebeu uma recepção positiva do projeto por parte do público baiano. “Foi muito bem assimilada e existe a expectativa que ele chegue a outros estados nordestinos. Antes vai ter o meu filho Will Coelho, que vai fazer um show. A galera pode chegar cedo no Armazém Convention. Depois eu entro e em seguida Flávio e Dorgival. No final, nós três vamos fazer um momento de interação”, prometeu.
Ao falar sobre a expectativa do show de hoje a noite, o cantor falou que “é uma alegria muito grande levar a nossa cultura tradicional para vários lugares”.
Se nós tivermos a oportunidade de caminharmos por outros espaços será uma alegria. Cada momento que você coloca a cultura na sua atualidade é um ganho para todos. Será uma alegria muito grande. Eu já tenho a informação de que várias cidades já pediram o projeto.
Sobre a disputa que o forró enfrenta com outros gêneros musicais no São João, Adelmario pontuou que o “forró tradicional vem de várias gerações”. “Nós estamos aqui dando continuidade porque entendemos que isso não é música de estação, é música para gerações. [...] Música se harmoniza, mas existem momentos, eu estou falando especificamente do São João, que tem um anfitrião. Quem vai curtir uma festa junina vai para curtir o forró. Essa é a nossa bandeira. Infelizmente a gente vê algumas pessoas que não tem a sensibilidade de entender que ali tem um anfitrião e que às vezes são colocados em segundo plano. E isso nós não vamos permitir”, afirmou.
“Mas não sou radical ao ponto de dizer que não pode existir outros gêneros musicais nesse contexto. Eu, como forrozeiro tradicional, tráfego pelo carnaval sem nenhum problema e é uma aceitação maravilhosa. O forró está ali como outro gênero pode estar em uma festa junina também”, completou.
Assista à entrevista completa:
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