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13/09/2023 às 2:00 - há XX semanas | Autor: Tiago Freire*

INVASÃO BRITÂNICA

‘Osba no Vila’ faz um ‘Passeio Inglês’ no teatro do Passeio Público

Apresentação acontece apenas nesta sexta-feira, 15, e sábado, 16

Músicos em ação na última edição do Osba no Vila. Neste final de semana, orquestra interpreta composições vindas da Inglaterra
Músicos em ação na última edição do Osba no Vila. Neste final de semana, orquestra interpreta composições vindas da Inglaterra -

Com algumas das mais célebres peças da música clássica inglesa, a Orquestra Sinfônica da Bahia fará nesta sexta-feira, 15, e no sábado, 16, a segunda edição do projeto Osba no Vila. Com o tema Um Passeio Inglês, o programa traz apenas compositores ingleses. O concerto será realizado no Teatro Vila Velha e conta com a regência do maestro convidado Felipe Prazeres e com a participação do spalla da OSBA, o violinista chileno Francisco Roa, como solista.

Os ingressos para a OSBA no Vila estão sendo vendidos a exclusivamente de forma on-line, pela plataforma Sympla, pelos valores de R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia).

Por meio de Um Passeio Inglês, temática desta apresentação, o concerto traz no programa obras de compositores da Inglaterra: a abertura da ópera O Rei Arthur, de Henry Purcell (1659-1695); o Concerto para Violino Nº 1, Op. 15, de Benjamin Britten (1913-1976); além de Variações Enigma, Op. 36, de Edward Elgar (1857-1932).

A regência da apresentação será do músico carioca Felipe Prazeres, atual maestro titular da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e também regente e spalla da Orquestra Petrobras Sinfônica.

Para o maestro convidado, esta apresentação é uma boa oportunidade de conhecer e contemplar estes três grandes compositores da música de concerto nascidos na grande ilha do norte.

“Estamos fazendo um concerto em homenagem a três compositores ingleses icônicos, cada um de uma época. Purcell foi o principal barroco inglês. Elgar foi considerado um pós-romântico de enorme importância. Já Britten é considerado o maior compositor do século XX”, detalha Felipe Prazeres.

A escolha de músicas não vem por acaso. Prazeres ressalta a história da música clássica inglesa e suas peculiaridades em relação à de países da Europa Continental, como França e Alemanha.

Apesar de ter tido músicos na chamado período Barroco e ao fim do Romantismo, o Reino Unido não vivenciou outros movimentos, como o Classicismo e o Romantismo propriamente dito.

“Houve um grande buraco na história da música, em especial no período romântico, pós barroco, no período clássico e início do período romântico. Nele você tinha figuras como Beethoven e tantos outros compositores que vieram da Alemanha, mas a Inglaterra não participou muito desse movimento, veio só com Elgar. O que diferencia é que não houve de fato essa experiência inglesa no decorrer do período clássico e romântico”, explica o maestro.

“Isso se reflete no show, a gente começa no barroco e dá esse grande salto para o fim do XIX e começo do XX, refletindo a experiência inglesa”, conta.

Concerto Para Violino

Um dos destaques do concerto será o violinista Francisco Roa, solista no Concerto para Violino N. 1, Op. 15, de Benjamin Britten. Composta entre 1938 e 1939 e com estreia em 1940, que presta uma homenagem aos mortos da Guerra Civil Espanhola (1936-1939).

“Britten compôs esse concerto em plena Guerra Civil Espanhola e já previa, já vinha com esse pensamento pessimista para o futuro, que era a Segunda Guerra Mundial”, pontua Felipe.

“Ele foi quase obrigado a terminar o concerto nos EUA, ele era um pacifista nato e homossexual assumido, coisa que naquela época era impensável. Você consegue observar nessa peça o embate da orquestra, quase como se fosse uma máquina de guerra e o solista como um soldado perdido dentro dela, sem esperança”, descreve o maestro.

Esse forma única da peça também foi um grande chamativo para Francisco Roa, que desde que conheceu o trabalho de Britten e em especial o Concerto Para Violino sente uma grande vontade em poder performa-lá e celebra a chance em Um Passeio Inglês.

“Conheci o Concerto Para Violino de Britten por volta de 2009-2010. Quando trabalhava no Rio, eu tinha um colega que tinha feito uma assinatura no Digital Concert Hall da Orquestra Sinfônica de Berlin e eu estava na casa dele após uma apresentação e ele me apresentou a esse concerto de Britten e foi algo que me apaixonou logo de começo. É um concerto que tenho em mente desde então e tenho buscado a chance de poder ser solista nele desde então”.

Novo capítulo com a OSBA

Por fim, Felipe Prazeres também ressalta a possibilidade de trabalhar novamente com a OSBA, destacando as diferenças entre o trabalho como corpo artístico da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal. Também relembra alguns trabalhos anteriores com o grupo e compartilha expectativas para a noite.

“A gente sempre pensa na música como essa linguagem universal, que ela vai ser igual independente de onde estamos, mas essa cumplicidade entre maestro e músicos precisa ser construída. Eu estou a um ano no Theatro Municipal, que tem um outro viés completamente diferente, que está a muito serviço da ópera e do balé. A preparação e visão de uma orquestra independente são muito diferentes, mesmo que esteja no palco igual”, enfatiza.

“Trabalhar em uma orquestra sinfônica é priorizar o repertório sinfônico e o maestro não fica escondido e precisa dar conta desse grande repertório sinfônico extremamente desafiador”, observa.

Felipe conta que esta é a sua terceira vez regendo a Osba. “A primeira foi dez anos atrás, quando tocamos na Igreja de São Francisco e vim como violinista também e depois regentei, quando comecei a reger. Depois, em 2019, fizemos um programa muito interessante e tocamos algumas peças extremamente difíceis e hoje eu volto com Um Passeio Inglês com muita felicidade e muita expectativa”, finaliza.

OSBA NO VILA: UM PASSEIO INGLÊS / Sexta (15) e sábado (16), 19h / Teatro Vila Velha / R$ 40 e R$ 20 / Vendas exclusivamente no sympla.com.br

* Sob a supervisão do editor Chico Castro Jr.

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