MÚSICA
Pablo e Asas Livres se reúnem em noite de recordações e sofrência
Por Ashley Malia | Foto: Divulgação

Responsáveis pela criação do gênero arrocha, a banda Asas Livres dominou as serestas dos anos 2000 e fez todo mundo 'sofrer' e dançar 'agarradinho', com sucessos como 'Tudo Azul', 'Cristina' e 'Vou Te Procurar'. O grupo marcou a música baiana, além de dar novas roupagens às canções de outros artistas brasileiros com regravações de hits. Em 26 de outubro (sábado), Pablo e os ex-colegas de banda, Jai e Palito, convidam os 'seresteiros' para uma noite de lembranças e 'sofrência', no Parque de Exposições, que será registrada em um DVD.
"É uma ideia que a gente teve e alguns amigos sugeriram. Nós fomos amadurecendo, com cada um trabalhando em paralelo. Depois sentamos para tirar a ideia do papel", contou o cantor Pablo, explicando que o projeto 'Pablo & Asas Livres Retrô' é justamente para os fãs que acompanham a banda desde o início da carreira.
Em entrevista ao Portal A TARDE, os artistas revelaram que pretendem fazer uma turnê com o projeto, mas que ainda está tudo em andamento e sendo amadurecido. "Estamos resgatando músicas que fizeram sucesso na época do Asas Livres, quem sabe no próximo projeto, se a gente vier a ter, podemos colocar uma música nova", comentou Pablo.
O evento ainda contará com uma promoção inusitada. Em homenagem ao sucesso 'Cristina', música da banda brasileira Roupa Nova, que foi regravada pelo Asas Livres em ritmo de arrocha, todas as pessoas que se chamam "Cristina" poderão ter acesso gratuito ao show. "O que não vai faltar é Cristina, até Jai vai mudar o nome para 'Cristina' (risos)", brincou Pablo.
Falar em Asas Livres é também relembrar que o grupo foi um dos grandes pioneiros do arrocha. A criação ficou por conta do músico e fundador da banda Jailton Barbosa, o Jai. Ele contou que foi elaborando o ritmo e, sempre que fazia algo diferente, chamava Pablo para ver. Além disso, ele ressaltou que as mulheres do fã-clube da banda dançavam "bem agarradinho" e de um jeito "meloso", e isso também contribuiu para que o artista fosse adaptando o ritmo.
"Pablo veio e usou os recursos dele, a voz, foi uma junção que fizemos. Eu percebi o potencial dele, a forma de cantar, um jeito bem nato. Adaptei o ritmo e chegamos ao nosso objetivo", afirmou Jai.
Segundo a banda, antigamente o mesmo ritmo se chamava seresta, mas teve algumas modificações até chegar no arrocha, como hoje é conhecido. O que contribuiu bastante para o sucesso do Asas Livres foram as regravações de hits de outros artistas brasileiros, dando uma nova roupagem, uma 'cara de arrocha' nas composições. Pablo lembrou que o primeiro sucesso do grupo foi, justamente, com a regravação de artistas como Rodriguinho e Roupa Nova. "Foi o que deu aquele 'boom' na gente", contou.
Quando questionados sobre a importância do gênero, os artistas pontuaram o surgimento de novas bandas e cantores e o quanto isso tem fortalecido o arrocha, além de 'conservar' o ritmo. "É bacana que tanto Devinho Novaes quanto Anna Catarina, essa galera que chegou agora, eles estão conservando o arrocha, não colocando letras depravadas, não poluindo", comentou Pablo. Ele frisou que arrocha é falar de amor, é um ritmo romântico.
Segundo o cantor, quando o arrocha estourou no Brasil inteiro, muitos artistas do sul começaram a carregar a bandeira do gênero musical. Além disso, Pablo ressalta também que é importante reconhecer o arrocha como um estilo que veio da Bahia. "Para a gente é muito gratificante", completou, dizendo que a emoção será grande na gravação do DVD com o Asas Livres.
Em tom de brincadeira, Pablo mencionou que o colega Jailton irá levar um lençol para o show, pois vai chorar bastante. "A gente vai se emocionar muito, reviver muita coisa bacana", finalizou.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Siga nossas redes