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Paula e Jaques Morelenbaum homenageiam Tom Jobim no Café-Teatro Rubi

Publicado sexta-feira, 11 de agosto de 2017 às 09:00 h | Autor: Mallu Silva*
Paula e Jaques Morelenbaum acompanharam Tom Jobim por mais de 10 anos
Paula e Jaques Morelenbaum acompanharam Tom Jobim por mais de 10 anos -

Por mais de dez anos, Paula e Jaques Morelenbaum cantaram e tocaram ao lado do compositor e maestro Tom Jobim. Pareceu natural, então, serem convidados como representantes brasileiros do compositor no Festival de Jazz de Padova. O que os músicos não esperavam era que o registro ao vivo do show se tornasse um CD, no qual se baseia a apresentação que farão nesta sexta-feira, 11, e no sábado, 12, no Café-Teatro Rubi, às 20h30, em homenagem aos 90 anos que Tom completaria esse ano. O couvert artístico está no valor de R$ 130.

O álbum Paula e Jaques Morelenbaum – Live in Italia – Omaggio a Jobim, e o show no Rubi, contam com a participação do CelloSam3aTrio, que une o violoncelo de Jaques Morelenbaum, o violão de Lula Galvão, e a bateria de Rafael Barata. Estão no repertório algumas das maiores canções do compositor, como Águas de Março e Desafinado.

Segundo Paula, cantar a obra dele é acolher a memória do seu passado com Tom. "Cantar Tom Jobim é um momento de paz, me dá alegria, lembro de tempos em que a gente ficava junto, que foram momentos maravilhosos pra mim", relembra a cantora.

A apresentação conta especialmente com músicas famosas porque foi pensada, a princípio, para uma plateia estrangeira, na Itália. Ainda assim, canções menos conhecidas como Gabriela, trilha sonora do filme homônimo baseado na obra de Jorge Amado, integram o repertório. A música é a preferida de Paula, pelo frescor de não ser muito tocada.

Mas não importa o lugar, de Padova a Salvador, na tentativa de acompanhar a canção em outra língua ou na sintonia de crescer no Brasil ouvindo Tom Jobim, Paula afirma que o maestro agrada. "Ele é um cara muito amado, qualquer lugar que a gente vá, Itália, Polônia, Japão, todo mundo adora o repertório do Tom", diz.

Tom sem piano

Tom Jobim começou a tocar piano aos treze. Era um piano preto, de segunda mão, que sua mãe deixou por um tempo na garagem da sua casa. Foi um instrumento como esse que o acompanhou durante todo o tempo na bossa nova.

Apesar disso, a homenagem de Paula e do CelloSam3aTrio não utiliza piano nos arranjos das músicas. Paula explica que foi uma escolha inédita, mas que deu certo. "Se você conhece a gravação original, você vai ver o Tom ali, vai ouvir, você vai reconhecer ele em outros instrumentos", afirma.

Além do CD registrado ao vivo na Itália, Paula canta em outro disco sobre a obra do compositor, o Casa, gravado na casa do próprio Tom, ao lado de Jaques e do músico japonês Ryuichi Sakamoto.

*Sob Supervisão do editor--coordenador marcos casé

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