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MÚSICA

Sérgio Britto lança novo material solo e faz planos para os 40 anos do Titãs

Por Fernando Valverde

06/11/2020 - 9:46 h
Sérgio Britto
Sérgio Britto -

Parte integrante de uma das bandas mais icônicas do rock nacional, o músico Sérgio Britto, um dos fundadores dos Titãs, está com um novo projeto engatilhado para a era digital. Lançado nesta sexta-feira, 6, o single Epifania, que é acompanhado pela música Tradição, fará parte de um projeto de compactos lançados a cada três meses que ao fim farão parte do novo disco solo do compositor.

Em entrevista ao programa Isso é Bahia, da rádio A TARDE FM (103.9), Sérgio, que lançou seu último disco, Purabossanova, em 2013, falou sobre o novo projeto, que mescla música pop com elementos da bossa nova e MPB, e sobre as dificuldades de se conciliar um projeto solo com uma banda lendária e de sonoridade tão marcada.

“Administrar uma carreira, continuar em uma banda e pretender fazer um trabalho solo é uma coisa complicada. Então acabo sossegando mais do que eu gostaria, mas agora chegou a hora. Alguns elementos, algumas canções que eu abordo no meu trabalho solo e que tem características mais próximas da MPB não cabe fácil no universo musical do Titãs. Não que eles não gostem, mas não parece fazer sentido pra banda fazer esse tipo de registro. É uma coisa que não cabe lá e eu faço sozinho. Isso é bom porque nenhuma coisa sobra na outra. As coisas que faço no meu solo não são sobras do Titãs e vice-versa”, ponderou.

De acordo com Sérgio, essa dualidade na carreira o permite trilhar caminhos mais amplos na música, podendo dar vazão a outros estilos e elementos artísticos que acabam se completando com os dois projetos.

“Na banda eu faço coisas que eu não faria sozinho. Meu último projeto com o Titãs, que foi a ópera rock, é algo que não rolaria. Então eu privilegio o lado artístico. Quero manter as duas coisas, são dois lados fortes em mim, quero cantar, quero compor, então eu venho tentando manter as duas coisas. Tem essa dificuldade óbvia e a minha carreira solo fica em segundo plano mas é algo que eu pretendo corrigir e equilibrar mais um pouco desses fatores”, afirmou

Uma das duas músicas lançadas nessa sexta, 6, a balada Tradição, já havia sido gravada na voz marcante da lendária cantora Elza Soares. Composição de Britto, a canção apareceu no disco Planeta Fome (2018) da intérprete e figura agora na voz do seu compositor.

“É uma música que tem alguns anos, eu mostrei pra ela através de um amigo e ela gostou e gravou. Foi um grande privilégio para mim ter uma música gravada por ela. É uma cantora excepcional e está com uma carreira revitalizada. É um ícone da música brasileira”, se derrete.

Era digital e futuro dos Titãs

A chegada da era do streaming provocou profundas transformações na indústria fonográfica. Lógicas estabelecidas, como o lançamento de discos, foram adaptadas para as novas gerações e na visão de Britto, que já possui décadas de estrada, a atenção do consumidor foi alterada. Com uma predileção mais episódica dos conteúdos, o ouvinte médio prioriza hoje o consumo de singles e isso interferiu inclusive na decisão do cantor de alterar o formato de seus novos lançamentos.

“Essa decisão de ir lançando as coisas aos poucos vem muito da experiência e das maneiras de se consumir música nessa era digital. O nosso plano é lançar 2 músicas a cada 3 meses até completar 12. Nas plataformas digitais tenho visto que as pessoas prestam mais atenção justamente nesse tipo de lançamento então quero privilegiar esse modo. Acho que a nossa classe de músicos, quando começou a era digital, foi surpreendida de cara com essa coisa das vendas de discos diminuir drasticamente de um ano pro outro. Deixou de ser uma maneira da gente ganhar dinheiro e antigamente era uma renda tão grande quanto os shows. Tivemos que ir se reinventando e é um aprendizado diário. Temos que ir vendo como funciona e tentar se adequar obviamente sem trair o que você faz e mantendo a verdade na arte que você produz”, comentou.

Apesar do momento focado na carreira solo, Britto não deixa o Titãs de lado e dividiu um pouco dos próximos movimentos da banda que fará 40 anos de estrada em 2022, além de fazer uma análise honesta desse período,

“Tudo que dura quase 40 anos, como é o nosso caso, tem seus altos e baixos. Momentos que brilham e momentos mais opacos, coisas medíocres, coisas brilhantes e eu acho que qualquer um que olhe para uma carreira dessa tão longeva, precisa levar esses elementos em conta para fazer qualquer avaliação. Nossa relação artística permanece muito viva. Ainda temos uma ligação muito forte com essa linguagem que criamos, a gente gosta de fazer parte de uma banda de rock e queremos continuar fazendo. Acabamos de lançar um disco revisionista e em 2022 completamos 40 anos. 2021 vai ser para recuperar toda a agenda que ficou parada e em 2022, se tem algum projeto, é essa celebração dos nossos 40 anos de carreira”, projetou.

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