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DE FILHO PARA PAI

Targino Gondim faz show com músicas de boteco em homenagem ao pai

O ‘Boteco do Ginô’ será nesta sexta-feira, 15, e no dia 29, às 19h, no Othon (Ondina)

Por Elis Freire*

14/09/2023 - 0:30 h
Targino: “No show tem Amado Batista, Peninha, Roberto Carlos etc. Mas claro que o forró não fica de fora”
Targino: “No show tem Amado Batista, Peninha, Roberto Carlos etc. Mas claro que o forró não fica de fora” -

Roberto Carlos, Peninha, Amado Batista e Waldick Soriano são alguns dos compositores presentes no show Boteco do Ginô, de Targino Gondim. Projeto que surgiu no YouTube, o Boteco agora vem para o presencial e traz músicas mais românticas, tocadas por botecos de todo país, sem deixar de lado o forró. O sanfoneiro e cantor se apresenta nesta sexta-feira, 15, e no próximo dia 29, sempre às 19h, na Área Verde do Othon Palace, em Ondina.

Durante a pandemia, Boteco do Ginô foi um sucesso em uma série de lives pelo YouTube do cantor. O aconchego e as músicas de boteco características do projeto se tornaram um show presencial – Salvador recebe as duas primeiras apresentações. Unindo comida típica de boteco (da Toca do Cobra) e canções brasileiras clássicas, Targino Gondim criou o projeto em homenagem ao seu pai, Seu Targino ou Ginô.

“Eu queria fazer alguma coisa diferente, criar um show com músicas que eu gosto de tocar em casa com a minha família. Montei um repertório e resolvi fazer lives para passar a tarde junto com as pessoas e aproveitei para fazer uma homenagem ao meu pai. Eu achava bacana durante a pandemia de ter esse encontro musical com as pessoas e cantar, além do forró, essas músicas de boteco. O sucesso foi grande e agora chegou o momento certo de Salvador sediar pela primeira vez o projeto presencial”, explica Targino Gondim.

Um dos maiores representantes do forró brasileiro e vencedor de um Grammy Latino, o sanfoneiro pernambucano aprendeu muito do que sabe na música com o seu pai. Com sucessos como Dama de Vermelho, Vou Rifar Meu Coração, Torturas de Amor e Do Jeito Que a Vida Quer, o sanfoneiro presta uma homenagem às canções de amor que cantava e tocava junto com Seu Ginô.

“Meu pai influenciou diretamente na minha formação musical, porque eu herdei do meu pai a paixão pela obra toda de Luiz Gonzaga e seus seguidores. Ele me ensinou a tocar os primeiros acordes na sanfona; foi o meu primeiro professor. Seu Targino foi minha referência principal, a minha base. A partir do que meu pai gostava e tocava, eu comecei a determinar as minhas características musicais e artísticas”, conta o cantor.

Também em formato de álbum, disponível nas plataformas digitais, Boteco do Ginô é um convite para uma noite de afeto com músicas tocadas pelos botecos do país. Targino traz também Leãozinho de Caetano Veloso, Esotérico de Gilberto Gil e o clássico de forró Eu só Quero um Xodó, do mestre Dominguinhos.

“No Boteco do Ginô vamos passear por canções imortalizadas por grandes intérpretes do Brasil todo. E dessa vez com a interpretação singular minha, junto com a minha voz, com a minha sanfona e com a minha banda. A gente vai montar uma estrutura bem aconchegante, é coisa de boteco mesmo: você vai estar no boteco entre amigos, entre famílias, entre amigos, degustando uma boca cachaça, uma boa bebida, uma boa comida e também uma boa música”, afirma.

A banda formada por Tadeu Gouveia na guitarra, Luiz Maya no baixo, Gargamel na bateria e Junior Vovô no Cavaquinho acompanham o sanfoneiro nas duas edições do show, em um clima intimista de celebração. Salvador é a primeira cidade a receber o espetáculo, onde Targino mora desde 2017.

Pernambucano baiano

Nascido no interior de Pernambuco, em Salgueiro, Targino se mudou para Juazeiro na Bahia desde pequeno, onde cresceu e se formou como músico. Cidadão baiano reconhecido desde 2009, Targino nutre um carinho especial por Salvador, onde teve clássicos gravados por músicos da terra, como Esperando na janela, gravada por Gilberto Gil.

“Os artistas daqui são todos amigos, a cidade respira música, pode ser a cidade da música mundial. São tantos intérpretes, compositores, cantores e cantoras que vem daqui. O canto da Bahia é nosso e atrai, todo mundo aqui canta. Não podia ficar de fora, eu que sou de Juazeiro”, disse o sanfoneiro.

Targino Gondim ganhou o Grammy Latino de Melhor Canção Brasileira em 2001 com Esperando na Janela e, em 2010, recebeu o prêmio de Melhor Cantor no 21º Prêmio da Música Brasileira com o projeto Canções de Luiz, em homenagem ao Rei do Baião.

Lado romântico

Inspirado pelos mestres do forró Luiz Gonzaga e Dominguinhos e também por cantores como Gil, Caetano, Gal e Bethânia, Targino Gondim dessa vez quis trazer novas referências com canções tocadas em serestas e nos bares.

Temas como amor, infidelidade, carência estão no repertório do projeto, mais leve e romântico. Sem abrir mão do forró, estilo formador de Targino, Boteco do Ginô passeia por outros interesses do artista e do público baiano.

“Boteco de Ginô é mais ligado a música de boteco, músicas mais românticas que falam de coisas corriqueiras da vida, de amor principalmente. Essas músicas sempre me pegaram e resolvi colocá-las no meu show Boteco de Ginô, como Peninha, Amado Batista, Roberto Carlos. Esse é o foco, mas claro que o forró não fica de fora”, ressalta.

Os ingressos estão à venda pelo WhatsApp (71) 9957-4653 por R$ 100. Limitados a 150 pessoas, o público poderá assistir à apresentação sentado, enquanto degustam cortes de carne e pratos da Toca do Cobra, na área verde do Othon Palace.

Boteco do Ginô / Amanhã e dia 29, 19h / Toca do Cobra (Área Verde do Othon Palace), Ondina / R$ 100 / Vendas: WhatsApp (71) 9957-4653

* Sob a supervisão do editor Chico Castro Jr.

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