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Vídeo: cantora gospel viraliza ao denunciar abuso infantil em Marajó

Aymeê Rocha fez críticas à falta de posicionamento de líderes religiosos para a exploração sexual de crianças

Publicado quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024 às 09:41 h | Atualizado em 22/02/2024, 11:11 | Autor: Vinicius Viana | Portal Massa!
Aymeê Rocha é uma cantora gospel
Aymeê Rocha é uma cantora gospel -

A cantora paraense Aymeê Rocha chamou a atenção da web ao viralizar com sua música "Evangelho de Fariseus" na semifinal do Dom Reality, o primeiro reality show gospel do Brasil. A canção denuncia a exploração sexual infantil na Ilha do Marajó, no Pará, e a falta de posicionamento de líderes religiosos em relação ao que acontece no local.

“Enquanto isso, no Marajó, o João desapareceu esperando os ceifeiros da Grande Seara”, canta Aymeê. Ao terminar a música no reality show, ela relatou que crianças na Ilha do Marajó chegam a se prostituir por R$5 para os turistas que visitam a região.

"Lá tem muito tráfico de órgãos, pedofilia em nível hard e as crianças, com cinco anos, quando veem os barcos vindos de fora com os turistas, saem em uma canoa e se prostituem dentro do barco por cinco reais", declarou a artista para o jurados do Dom Reality.

Em outro trecho, a música afirma que as pessoas estão mais preocupadas em promover a si mesmas, realizar eventos e acumular riquezas, enquanto negligenciam o verdadeiro propósito da fé cristã, como cuidar dos necessitados e compartilhar o amor de Cristo. O “Evangelho de Fariseus” ainda faz referência à Amazônia queimando e às crianças morrendo, refletindo a crítica à falta de ação diante das injustiças e problemas sociais.

Repercussão e a exploração sexual infantil na Ilha de Marajó

Em apenas 5 dias, a música de Aymeê Rocha alcançou mais de 12 milhões de pessoas na página do reality show gospel e ganhou mais de 950 mil seguidores no Instagram , mobilizando anônimos e famosos a falar sobre o assunto. Apesar do tema ter ganhado notoriedade na web recentemente, as denúncias sobre exploração sexual infantil na Ilha de Marajó são antigas.

Em 2006, uma investigação da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados já havia sido iniciada sobre o assunto. Documentos da época revelaram o envolvimento de políticos locais nos casos, com aliciadores levando meninas para prostituição em Belém e, posteriormente, na Guiana Francesa.

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