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Celo Costa apresenta espetáculo inspirado em conto de Guimarães Rosa

Eduarda Uzêda

Por Eduarda Uzêda

03/10/2017 - 8:19 h
Celo canta no simbólico rio criado no cenário de Zuarte Júnior
Celo canta no simbólico rio criado no cenário de Zuarte Júnior -

O cantor, multi-instrumentista e compositor Celo Costa inspirou-se no conto A Terceira Margem do Rio, de Guimarães Rosa, para produzir o espetáculo O Velho Homem Rio, que une música, teatro e literatura, além da arte de contação de história.

O público é convidado a navegar no imaginário atemporal do sertão com o cantador Celo, que vai preparando o ambiente para se transmutar no contador-personagem da história do conto rosiano.

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É ele que, enquanto personagem narrador, fala do isolamento do pai, que se afasta da família para permanecer sozinho no rio.

O ingresso neste mundo "encantatório" e misterioso está aberto ao público amanhã, às 20h30, no Teatro Sesc Casa do Comércio. Vale lembrar que o espetáculo retorna à cena depois de ter angariado o Prêmio Caymmi de Música 2017, na categoria Melhor Direção Artística (assinada pelo ator e poeta Jackson Costa).

Identificação

"O texto de Guimarães Rosa é mostrado integral, com músicas selecionadas, que são intercaladas durante o espetáculo", conta Celo Costa, 39 anos, 20 de carreira, mestre em música pela Universidade Federal da Bahia (Ufba).

O texto de Guimarães Rosa é mostrado integral, com músicas selecionadas

Ele diz se identificar muito com o texto, pois também foi criado em área ribeirinha, em Santa Maria da Vitória, distante 877 quilômetros de Salvador. O municipio fica na borda do rio Corrente, um dos principais afluentes da margem esquerda do São Francisco.

"Me criei na beira de um rio e o narrador do conto é o filho que fica. E também tem a história da separação de meus pais. Outro ponto de identificação é que o linguajar de Guimarães Rosa é bem próximo da área onde nasci", destaca o músico.

Repertório

No repertório, Celo, que abre com a música Desafio, de Elomar, desfia repertório autoral (Azabelê, Silêncio Vazio, Sem Eiras, entre outras), com canções de Altay Veloso, Dominguinhos e Chico Buarque.

Além do baixista André Tiganá, responsável pela direção musical, o espetáculo conta com os músicos Fábio Cunha, na percussão, e Thiago Mendes, piano e acordeom.

Celo, além de cantor e músico, também é ator de rara entrega e sensibilidade

Cenário e figurino são assinados por Zuarte Júnior, e a iluminação, que dialoga com o cenário, é de Luciano Reis.

O intérprete é versátil. Além do reconhecimento na área musical, teve uma elogiada experiência em teatro, em 2002, na festejada peça Os Iks, direção do paulista Francisco Medeiros, que integra repertório do Núcleo de Teatro do Teatro Castro Alves. E mais: também é o palhaço Trililim, já tendo viajado para outros países com outros palhaços reconhecidos na cena local, como Demian Reis e Alexandre Casali.

Ele e o jornalista Antonio Nykiel também são criadores do documentário Luiz Gonzaga Tocava Assim – Uma Aula de Sanfona com Dominguinhos.

Tom confessional

O diretor Jackson Costa entrega que na primeira parte do espetáculo o multi-instrumentista fala da infância, do pai e da relação que ele, Celo, também tem com o rio.

Quando

"É aí, de modo delicado, que ele vai se transformando no personagem narrador", explica. "Celo, além de cantor e músico, também é ator de rara entrega e sensibilidade", complementa Jackson. Ele diz que o maior desafio foi equilibrar a narração [do universo de Guimarães Rosa] com as músicas do repertório.

Já o cenógrafo Zuarte Junior diz que criou um "rio vertical", feito de tecido, que dá a ideia da correnteza e fluidez. No espetáculo, o braço do rio, depois horizontalizado, segue para parte da plateia. "Quando me vi dentro do rio de Zuarte, chorei de emoção", depõe Celo.

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