VIVA O POVO BRASILEIRO
Clássico de João Ubaldo Ribeiro vira espetáculo musical inédito
Espetáculo tem músicas de Chico César, além de direção musical de João Milet Meirelles, do BaianaSystem
Por Da Redação
Um dos maiores clássicos da literatura brasileira, “Viva o Povo Brasileiro”, de João Ubaldo Ribeiro, foi adaptado em um musical inédito. O espetáculo, com direção de André Paes Leme, conta com 30 músicas originais de Chico César, além de direção musical e trilha original de João Milet Meirelles, do BaianaSystem.
O musical, produzido pela Sarau Cultura Brasileira, com o título de ‘Viva o Povo Brasileiro (De Naê a Dafé)’, estreia nesta sexta-feira, 25, no Teatro Riachuelo, localizado no Rio de Janeiro. Os ingressos variam entre R$ 19,50 a R$ 120 e não há previsão de sessões na Bahia.
Viva o Povo Brasileiro rendeu ao escritor baiano João Ubaldo Ribeiro o Prêmio Camões de Literatura e o Jabuti. O livro foi enredo da Império da Tijuca em 1987. A trama, ambientada na Ilha de Itaparica, percorre 400 anos da história do Brasil e fala de uma alma que quer ser brasileira.
“A alma encarna em indígenas, até o primeiro personagem, o Caboclo Capiroba, em 1640. Capiroba é enforcado pelos portugueses colonizadores, e tem uma filha que se chama Vu, e dela descendem as mulheres da história. A alma depois reencarna em um Alferes, em 1809. O Alferes sonhava em ser um herói brasileiro e tem morte súbita protegendo Itaparica da invasão portuguesa. Morre cedo e de fato, vira herói. A alma desejosa de ser brasileira, encarna na personagem Maria Dafé, que é filha de Naê e tataraneta de Vu. Aos 12 anos, Dafé assiste ao assassinato da mãe, por homens que queriam violentar as duas. Isso é o gatilho para Dafé virar a heroína da história”, diz a sinopse do espetáculo.
“Trouxe muito da minha formação intuitiva da música negra, brasileira, baiana, porque o livro se passa em Itaparica e Salvador. Fiquei feliz quando soube que era o João Meirelles quem seria o diretor musical, porque o BaianaSystem é o grupo com maior expressão dessa contemporaneidade da música negra brasileira”, conta Chico César.
“É uma construção coletiva com referências da música baiana contemporânea e da tradicionalidade. Tem muita percussão, cordas, sanfona, piano. São três músicos e um elenco também muito competente musicalmente. Tem essa diversidade como uma linha que vai conduzindo tudo” define João Milet Meirelles.
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