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Clássico de João Ubaldo Ribeiro vira espetáculo musical inédito

Espetáculo tem músicas de Chico César, além de direção musical de João Milet Meirelles, do BaianaSystem

Publicado terça-feira, 22 de agosto de 2023 às 09:31 h | Autor: Da Redação
Obra rendeu ao escritor baiano os prêmios Camões de Literatura e o Jabuti
Obra rendeu ao escritor baiano os prêmios Camões de Literatura e o Jabuti -

Um dos maiores clássicos da literatura brasileira, “Viva o Povo Brasileiro”, de João Ubaldo Ribeiro, foi adaptado em um musical inédito. O espetáculo, com direção de André Paes Leme, conta com 30 músicas originais de Chico César, além de direção musical e trilha original de João Milet Meirelles, do BaianaSystem.

O musical, produzido pela Sarau Cultura Brasileira, com o título de ‘Viva o Povo Brasileiro (De Naê a Dafé)’, estreia nesta sexta-feira, 25, no Teatro Riachuelo, localizado no Rio de Janeiro. Os ingressos variam entre R$ 19,50 a R$ 120 e não há previsão de sessões na Bahia.

Viva o Povo Brasileiro rendeu ao escritor baiano João Ubaldo Ribeiro o Prêmio Camões de Literatura e o Jabuti. O livro foi enredo da Império da Tijuca em 1987. A trama, ambientada na Ilha de Itaparica, percorre 400 anos da história do Brasil e fala de uma alma que quer ser brasileira.

“A alma encarna em indígenas, até o primeiro personagem, o Caboclo Capiroba, em 1640. Capiroba é enforcado pelos portugueses colonizadores, e tem uma filha que se chama Vu, e dela descendem as mulheres da história. A alma depois reencarna em um Alferes, em 1809. O Alferes sonhava em ser um herói brasileiro e tem morte súbita protegendo Itaparica da invasão portuguesa. Morre cedo e de fato, vira herói. A alma desejosa de ser brasileira, encarna na personagem Maria Dafé, que é filha de Naê e tataraneta de Vu. Aos 12 anos, Dafé assiste ao assassinato da mãe, por homens que queriam violentar as duas. Isso é o gatilho para Dafé virar a heroína da história”, diz a sinopse do espetáculo.

“Trouxe muito da minha formação intuitiva da música negra, brasileira, baiana, porque o livro se passa em Itaparica e Salvador. Fiquei feliz quando soube que era o João Meirelles quem seria o diretor musical, porque o BaianaSystem é o grupo com maior expressão dessa contemporaneidade da música negra brasileira”, conta Chico César.

“É uma construção coletiva com referências da música baiana contemporânea e da tradicionalidade. Tem muita percussão, cordas, sanfona, piano. São três músicos e um elenco também muito competente musicalmente. Tem essa diversidade como uma linha que vai conduzindo tudo” define João Milet Meirelles.

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