Menu
Pesquisa
Pesquisa
Busca interna do iBahia
HOME > cultura > TEATRO
Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email

TEATRO

Escracho contra o retrocesso em 'O Musical Mamonas'

Eduarda Uzêda

Por Eduarda Uzêda

07/10/2016 - 7:10 h | Atualizada em 07/10/2016 - 8:31
Mamonas
Mamonas -

A caretice do Brasil, com toda a onda de retrocesso e moralismo decadente, tem irritado até as figuras celestiais. O anjo Gabriel convoca, então, os integrantes do grupo Mamonas Assassinas - Dinho, Bento, Júlio, Samuel e Sergio - para levar alegria à nação contando, através de espetáculo, sua trajetória artística.

Esta é a trama de 'O Musical Mamonas', que chega a Salvador para matar a saudade dos que admiram a banda que teve sucesso meteórico (pouco mais de oito meses) e que, sem abrir mão da alegria, paródia, bom humor e irreverência, conseguiu passar pelo estreito funil do show business.

Tudo sobre Teatro em primeira mão!
Entre no canal do WhatsApp.

A apresentação do musical, que tem direção de José Possi Neto, acontece amanhã, às 19 horas, na Concha Acústica do Teatro Castro Alves. No palco, os intérpretes Ruy Brissac, Adriano Tunes, Yudi Tamashiro, Elcio Bonazzi e Arthur Ienzura representam os garotos de Guarulhos que chegaram a vender, em um único álbum, mais de 3 milhões de cópias.

Não falta dinamismo nas apresentações musicais. São, ao todo, mais de 100 peças de figurinos, entre roupas, chapeús e perucas.

Dramaturgia

O autor Walter Daguerre (o mesmo que escreveu o texto do espetáculo Jim, inspirado no roqueiro Jim Morrison, com o ator Eriberto Leão) afirma: "Este espetáculo é uma grande brincadeira com o gênero musical".

Ele acrescenta que, quando foi convidado para escrever o texto, preferiu não abordar o trágico acidente de avião que tirou de cena os Mamonas. A opção foi mesmo de entrar no espírito da trupe, que exercia a crítica com muito escracho. De acordo, ainda, com o dramaturgo, o musical não trata da vida pessoal dos artistas.

"A forma ficcional que encontrei foi o de eles mesmos contar sua história como incumbência dos céus", destaca Daguerre, que justifica que não teria como aprofundar, em um único espetáculo, a biografia dos músicos.

Excitado

Já o diretor Possi Neto, de Paris, afirma: "Quando eu recebi o convite dos produtores Rose, Marcio e Túlio fiquei muito excitado com o projeto, que era um desafio. É uma linguagem que me excita bastante. A primeira lembrança que me veio deles foi o humor infantil, aquela facilidade muito brasileira para lidar e brincar com preconceitos sem ser ofensivo", diz.

"Além disso o musical traz essa alegria e irreverência que fala com o público muito jovem, um público que era meu desejo me conectar com eles. Mamonas também trabalha esse meu lado de um paulistano criado na Mooca, do popular nada rebuscado", ressalta Possi Neto.

"Eles são herdeiros de Oscarito e Grande Otelo, de Zé Trindade, de Dercy, do Velho Guerreiro, dos Trapalhões. Tem essa coisa das chanchadas da Atlândida", complementa.

O ator Patrick Amstalden (Prêmio Bibi Ferreira como ator coadjuvante) informa que, alem de representar o empresário Rick Bonadio, veste a pele de mais seis personagens, entre os quais o Anjo Gabriel. Já Adriano Tunes, que faz o Julio, entrega que, além das canções dos Mamonas, o público verá músicas de bandas que influenciaram o grupo, como Titãs, Legião Urbana e Guns'n Roses.

Siga o A TARDE no Google Notícias e receba os principais destaques do dia.

Participe também do nosso canal no WhatsApp.

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Siga nossas redes

Siga nossas redes

Publicações Relacionadas

A tarde play
Mamonas
Play

Espetáculo imerge público em experiência que emociona e induz reflexão

Mamonas
Play

Vídeo: multidão aplaude corpo de Zé Celso em velório no Teatro Oficina

Mamonas
Play

TCA homenageia público e artistas em espetáculo com plateia de figurinos

Mamonas
Play

Sulivã Bispo e Thiago Almasy se apresentam no 'Domingo no TCA'

x