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ENTREVISTA

Espetáculo em Salvador passeia pela vida e obra de Belchior

Musical tem apresentações no Teatro Jorge Amado neste sábado, 2, e no domingo, 3

Por Matheus Calmon

02/09/2023 - 10:00 h
Imagem ilustrativa da imagem Espetáculo em Salvador passeia pela vida e obra de Belchior
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Desvendar as complexidades da vida e da obra do ícone da música nacional Antônio Carlos Belchior, figura inconfundível e sempre lembrada por sua composições profundas e marcantes, é o enfoque do espetáculo 'Belchior, Sujeito de Sorte', que chega a Salvador neste sábado, 2, e domingo, 3, no Teatro Jorge Amado.

Com uma mistura de 16 textos e 17 músicas, harmonizadas por um conjunto de cinco músicos, a peça transporta o público através das eras, proporcionando uma imersão profunda na vida e nas melodias de um dos maiores poetas da música popular brasileira.

O ator Rogério Silvestre aproveitou sua experiência recente dando vida a Luiz Gonzaga para imergir no universo de Belchior. Em conversa com o Portal A TARDE, ele afirmou que tempo, dedicação e amor pela música e pelo artista também foram cruciais para a imersão no personagem.

Imagem ilustrativa da imagem Espetáculo em Salvador passeia pela vida e obra de Belchior
| Foto: Divulgação

"Eu mergulhei muito na obra do Belchior através da sua obra, da música e também do legado que ele deixou. No YouTube, que a gente hoje tem uma uma uma liberdade de olhar as coisas do passado, amigos do Belchior, livros... E a música do Belchior também retrata a vida dele, elas falam dos seus momentos. Então, a gente vai entendendo exatamente o que está acontecendo com o artista através da própria música dele", contou.

As 17 músicas e os 16 textos conversam no espetáculo e se complementam. É através deles que a história do artista é apresentada e compreendida. Rogério cita que encontrou na história de Belchior uma similaridade à sua própria vida. "Eu vim de cidade do interior paro Rio de Janeiro para ser artista. Então, isso confunde um pouco com a minha história. São histórias diferentes. Mas é muito bacana isso, você sente a música dele junto com o texto. Então, a gente vai caminhando o texto com a música".

O repertório é repleto de clássicos marcantes, como 'Como Nossos Pais', 'Apenas um Rapaz Latino Americano' apenas latino-americano, 'Divina comédia humana', 'Coração Selvagem', 'Fotografia 3X4'. Diante das opções deixadas por Belchior, escolher apenas algumas não foi tarefa fácil.

"A gente já colocou uma coisa condensada em 17 textos paras as pessoas que amam Belchior saber um pouco mais da vida dele. [...] Uma marca nas coisas que eu sempre tô trabalhando é fazer o público se emocionar mas, sobretudo, sair com uma vontade imensa de viver, de alegria, de êxtase", contou Rogério.

A vida de Belchior é rodeada de polêmicas e estas não foram excluídas do espetáculo. Do contrário, Rogério conta que as aborda, mas com respeito. "A gente tem uma preocupação muito grande de não dar a opinião. Porque foi uma escolha do Belchior também. Sempre foi um cara muito sereno, de extrema inteligência, de uma cultura impressionante. Mas tem uma coisa que ele meio que escolheu as polêmicas. Ele largou tudo por razões dele que eu não sei te dizer quais eram, é uma coisa muito particular. Então há polêmicas, sim".

Outro elemento que fez parte da vida de Belchior e também é abordado no espetáculo é sua relação com Elis Regina. Segundo o ator, ela foi um divisor de águas na vida do músico.

"Ele passava por muita dificuldade, sem grana nenhuma, de passar fome, sem lugar para morar, mas um gênio. Já se falava do nome de Belchior nos bastidores e, de repente, caiu nas mãos da Elis Regina, e aí ela quis conhecê-la. É o encontro dos dois. O encontro dessa grande estrela com esse grande talento da música popular brasileira, que é uma coisa linda".

Questionado se seria Elis o elemento sorte na vida de Belchior, o ator responde com outros questionamentos. "Sujeito de sorte, em qual momento? Na vida, às vezes, tem dias de sorte e dias de azar. Qual foi o momento de sorte dele? Está no espetáculo, a gente vai ver, vai sentir. Mas e o momento que não deu nada certo, tentando buscar a sorte? Ás vezes, no entremeio desse caminho, a coisa não funciona da forma que a gente quer. Mas aí fica a maturidade, a disposição para uma nova conquista, uma nova ideia, uma nova coisa boa que há de surgir".

O ator Rogério Silvestre e o diretor musical Cacá Franklin na sede do A TARDE
O ator Rogério Silvestre e o diretor musical Cacá Franklin na sede do A TARDE | Foto: Matheus Calmon | Ag. A TARDE

Quem também participou do papo foi Cacá Franklin, diretor musical do espetáculo. Ele contou que as reações da plateia são as mais diversas possíveis. "Do sorriso inesperado às lágrimas. Acho que eu eu vi mais lágrimas, mais emoção e muito 'e aí, como é que foi, esse cara morreu mesmo?', 'o que que aconteceu?'".

Rogério completa, afirmando que o público chega a chorar, mas não de tristeza. "É rir chorando, chorar rindo. Tem um resgate também das emoções. Do momento do Belchior, do momento da Elis Regina, do momento que ele venceu o festival...".

"Acho que é um conjunto de sentimentos. Chutar o balde nem sempre é a melhor opção. Até pra chutar o balde tem que fazer uma análise. Vou chutar o balde, mas até onde ele pode ir? Até onde vai doer meu pé? Eu acho que é uma análise profunda dos momentos da vida. Eu acho que é um pouco da história do Belchior, teve um momento que ele quis chutar o balde, mas o balde foi longe demais. E aí, na busca do balde, acabou entrando numa areia movediça".

Rogério imagina que, se vivo, hoje Belchior, através da sua música, diria ao mundo: "Viva intensamente, mas siga a sua intuição e não esqueça nunca da razão".

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