TEATRO
Pisit Mota faz sucesso com o stand up Por Umas e Por Outras
Por Eduarda Uzêda

O ator e comediante Pisit Mota, nascido Edivaldo Rodrigues da Mota Filho, 14 anos de carreira, é considerado pelos pares o novo fenômeno do humor baiano. O sucesso do moço é tanto que ele já tem propostas para atuar em Portugal, Angola e no Japão, em comunidades brasileiras.
Desde o ano passado, Pisit já passou por mais de 80 cidades do interior da Bahia, além de outros estados brasileiros como Sergipe e Minas, levando a stand up comedy Por Umas e por Outras. O público estimado nas apresentações é de mais de 45 mil pessoas, um sucesso.
No próximo sábado, os fãs de Nazaré das Farinhas poderão checar o talento e versatilidade do artista, que se apresentará no Cine Teatro Rio Branco, às 20 horas. Pisit, aliás, tem levado o espetáculo para locais que não recebem peças teatrais, a exemplo de Santa Luz, distante 261 quilômetos de Salvador.
O ator também brilha no cinema, televisão e internet (os 280 vídeos reproduzidos no YouTube, através do canal + 1 filme, contabilizam mais de 60 milhões de visualizações, de acordo com produtores).
Prêmio Braskem
Muita gente não sabe, mas Pisit Mota é diretor, produtor, dramaturgo e roteirista e tem uma produtora cultural na qual agencia, dirige e cria textos para ele e outros artistas, como, por exemplo, Renato Fechine, também humorista.
Quem se diverte com as tiradas bem humoradas e artimanhas dos personagens de Pisit, que têm como características o jeito baiano de ser, talvez não saiba que o ator, 33, nascido em Canavieiras, filho do pescador Edivaldo Mota, o "seu Vadinho", e da marisqueira Romilda Sena, oito irmãos, é ator dramático dos bons.
Basta lembrar as suas atuações no teatro. Na peça dramática Deus Danado, que angariou mais de 13 prêmios, Pisit Mota faturou, entre outros, o Braskem de Teatro de 2003, na categoria de melhor ator, com um personagem inesquecível.
Admirador de Lampião
No espetáculo Irmã Dulce, peça de Deolindo Checcucci, ele fez outro personagem comovente, que foi amparado pela religiosa, e em Capitães da Areia, primeira peça profissional de Pisit Mota, ele emocionou como Volta Seca, integrante do bando de meninos de rua, que era admirador do cangaceiro Lampião, a quem chamava de padrinho.
Em comédia, entre outras, integrou o elenco da peça Camila Baker, direção de Fernando Guerreiro. Mas a projeção como humorista foi mesmo com as cenas divertidas da + 1 filmes, que bombam na rede.
"Eu gosto de atuar. Com 12 anos eu decidi que queria ser ator e que seria independente", afirma Pisit, que desde os nove anos trabalhou vendendo pão, leite, picolé e, mais tarde, já adolescente, até cerveja. Foi vendendo cerveja na Pituba, aliás, que soube da seleção de testes para o espetáculo Capitães da Areia.
Ator múltiplo
Pisit Mota também fez vários filmes, como A Pelada e O Homem que não Dormia. Na TV, além de participações na série A Diarista, criou personagens para a TV Educativa. Licenciado em Teatro pela Ufba, Pisit defende a autonomia financeira do artista. "Tem que se mudar a mentalidade de ser sempre financiado pelo poder público. O artista tem que se produzir e se valorizar", ensina.
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