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TELEVISÃO

A Grande Família perde a graça e não impressiona mais

Por Murilo Melo

28/08/2012 - 8:57 h | Atualizada em 28/08/2012 - 9:30
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Não é de hoje que A Grande Família - seriado que vai ao ar todas as quintas-feiras, pela Globo - vem mostrando sinais de cansaço na sua fórmula. Acostumado com uma certa leveza, texto bem humorado e situações cômicas vividas pela família Silva e a vizinhança, o espectador deve ter começado a observar que A Grande Família nem de longe parece aquela série espontânea, com jeitinho de lar brasileiro exibida nas primeiras temporadas. As coisas andam inconsistentes, reformuladas demais a ponto de perder a essência, com um roteiro que nada impressiona e raramente causa riso. Um pé na paciência de qualquer um.

Quando desenharam a série, havia como proposta levar à telinha histórias que lembrassem os conflitos das famílias brasileiras, com tipos iguaizinhos àqueles que todo mundo tem no meio da parentela. Em 2001, a Globo resolveu ressuscitar a série original, criada por Marcos Freire, em 1972. Há onze anos no ar, Nenê (Marieta Severo), Lineu (Marco Nanini), Tuco (Lúcio Mauro Filho), Bebel (Guta Stresser) e Agostinho (Pedro Cardoso), temporada após temporada, são atualizados e incorporados à realidade atual.

Só que, de lá para cá, muita coisa mudou. Infelizmente, para pior. O roteiro está nitidamente sério, com desfechos bruscos e estranhos. Aquela graça natural, que todo mundo gostava de acompanhar, não existe mais. Ou, de tanto tentarem forçar a barra, chegou ao nível trash. A sensação que se tem é que todos envolvidos no projeto, até o câmera, cansaram de fazer aquilo há muito tempo.

O lamentável é que, A Grande Família, desde seu início, sempre foi uma série que chamava a atenção até de quem não gostava muito de TV, por ter um roteiro bem feito, dinâmico e pelos ótimos personagens criados sob-medida. Toda essa receita fazia com que a atração fosse uma das mais vistas do canal durante anos, com ótima audiência e referências promissoras.

O grande problema é que tudo na TV tem prazo de validade. Quando uma atração começa a dar esses gritos, o melhor é encerrar da melhor maneira possível. Sair à francesa, com bom tom e sorrindo. Mas não é o que a Globo anda fazendo, prefere seguir a linha do marasmo.

Para prender o público, e consequentemente a audiência, a emissora carioca usa e abusa de estratégias, esticando o bendito projeto até onde pode. Somente nessa temporada, Lineu passou quatro anos em coma, Nenê, personagem símbolo da dona de casa, apareceu de caso com o médico do marido, arrumou uma amiga periguete, a Kely interpretada por Katiuscia Canoro; Agostinho virou um empresário de sucesso metido nos golpes da política, a esposa Bebel se tornou uma perua e ambos vivem com dificuldades para criar Florianinho (Vinícius Moreno), o filho pré-adolescente. Paulão aparece pouco, mas sempre entupido de erros gramaticais; Tuco emplacou um programa com personagem afetado na TV; já Beiçola não é quase nada, e assim vai.

A história toda, principalmente nessa temporada, ficou completamente descaracterizada, com os personagens desencontrados, cheios de divergências (uma hora Nenê parece ser a dona de casa suburbana conformada, outra hora ela quer ser a mulher independente) e não mais à vontade como acontecia anteriormente. Além de empobrecedoras, elas não funcionaram para trazer um novo fôlego à história.

Ainda que tenha uma boa equipe de redatores e diretores, certamente A Grande Família não vai sair do raso. Pelo que se vê das séries Louco por Elas e Tapas e Beijos, exibidas esse ano pela Globo, dá para perceber um outro salto, outra linguagem, outro gás, que a família Silva não tem e precisa como nunca precisou antes.

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