CERIMÔNIA
Corpo da atriz Léa Garcia é sepultado no Rio de Janeiro
Artista faleceu na última terça-feira, aos 90 anos de idade
Por Da Redação
O corpo da atriz Léa Garcia foi velado e sepultado no Rio de Janeiro neste sábado, 19. Um primeiro velório, aberto ao público, aconteceu no foyer do Theatro Municipal, pela manhã.
Em seguida, no início da tarde, apenas amigos e familiares velaram o corpo da atriz em um cemitério em Botafogo. O corpo foi sepultado às 15h30. A atriz faleceu nesta terça-feira, 15, vítima de um infarto, aos noventa anos de idade.
Léa Garcia contabilizava mais de 100 produções no currículo, incluindo cinema, teatro e televisão. Ela já conquistou quatro Kikitos, com Filhas do Vento, Hoje tem Ragu e Acalanto. Na TV, a veterana atriz se destacou em papéis em novelas como Selva de Pedra, Escrava Isaura, Xica da Silva e O Clone.
Ao lado de nomes como Ruth de Souza e Zezé Motta, Léa Garcia foi uma das primeiras atrizes negras da televisão brasileira.
Com uma célebre trajetória nas artes, foi indicada ao prêmio de melhor interpretação feminina no Festival de Cannes em 1957 por sua atuação no filme Orfeu Negro que, em 1960, ganharia o Oscar de melhor filme estrangeiro, representando a França.
No teatro, uma das peças de destaque que fez no início de sua trajetória foi Orfeu da Conceição (1956), de Vinicius de Moraes.
A estreia em televisão se deu no Grande Teatro da TV Tupi, na década de 1950. Na mesma emissora, participou também do programa Vendem-se Terrenos no Céu, em 1963. O convite para trabalhar na Rede Globo ocorreu em 1970, quando ela integrou o elenco de Assim na Terra como no Céu, de Dias Gomes. O maior sucesso da carreira ocorreu na novela Escrava Isaura (1976), um fenômeno de audiência no Brasil e no exterior.
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