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TELEVISÃO

Daniel Rangel: “Temos que acreditar nos nossos sonhos e correr atrás para realizá-los”

Por Amanda Silva l A TARDE SP

10/06/2018 - 10:10 h
Ator interpreta o personagem Alex em Malhação - Vidas Brasileiras
Ator interpreta o personagem Alex em Malhação - Vidas Brasileiras -

Com apenas 22 anos, Daniel Rangel, o atual Alex de Malhação – Vidas Brasileiras, já tem no currículo 12 peças, dois filmes e algumas participações em telenovelas. Diante de tamanho sucesso, é aposta certa para as principais produções televisivas, cinematográficas e teatrais daqui para frente.

Sua paixão pela atuação surgiu desde criança e aos 17 anos, visando buscar realizar o sonho de atuar, tomou a decisão de se mudar de Campos dos Goytacazes, no interior do Rio de Janeiro, para a capital do estado. Na entrevista a seguir o ator fala sobre como está sendo a experiência interpretando Alex e também conta como a decisão de sair de casa tão cedo mudou radicalmente a sua vida.

Como você se sente fazendo parte de uma telenovela na qual boa parte do público é jovem e pode, inclusive, ter as questões tratadas nos capítulos como base para suas vidas, ou até mesmo seguir as suas atitudes como “exemplo”?

É uma responsabilidade gigantesca porque é isso que você falou, a maioria do público é jovem e está ali buscando referências. Fico muito feliz de estar interpretando o Alex porque ele é uma pessoa com valores e tenta melhorar a cada dia.

Em Malhação existe um triângulo amoroso entre Alex, Maria Alice e Pérola. Como você acha que esta história irá terminar?

Então, não sabemos. Não sei nem se a Patrícia Moretzsohn sabe o final dessa história (risos). O Alex começou a novela com a Pérola, mas já no primeiro capítulo a Maria Alice apareceu de surpresa na vida dele. Eles começaram uma amizade, mas de cara rolou uma identificação recíproca. Com isso, foram se tornando cada vez mais amigos e, a partir daí, nasce um amor. Diante disso, Alex terminou com a Pérola para ficar com a Maria Alice, e agora só nos resta esperar para ver se isso realmente continuará ou se ele terá alguma recaída pela ex.

E como está sendo a recepção do público?

Então, é muito louco. O termômetro é bem equilibrado até nas fotos que eu geralmente posto no Instagram. Por meio dos comentários é perceptível essa divisão, porque os fãs de Marilex (Maria Alice + Alex) e os de Perolex (Pérola + Alex) têm fãs-clubes imensos. Esse equilíbrio é muito bom. Queremos que o público fique dividido até o último capítulo.

Em 2016 sua estreia no cinema lhe rendeu um lugar na lista entre os melhores atores coadjuvantes do Festival do Rio. Como você se sentiu ao receber esta indicação?

Fiquei muito surpreso e lisonjeado porque eu não esperava. Foi meu primeiro filme, mas fiz com todo amor e dedicação. Não soube medir a felicidade que tomou conta de mim quando no dia da premiação vi meu nome lá. Era inacreditável que isso estivesse acontecendo comigo já no primeiro filme. Foi um momento extremamente marcante na minha vida e na minha carreira.

Apesar de uma trama jovem, ela traz à tona temas atuais do cenário brasileiro, como uma prisão por corrupção, por exemplo. Em sua concepção, qual é a importância de estas questões serem relatadas cada vez mais em telenovelas, principalmente em uma com um público tão específico como Malhação?

Malhação, querendo ou não, é um veículo muito importante porque tem uma audiência grande do público jovem. Tratar de temas relevantes como intolerância religiosa, sofrida pela personagem da Luellem no começo da temporada; assédio sexual de professor com aluna; e prisão por corrupção é extremamente importante para educar essa geração. São diversos temas e fico muito feliz e grato por fazer parte de uma temporada que tem feito bastante coisa nesse sentido.

Malhação ao longo dos anos abriu diversas portas para atores e atrizes que fizeram parte da trama. O que você espera para depois do fim?

Antes de Malhação eu já tinha uma carreira no teatro. Quando fui chamado para o teste, inclusive, eu estava em cartaz com um espetáculo. Fiz também dois filmes e já tinha feito Novo Mundo ano passado. Espero depois do Alex conseguir um personagem totalmente diferente também, seja no cinema, TV ou teatro. Gosto dos três. Espero continuar nos três, porque, quando estou fazendo um, sempre me dá saudade do outro. É impressionante!

Apesar de a estreia ter sido este ano, vi que a preparação para tal começou em agosto do ano passado. Como foi esse processo?

Primeiro aconteceu uma seletiva com entrevistas, acho que com aproximadamente 800 pessoas. Depois disso filtrou para 80, aí caiu para 50, até chegar aos 17. Então realmente o processo de testes já foi uma maratona boa comandada por Cris Moura, que é uma preparadora maravilhosa, atriz também e dançarina. Depois que saiu o resultado, tivemos mais um mês de oficinas intensas, de segunda a sábado, com o elenco já escolhido, tanto jovem quanto adulto. Essa preparação foi importante para todos se conhecerem e criarem afinidade para as cenas. Eu, por exemplo, não conhecia a Camila, o Felipe Rocha nem o Carmo.

Você mudou de cidade ainda muito jovem para poder seguir o sonho de ser ator, apesar das incertezas. Qual recado você dá para pessoas que têm o mesmo sonho, porém sentem medo do desconhecido e preferem permanecer onde estão?

Temos que acreditar nos nossos sonhos e, mais do que acreditar, correr atrás para realizá-los. Quando eu morava em Campos e falava que viria para o Rio, as pessoas riam de mim. Faziam perguntas do tipo “você acha que é fácil?”, “você acha que é assim?”. As pessoas gostam muito de desestimular as outras, infelizmente. Principalmente a galera que fica na zona de conforto a vida inteira. Então a dica que eu dou é realmente não ouvir esse pessoal, mas sim a voz do coração. E também é necessário entender que a profissão de ator não é esse glamour que todos pensam. Muito pelo contrário! Trabalhamos muito e estudamos muito também.

Você acha que sair de casa cedo influenciou principalmente em quais aspectos da sua vida como pessoa?

Isso fez com que eu assumisse responsabilidades muito novo, porque com 17 anos já comecei a pagar contas, já trabalhava e tomava conta da minha casa. Tem que fazer tudo, né? Foi um processo muito difícil no começo, mas foi de um aprendizado muito importante para me tornar a pessoa que sou hoje.

Você sempre teve vontade de atuar em todos os meios? A sua vontade de atuar em televisão começou a aflorar a partir de que momento?

Sempre tive vontade de experimentar as três linguagens, mas eu sabia que tinha que começar pelo teatro para ter uma base, porque o teatro, querendo ou não, te ensina tudo. É a casa do ator. E foi a partir das minhas peças que consegui ingressar na TV Globo, pois certa vez um pesquisador de elenco foi me assistir e me chamou para fazer um cadastro de vídeo na emissora.

Desde quando percebeu a sua paixão por atuar?

Sim, desde muito novo. O problema era que na minha cidade não tinha peça, não tinha nada, então meu contato maior era vendo filmes. Meus pais percebiam isso porque eu acordava às vezes bem cedo para assistir antes de ir para a escola. Vendo filmes eu me sentia mais conectado a esse mundo, sabe? Quando alguma peça ia para Campos, eu sempre estava lá na plateia assistindo. Lembro que quando eu tinha uns 7 anos assisti ao filme Central do Brasil e, na cena do menino lendo a carta que Fernanda Montenegro deixou para ele, eu chorei muito, mas sem entender o porquê. Até que pensei: “É isso que quero fazer. Quero fazer as pessoas sentirem o que eu estou sentindo agora”. Foi meio que meu momento de start.

Seus pais te apoiaram desde o princípio?

Meus pais tomaram um susto quando falei que viria para o Rio de qualquer jeito fazer teatro, porque não temos nenhum artista na família, então eles não conheciam nada desse universo. Mas, fora o susto, quando viram que eu realmente iria me mudar, passaram a me apoiar bastante e a ignorar todas as críticas que recebiam devido a minha atitude. Até hoje são meus parceiros! Assistiram a todas as minhas peças e a todos os meus filmes. São meus fãs mais maravilhosos.

Em Vidas Brasileiras, Alex é filho da Gabriela, interpretada por Camila Morgado, atriz já veterana na dramaturgia. Como acontece essa troca diária em cena com ela e com outros veteranos?

É muito boa porque é uma aula. Camila é uma atriz que é muito generosa em cena e fora de cena. Nos intervalos das gravações ela me pergunta se estou comendo bem, como está minha saúde, o que estou vendo de peça, qual livro estou lendo, me chama para ir ao cinema... É uma pessoa que busca sempre saber como está a nossa vida, dando conselhos, dicas, contando experiências de carreira. Em cena você olha para o olho daquela mulher e não precisa de mais nada, é só você como ator também saber trocar e receber, porque a Camila é muito generosa. Os outros também, Felipe Rocha, Carmo, Ana. Está sendo um enorme presente.

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