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Enrique Diaz protagoniza série da Globo

Publicado terça-feira, 27 de janeiro de 2015 às 06:46 h | Autor: Márcia Pereira | Estadão Conteúdo
Enrique Diaz
Enrique Diaz -

Enrique Diaz, que tem uma carreira consolidada como diretor, conta que se surpreendeu ao ser convidado pelo cineasta Fernando Meirelles para protagonizar a nova minissérie da Rede Globo: Felizes Para Sempre?. Na trama, que estreou nesta segunda-feira, 26, ele é Cláudio, um homem capaz de roubar, de mentir e de trair. Ele vai mostrar diferentes ângulos de um personagem complexo. O principal foco são os dilemas que o personagem e sua mulher, Marília (Maria Fernanda Cândido), enfrentam no casamento.  "Parece um casal de matar de inveja", descreve a sinopse da trama. Porém, os dois vão mostrar muitas divergências na relação e um vazio imenso desde que perderam o filho de dois anos, que morreu afogado na piscina da mansão em que eles vivem. Felizes Para Sempre? traz à tona os dilemas e as histórias de cinco casais diferentes. A trama é escrita por Euclydes Marinho, com produção da O2 Filmes e direção geral de Fernando Meirelles.

O trabalho de composição de um personagem de uma minissérie é diferente do de uma novela? É mais elaborado?
Isso é uma pergunta complexa. Por exemplo, entre uma novela, que é uma produção diária e de muita produção durante muito tempo, e os programas semanais e séries, em que você pode desenvolver um trabalho de dramaturgia durante um período mais curto, temos uma gama bastante diferenciada. Em uma minissérie, de dez capítulos nós, atores, conseguimos dar mais atenção à composição e à elaboração do personagem. 

Seu personagem mostrará dilemas em seu casamento e também se mostrará ousado ao promover sexo a três, trazendo uma prostituta para uma "nova experiência". Como foi vivenciar essas situações?
É bacana e excitante mostrar isso em cena. É muito bom porque revela um mundo mais particular dos personagens, que é saboroso, que mostra segredos, além do erotismo. É interessante você lembrar que as relações não são  mais como o padrão da década de 1930.

Os problemas dos casais da trama são todos diferentes, tem gay, tem atração fora do casamento, etc. Você acha que as pessoas vão se identificar?
Todo mundo já viveu, não digo necessariamente um caso extraconjugal, mas uma tentação ou os limites do casamento. Qual o prazer que você tem, diferentemente dos seus pais, em ficar casado? Que tipo de relação que você tem de afeto e de amizade que não estão no casamento? Que tipo de "chamado" isso produz em você, e o que você faz com isso? Depende da sua vida, do que você já viveu ou não. São coisas que as pessoas estão vivendo, assim como os novos tipos de famílias, novas sexualidades, casais gays, casais gays que adotam ,etc.

Quanto tempo você ficou envolvido com esse projeto? Deu para intercalar com outros trabalhos?
Eu tive outras atividades, mas muito pouco. Fiz outra série ao mesmo tempo, que foi a segunda temporada de 3 Teresas (GNT), e esse período foi bem puxado, não tive folga durante um mês. Eu também estava com uma peça de teatro, durante três fins de semana, mas o trabalho principal era o da minissérie. Foram quase três meses e mais um mês e meio de leitura de texto e preparação.

Você chegou a fazer teste ou foi convidado?
Fui convidado, mas o mais engraçado é que eu tenho sido mais diretor do que ator nos últimos anos. Por isso, não faço parte dos portfólios de atores que muitos diretores acessam. Eu propus um projeto de série para o Fernando (Meirelles) e conversamos. Ele foi ver a minha peça e, depois, me chamou do nada para fazer um personagem enorme como esse. Para mim, é estranho, não é normal porque não acontece sempre na minha vida, mas foi sensacional.

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