HOMENAGEM
Léa Garcia é homenageada no Festival de Cinema de Gramado
Atriz morreu na última terça-feira,15, aos 90 anos
Por Da Redação
A atriz Léa Garcia foi homenageada no Festival de Cinema de Gramado, no Rio Grande do Sul, na terça-feira, 15. A artista morreu ontem, aos 90 anos, horas antes de receber o troféu Oscarito no evento. Filho de Léa, Marcelo Garcia recebeu o troféu em nome da mãe em uma cerimônia que começou às 17h30.
"A gente fica com o coração um pouco triste de não poder tê-la conosco, mas com a certeza de que ela leva consigo a grande homenagem que não só o Festival de Gramado fez a ela nesses dias, mas todas as pessoas que estavam aqui", afirmou Marcos Santuário, curador do festival
Laura Cardoso, atriz que também seria homenageada ontem, receberá o troféu nos próximos dias.
Léa Garcia tinha uma antiga relação com o Festival de Cinema de Gramado. “Entendemos que por algum motivo, ela surgiu nas nossas mentes e nossos corações para estar aqui nesse momento, para ser homenageada como foi e, de alguma maneira, levar toda essa homenagem, o que significa o troféu Oscarito e o que tem por trás dele, para sua vida eterna”, destacou Santuário, .
Carreira
Léa Garcia contabilizava mais de 100 produções no currículo, incluindo cinema, teatro e televisão. Ela já conquistou quatro Kikitos, com "Filhas do Vento", "Hoje tem Ragu" e "Acalanto". Na TV, a veterana atriz se destacou em papéis em novelas como Selva de Pedra", "Escrava Isaura", "Xica da Silva" e "O Clone".
Ao lado de nomes como Ruth de Souza e Zezé Motta, Léa Garcia foi uma das primeiras atrizes negras da televisão brasileira.
Com uma célebre trajetória nas artes, foi indicada ao prêmio de melhor interpretação feminina no Festival de Cannes em 1957 por sua atuação no filme Orfeu Negro que, em 1960, ganharia o Oscar de melhor filme estrangeiro, representando a França.
No teatro, uma das peças de destaque que fez no início de sua trajetória foi Orfeu da Conceição (1956), de Vinicius de Moraes.
A estreia na televisão se deu no Grande Teatro da TV Tupi, na década de 1950. Na mesma emissora, participou também do programa Vendem-se Terrenos no Céu, em 1963. O convite para trabalhar na Rede Globo ocorreu em 1970, quando ela integrou o elenco de Assim na Terra como no Céu, de Dias Gomes. O maior sucesso da carreira ocorreu na novela Escrava Isaura (1976), um fenômeno de audiência no Brasil e no exterior.
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