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TELEVISÃO

Marisa Orth vibra com papel dramático em Dupla Identidade

Por Márcio Gonçalves | Estadão Conteúdo

05/10/2014 - 23:21 h
Formada em Arte Dramática e em Psicologia, Marisa desde criança queria ser atriz
Formada em Arte Dramática e em Psicologia, Marisa desde criança queria ser atriz -

Sair um pouco da comédia na TV era um desejo de Marisa Orth. Mas, acostumada a ser sempre lembrada para fazer rir nos programas da linha de shows da Globo, ou nos núcleos cômicos de novelas, a atriz até já tinha se conformado com a ideia de exercitar sua formação dramática apenas no teatro e no cinema. Até que foi surpreendida pelo convite para viver a amargurada Sílvia de Dupla Identidade, série da Globo.

"Aceitei de cara. Não estou reclamando e dizendo que quero deixar o humor de lado, mas gostaria que me usassem mais para outros personagens", confessa.

Mesmo assim, Marisa assume que não fez nada para que isso acontecesse. Preferiu sempre que as pessoas pensassem em seu nome por sua carreira e formação, e não por queixas ou lamentações.

Coincidentemente, imaginava que um dia trabalharia com Glória Perez, que escreve Dupla Identidade. Até porque a autora aposta constantemente em núcleos cômicos fortes em suas novelas.

Na história, Sílvia é casada com o senador Oto, personagem de Aderbal Freire Filho, que sempre deu suas escapadas extraconjugais. Depois que o nome dele é associado ao assassinato de uma modelo - cometido, na verdade, pelo psicopata Edu, papel de Bruno Gagliasso - Sílvia aproveita algumas situações ilícitas que sabe sobre o marido para exercer certo controle sobre ele. E, com isso, se torna uma peça importante no plano de ascensão política do serial killer da série.

"Ela enxerga no Edu o que via no Oto quando era jovem. Acha o rapaz o máximo, elogia tudo que ele faz e insiste para que o garoto cresça na equipe de assessores do senador", diz Marisa.

Poder de atração

Formada em Psicologia pela PUC de São Paulo, a atriz entende o poder de atração que o psicopata exerce sobre alguns personagens da série. Principalmente pelo excesso de qualidades que o advogado finge ter para disfarçar seu comportamento criminoso.

"Edu é o tipo de cara que quando você vê, sente inveja. Ele não titubeia, não é frouxo como a gente ou um neurotiquinho inseguro. O cara é bacana, generoso, inteligente e, é claro, muito bonito", avalia. E Marisa entrega que Sílvia também se deixará seduzir pelo assessor do marido, embora ainda não saiba se os dois vão ter um caso.

Um dos detalhes que mais empolgam Marisa neste trabalho é a dubiedade de Sílvia. "Acho que minha função ali é mostrar como o lado bom e o mau de alguém podem variar de acordo com o conveniente. Ela oscila muito", argumenta.

O sonho de ser atriz surgiu na infância. Para exercitar seu desejo, Marisa montava pequenos espetáculos com amigas e primas nas comemorações de família. Mas na hora de prestar vestibular, optou por Psicologia. Depois de cursar um ano, se inscreveu em Artes Dramáticas da USP (Universidade de São Paulo) e acabou concluindo os dois. A estreia nas novelas aconteceu em 1990, depois que o autor Silvio de Abreu assistiu à peça Fica Comigo Essa Noite.

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