Repórter Gerson de Souza é condenado a prisão por importunação sexual

O repórter Gerson de Souza foi condenado a dois anos e seis meses de prisão por importunação sexual. A sentença da juíza Ana Carolina Munhoz de Almeida foi divulgada na segunda-feira, 17.

"Em que pese a divergência doutrinária acerca da (im)prescindibilidade do toque físico para configuração do tipo, toques e beijos lascivos, dados sem consentimento da outra pessoa, são práticas que caracterizam o crime de importunação sexual", escreve a magistrada.

A juíza, no entanto, converteu a reclusão em prestação de serviços comunitários e multa de dez salários mínimos (R$ 13.200,00).

Há quatro anos ele foi acusado de assédio sexual por quatro colegas de trabalho na Record Tv. Gerson atuava no Domingo Espetacular e, segundo as denunciantes, deixava-as constrangidas com piadas de cunho sexual, palavras obscenas e carícias em seus corpos.

Ele foi acusado ainda de ter roubado um beijo de uma jornalista casada, o que foi o estopim dos constrangimentos. Uma produtora do programa chegou a afirmar que ele dizia frases como “Sua gostosa”, “Sua delícia” e “Com essa roupa que você está usando, o que vai fazer quando sair daqui?”.

Segundo ela, ele também colocava a língua para fora, simulando a prática de sexo oral, e apertava o braço da colega: “Sabe por que eu gosto de apertar essa parte do braço? Parece a pele da bunda, então, é como se eu estivesse apertando a sua bunda”.

Quando as denúncias vieram à tona, ele afirmou que ficou perplexo e disse ser vítima de revanchismo. Gerson afirmou que sempre respeitou os colegas, independente do gênero.

"Sou pai de cinco filhas e avô de quatro netas, e é essencial para mim que mulheres tenham um ambiente de trabalho seguro", disse, à época.

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