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CULTURA

Festival de Berlim vai exibir mais de 370 filmes

Agencia Estado

Por Agencia Estado

31/01/2007 - 17:59 h

Desde que o diretor do Festival Internacional de Cinema de Berlim se chama Dieter Kosslick - e isso já há seis anos - que a coletiva de abertura do evento se parece mais a um programa humorístico. Ontem não foi diferente. As tiradas do chefe de um dos três festivais de cinema mais importantes do mundo foram motivos constantes de riso entre os jornalistas. A parte mais esperada, como em todos os anos, foi o anúncio das estrelas que vão pisar o tapete vermelho de Berlim. Nesta 57ª edição, realizada entre os dias 8 e 18 de fevereiro, conta com um brasileiro na disputa pelo Urso de Ouro. O Ano Que Meus Saíam de Férias, co-produção brasileiro-argentina dirigida por Cao Hamburger, está entre os 26 filmes da mostra oficial. A última vez que um longa do Brasil concorreu foi em 1998, quando Walter Salles levou o prêmio máximo com Central do Brasil.

Sem o charme de Veneza e sem as praias ensolaradas de Cannes, a fria e úmida capital alemã tenta contar com o glamour das estrelas hollywoodianas para se manter na tríade dos maiores festivais de cinema do planeta - esforço que foi causa de remanejamento da data do evento, para evitar coincidir com a semana do Oscar. Confirmaram presença Jennifer Lopez, Cate Blanchett e Sharon Stone, Lauren Bacall, Marianne Faithfull, Judi Dench, Antonio Banderas e Arthur Penn, que receberá um Urso de Ouro por sua carreira. O júri, integrado por Willem Dafoe e Gael García Bernal, entre outros, será presidido pelo diretor Paul Schrader.

Kosslick informou, no entanto, que se orgulha de poder contar este ano com a presença de Clint Eastwood, aproveitando para emendar mais uma de suas anedotas. Ao fazer o convite pessoalmente ao ator e diretor americano, quando em visita a Hollywood, o diretor do festival contou não ter sido reconhecido por Eastwood, que o saudou com um impessoal Olá, Dieter, o que você tem feito na vida?

Filmes Brasileiros

Os longas brasileiros A Casa de Alice, de Chico Teixeira, e Deserto Feliz, de Paulo Caldas, participam da mostra paralela Panorama. Já Antônia, de Tata Amaral, abrirá a seção Generation 14-Plus, dedicada ao público infanto-juvenil. Enfocando uma banda de hip-hop composta de garotas, o filme consolida a carreira internacional de Tata, iniciada há dez anos com o longa Um Céu de Estrelas, exibido na seção Fórum do Festival de Berlim. "Acho maravilhoso ter esse filme na nossa mostra", afirmou o diretor da seção, Christoph Terhechte. "Especialmente porque a estréia do filme vai ocorrer simultaneamente no Brasil, e a banda de meninas estará se apresentando aqui, em Berlim, num evento que terá transmissão ao vivo para o Brasil", ressaltou.

O francês La Vie en Rose, filme sobre a vida da cantora Edith Piaf, estrelado por Marion Cotillard e Gerard Depardieu, abrirá o festival. França e Estados Unidos estão especialmente bem representados nesta edição, com obras como Angel, de François Ozon, e o drama de guerra Letters from Iowa, sobre uma batalha por uma ilha do Pacífico durante a 2ª Guerra Mundial, dirigido por Clint Eastwood e que passará como hors concours. Entre os favoritos estão o americano Bordertown, com Jennifer Lopez e Antonio Banderas, e The Good Shepherd, dirigido por Robert de Niro. Já as produções alemãs sofreram um desfalque, comparando-se com 2006. Desta vez serão apenas dois representantes da Alemanha no setor principal, em contraste com o quatro de 2006.

Atração à parte destacada por Kosslick na coletiva será a atuação de Isabella Rossellini como mestre-de-cerimônias e locutora. A atriz vai participar da estréia do filme mudo experimental Brand upon the Brain, de Guy Maddins, num espetáculo realizado na casa de óperas berlinense Deutsche Oper, misturando projeção de cinema, sincronização de ruídos ao vivo e música lírica.

Lembrando os 25 anos da morte do cineasta alemão Rainer Werner Fassbinder, será exibida versão remasterizada da obra-prima Berlin Alexanderplatz. Produzido em 1980 para a TV alemã, o filme tem mais de 15 horas e foi restaurado com tecnologia digital, graças ao apoio de instituições como o Museum of Modern Art, de Nova York, e a Rainer Werner Fassbinder Foundation. A estréia mundial da nova cópia terá a presença dos atores principais, Hanna Schygulla e Günther Lamprecht.

Com a exibição de mais de 370 filmes de mais de 50 países, Berlim tem expectativa de receber quase 19 mil visitantes do setor cinematográfico. Segundo o diretor Kosslick, há tempos que o interesse pelo evento não é tão grande. Foram, segundo ele, mais de 5 mil inscrições para este ano. "Será uma Berlinale (como o festival é conhecido, em alemão) bem ao meu gosto", disse.

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