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CULTURA

‘Festival de Brasília’ apresenta filmes brasileiros inéditos

Festival ainda homenageia Zezé Motta e Vladimir Carvalho

Por Rafael Carvalho

30/11/2024 - 5:20 h
Criaturas da Mente
Criaturas da Mente -

Começa hoje na capital federal a 57ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, um dos mais importantes e o mais longevo evento do setor audiovisual no país. Nos últimos anos, o festival nunca deixou de acontecer, mas passou por momentos de crise e incertezas sobre sua continuidade.

Agora, busca-se fortalecer sua realização e a importância do evento no calendário nacional a partir da fiel aposta em apresentar e refletir sobre os caminhos do novíssimo cinema brasileiro.

Em meados deste ano, o Instituto Alvorada Brasil ganhou a seleção pública, como Organização da Sociedade Civil (OSC), que permite a execução e organização das próximas três edições do Festival de Brasília. Retoma o posto de diretora geral a produtora Sara Rocha, assim como volta à cena o diretor artístico e responsável pela programação do evento Eduardo Valente, que já havia assumido essa mesma posição entre 2016 e 2018.

“A grande mudança que estamos tentando fazer em relação à estrutura é menos de formato e mais de retomar alguns pressupostos que a gente tentou estabelecer lá atrás, principalmente um equilíbrio maior entre a competição e as outras mostras, no sentido de pensar de que maneira os demais filmes podem ajudar a gente a complementar o que a competição vem trazer”, pontuou Valente ao A TARDE.

Serão exibidos cerca de 80 filmes, distribuídos em mostras distintas. O festival abre hoje à noite com a exibição do longa documental Criaturas da Mente, de Marcelo Gomes (em cartaz nos cinemas atualmente com a ficção Retrato de um Certo Oriente). O filme aborda o trabalho e o pensamento do neurocientista brasileiro Sidarta Ribeiro.

O evento segue até o dia 7 de dezembro, quando exibe em seu encerramento O Menino dos Olhos d’Água, sobre o multi-instrumentista Hermeto Pascoal, no filme dirigido por Lírio Ferreira e Carolina Sá.

Filmes inéditos

O ano de 2024 tem sido muito positivo para o cinema brasileiro. Além do grande sucesso de Ainda Estou Aqui, muitos outros filmes nacionais ganharam repercussão dentro e fora do Brasil.

Ainda assim, no apagar das luzes de 2024, o Festival de Brasília conseguiu compor uma seleção competitiva de filmes inéditos, formada por seis longas e 12 curtas-metragens. Foram mais de 1.100 filmes inscritos este ano.

“A realidade que a gente está vivendo atualmente nos últimos cincos, seis anos, não só em quantidade de filmes, mas de variedade do que está sendo proposto em termos de linguagem e de narrativa, evidencia um cenário em que alguns filmes muito interessantes não conseguem entrar em nenhum festival, mais do que um festival que fique sem bons filmes para passar”, afirmou o diretor artístico.

Dentre os longas-metragens que competem pelo prêmio principal do evento estão filmes como Suçuarana, de Clarissa Campolina e Sérgio Borges; Enquanto o Céu Não Me Espera, de Christiane Garcia; Salomé, de André Antônio; e o longa de temática indígena Yõg Ãtak: Meu Pai, Kaiowá, direção conjunta de Sueli Maxakali, Isael Maxakali, Roberto Romero e Luisa Lanna.

Filmes de diretores estreantes, como Guilherme Bacalhao, que apresenta seu Pacto de Viola, dividem o mesmo espaço que diretores consagrados, como Ruy Guerra que exibe A Fúria, filme que encerra uma trilogia formada pelos longas Os Fuzis (1964) e A Queda (1977) – dessa vez dividindo a direção com Luciana Mazzotti.

A cineasta baiana Mariana Jaspe apresenta, dentro da mostra paralela ‘A Formação dos Brasis’, o longa Quem é Essa Mulher?, sobre a investigação em torno da primeira mulher negra a se tornar médica no Brasil, a baiana Maria Odília Teixeira.

Já o veterano cineasta baiano André Luiz Oliveira apresenta a cópia restaurada do seu clássico Meteorango Kid – O Herói Intergalático (1969), premiado no festival à época. Em complemento, o evento também exibe o recente documentário Procura-se Meteorango Kid: Vivo ou Morto, de Marcel Gonnet e Daniel Fróes. Além disso, também serão exibidos no festival os curtas baianos A Menina que Queria Voar, de Tais Amordivino, e Néctar do Tempo, de Pedro Rodrigues.

Legado

Durante a abertura, serão feitas também duas importantes homenagens. O Troféu Candango para o conjunto da obra vai para a atriz Zezé Mota.

Ela já havia ganhado um prêmio de melhor atriz no festival em 1975 pela sua atuação em Xica da Silva, de Cacá Diegues, filme que será reexibido este ano.

E ganha um prêmio póstumo o cineasta paraibano radicado em Brasília Vladimir Carvalho, que faleceu no último mês de outubro, aos 89 anos. Vladimir é figura seminal para o documentário brasileiro, irmão do diretor de fotografia Walter Carvalho e mestre que realizou obras fundamentais como O País de São Saruê (1971) e Conterrâneos Velhos de Guerra (1991). A sala principal do Cine Brasília, onde acontece o festival, passa a receber seu nome.

O evento vai contar ainda com uma série de atividades formativas com debates, oficinas, lançamentos de livros, além de uma ambiente de mercado voltado para as rodadas de negócios entre produtoras, realizadores e distribuidoras. O festival vai acolher ainda a 4ª Conferência do Audiovisual Brasileiro, a fim de discutir a produção e os caminhos do cinema nacional.

Eduardo Valente destacou também o interesse de realizar as próximas edições do Festival de Brasília no mês de setembro, data original em que o festival acontecia há muito tempo, além de ampliar a duração do evento, o número de filmes e as atividades formativas. Isso reforça o desejo de retomar o lugar de destaque que um evento deste porte e com esta importância histórica merece.

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