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MÚSICA

Fino Coletivo abre o ano com sua mistura de samba e rock em Salvador e Feira de Santana

Juntos e misturados

Por Maria Raquel Brito*

01/01/2025 - 5:00 h
Fino Coletivo
Fino Coletivo -

Na Bahia, a primeira sexta-feira do ano é sagrada. Desembarcar na capital baiana neste dia, então, é abrir 2025 em grande estilo: é o caso do grupo Fino Coletivo, que traz sua Nordeste Tour para Salvador no dia 03 de janeiro, próxima sexta-feira. O show acontece na The Greenhouse, no Rio Vermelho.

Carioca-alagoana, a Fino Coletivo bebe de ritmos e estilos do Brasil inteiro desde que surgiu, em 2005. A turnê pelo Nordeste vem como uma forma de reforçar esse carinho pela região, terra mãe do vocalista Adriano Siri e do guitarrista Alvinho Cabral. “Há muito tempo a gente queria voltar a tocar por aqui e coincidiu de ser nessa época boa de verão e festas”, conta Donatinho, tecladista do grupo.

Salvador é a segunda parada da turnê em 2025. Esta não é a primeira vez da banda na cidade, e os integrantes não escondem o carinho pela capital baiana, que irão reencontrar após mais de 13 anos. Quando se apresentou por aqui em 2011, a Fino Coletivo deixou até um presente para o público: um vídeo com registros da passagem por Salvador, ao som de sua própria versão de Swing de Campo Grande, dos Novos Baianos – que gravaram para o álbum Copacabana, de 2010.

“Temos lembranças muito boas da cidade, a plateia muito entusiasmada sempre. Na nossa última vinda tocamos no Festival Futurama, onde dividimos o palco com Grande Seun Kuti, filho do revolucionário Fela Kuti. Fora que a minha família é da Bahia, então será muito bom rever a galera”, diz Rodrigo Scofield, que assina a bateria do grupo.

Depois da capital, a próxima cidade a receber o grupo é Feira de Santana, também na Bahia. Já familiares ao estado, para as próximas apresentações, eles prometem novidades para o público. Uma será a inclusão de canções do álbum mais recente, Carnaval dos Espíritos, lançado em 2023, após anos de hiato.

O disco, gravado em Portugal, conta com 11 faixas, sendo sete inéditas e quatro releituras. As novas versões são: Alguma coisa mais pra frente, lançada originalmente por Wado & Realismo Fantástico em 2004; A Gaiola do som e Sotaque, ambas lançadas por Wado em 2002; e Leureny, originalmente da banda Santo Samba. Na versão da Fino Coletivo, a canção conta com participação da cantora alagoana Leureny Barbosa.

Retorno aguardado

Massagueira, último álbum antes da pausa, havia sido lançado em 2014. Fizeram alguns shows e decidiram tirar uma pausa para que os integrantes pudessem trabalhar em projetos pessoais.

O reencontro começou três anos depois, com o single Bateu, e seguiu com lançamentos de canções online. Isso até 2023, quando lançaram o Carnaval dos Espíritos.

A volta aos palcos não demorou a acontecer, com um show especial no Sesc Pompeia, em São Paulo. “Vendemos mil ingressos em duas horas, a ansiedade do público tava grande”, brinca Scofield, que define a apresentação como inesquecível. “Foi incrível estarmos com disco novo na praça e com o público eufórico para nos ver”, lembra.

A euforia dos admiradores é justificada. Longevo, o coletivo está na estrada há quase 20 anos, com músicas que vão do samba ao rock. Nem o hiato e nem a pandemia os deixaram menos afiados. Nas últimas duas décadas, o grupo não parou de se reinventar, o que faz a mistura dar tão certo para o público.

“Nós fomos sempre um coletivo antenado com o nosso tempo. Quando começou a onda dos discos com loop eletrônicos combinado aos ritmos brasileiros, estávamos lá. Depois com músicas para celular e rádios veiculadas na internet, também estávamos. Agora, com a possibilidade de gravarmos cada um na sua casa, fizemos toda a pré-produção do último disco via WhatsApp, mandando as ideias gravadas nos nossos espaços e definindo o que ia ficar”, conta Scofield.

Ao longo dos anos, a formação da banda mudou algumas vezes.

No início, ao lado de Adriano Siri, Alvinho Cabral e Daniel Medeiros, estavam Álvaro Lancellotti, Lucas Margutti, Marcelo Frota (Momo), Marcus (Coruja) Cesar e Wado.

No segundo álbum, já estava de cara nova, com a saída de Margutti, Momo e Wado. Em 2014, em Massagueira, se deu a formação como é hoje, com a saída de Momo e Coruja e a entrada de Scofield.

Para os integrantes, os últimos 20 anos passaram voando. Segundo Scofield, com o ritmo próprio do Coletivo, eles nem percebem o tempo passar. E as inovações, tão naturais, prometem continuar a vir: agora, enquanto percorrem o Nordeste numa série de shows, a cabeça já está no próximo disco, que deve ser lançado no primeiro semestre de 2025.

“Vai ter músicas novas, releituras surpresa e alguns feats super bacanas. A sonoridade está na pegada das origens do Fino Coletivo, na mistura de ritmos e flertando com elementos eletrônicos”, adianta o baterista.

Abertura em grande estilo

A tarefa de abrir esse espetáculo desta sexta-feira ficou nas mãos de Processman, DJ e produtor da cena eletrônica soteropolitana. Bacharel em Música Popular pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), ele começou a carreira como baixista, compositor e produtor musical na banda de funk-soul Setembro, e logo chamou atenção de selos europeus de House e Disco-Funk.

O convite para fazer a apresentação de abertura foi muito bem recebido por Processman, que se define como “um entusiasta de artistas que levantam a bandeira de trabalhos originais e fora da curva”. De acordo com ele, conhecer o trabalho do coletivo foi uma grata surpresa.

“Tirei uns dias para ficar na praia antes dos festivais que vou tocar nessa virada de ano e dediquei uma tarde pra ouvir toda a discografia. Me vi muito ali no som deles. Me lembrou bastante a banda Setembro em alguns momentos. Hoje, meu trabalho autoral, de música eletrônica, tem uma influência muito grande de música popular brasileira, assim como a Fino Coletivo. Já me vi remixando uma faixa deles e soltando nas pistas”, antecipa o artista.

O show do DJ será o primeiro do ano da The Green House e também da Mídia Massa Produções, responsável pela organização do evento. É o pontapé inicial para um ano que promete ser de colheitas, como defende o artista.

“Vai rolar mais uma turnezinha no exterior e shows em festivais bacanas. Farei lançamentos de novas tracks autorais, por selos internacionais inclusive, e lançarei um álbum com remixes inéditos de artistas emergentes da Bahia. Tem também lançamento de artistas que estou produzindo. As conexões são importantíssimas, então procuro estar sempre criando, fomentando, em contato com as pessoas e isso vai fazendo com que sempre tenha algo novo surgindo”, diz.

Os planos para este verão também estão a todo vapor. Nos próximos meses, acontecerão edições da festa Bahia Boogie, festa idealizada por Processman em parceria com o DJ Santz, em que o público pode esperar grandes nomes da House e Disco.

FINO COLETIVO / Sexta-feira (03), 21h / The Green House (Rua Rua Conselheiro Pedro Luiz, 368 – Rio Vermelho) / Promocional: R$ 30 / LOTE 1: R$ 40 / Clube A TARDE: R$ 28 / Desconto Especial para grupos e aniversariantes: inbox The Green House / Vendas: Sympla, Bravo Burger (Shopping da Bahia) e BigBazar Discos (Barris)

*Sob supervisão do editor Chico Castro Jr.

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