ISSO É BAHIA
Funceb busca ampliar ações culturais no interior do estado
Diretora da Fundação espera resgatar e difundir a Arte e a Cultura em todos os municípios baianos
Por Da Redação
A Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) participou, na última segunda-feira, 20, do Congresso UFBA 2023, para debater o tema "As Fundações de Cultura e Arte e as Universidades: possíveis colaborações na efetivação das políticas para a cultura e as artes". No encontro, foi discutido, também, a implementação de ações, programas, projetos, parcerias e atividades complementares de interesse comum entre as instituições.
A dirigente da Funceb, Piti Canella, enfatizou a abertura da Fundação para a Universidade, focando no Protocolo de Intenções, Cooperação Técnica, Científica e Cultural firmado em agosto de 2021. Em entrevista ao programa Isso é Bahia da A TARDE FM, na manhã desta quinta-feira, 23, a produtora cultural explicou o projeto, que prevê atividades conjuntas por meio da formação, aperfeiçoamento e especialização técnica dos recursos humanos com prática profissionalizante e consultoria especializada, além da integração ao serviço de apoio social, terapêutico e clínico.
"A Universidade Federal da Bahia é uma parceira da Fundação Cultural há alguns anos. A gente tem um termo de cooperação mútuo, técnico e acadêmico. Então, a gente está sempre em diálogo, em comunicação. No congresso deste ano, eles quiseram fazer essa mesa com as três instâncias: federal, estadual e municipal, principalmente porque somos amigos, eu, [Fernando] Guerreriro e [Maria] Marighella. O que a gente foi discutir foi um pouco sobre essa refundação da cultura no país, sobre a gente voltar a ter espaço, a ter mais visibilidade, resgatando essa alegria de ser artista, de poder falar abertamente sobre ser artista, sobre cultura, sobre espetáculos, sobre shows... Nós firmamos o compromisso de lutar juntos pela cultura, de fazer essa parceria junto com a academia e nos colocar à disposição da academia, convidando à participação, para vir às fundações, trabalhar conosco, sugerir ideias, projetos e estarmos juntos, caminhando juntos para refundar nossa cultura no país juntos.", destacou.
Mediante a implementação de programas, parcerias e atividades complementares de interesse comum entre as instituições, as ações preveem a cooperação técnica e intercâmbio mútuo, com apoio institucional e apoio à articulação, intercâmbios, pesquisa, memória e desenvolvimento, além da realização de conferências, seminários, colóquios, congressos e cursos, intercâmbio e desenvolvimento de publicações conjuntas, capacitação e consultoria especializada.
"Eu tenho uma vontade muito grande que as pessoas conheçam um pouco mais sobre a Fundação Cultural do Estado da Bahia. Porque muita gente ouve falar da Funceb, mas acha que a Fundação é apenas a Escola de Dança, que é o nosso coração mais pulsante e que vai fazer 40 anos. Aliá, a Funceb faz 50 anos ano que vem e é um marco muito importante para as artes. Na Escola de Dança, a gente tem os cursos preparatórios e técnico-profissionais gratuitos e os cursos livres, que não são gratuitos, mas tem preços bem acessíveis. Então a gente tem 1500 pessoas que fazem aula de dança na Fundação Cultural. Inclusive, a gente faz um edital para as matrículas, porque não cabe a quantidade de gente querendo fazer. Além de funcionar na Escola de Dança, no Pelourinho, nós temos um núcleo de extensão dentro do Nordeste de Amaralina, em um centro com estrutura da prefeitura."
Como organismo de fomentação cultural estadual, a Funceb disponibiliza aos municípios baianos técnicos e especialistas focados em desenvolver a cultura local. Essa demanda teve grande crescimento, por exemplo, durante a pandemia do coronavírus, com as novas regras envolvendo a Lei Emergencial da Cultura Aldir Blanc. Para receber os recursos, os municípios precisam estar muito bem organizados e muitas prefeituras não tinham estrutura de secretaria de cultura ou de conselho municipal.
"Inclusive, municípios baianos, os 417 municípios baianos, a gente tem todo o processo político pedagógico para montar um núcleo de extensão na sua cidade. Convido os prefeitos para a gente montar uma sala de dança na sua cidade. O CFA (Centro de Formação de Artes), da Fundação Cultural, vai na sua cidade e monta uma escola de dança, um núcleo de extensão. A gente tem muita vontade, muitos pedidos, e a gente vai onde tiver estrutura, onde as prefeituras nos ajudem a montar uma escola de dança. A ideia é territorializar a cultura, trazer a cultura do interior do estado para a capital, mas também queremos levar a cultura daqui pra lá. Então o recado é: vamos a todos os municípios que a gente conseguir nessa gestão de quatro anos."
Confira a entrevista o Isso é Bahia desta quinta:
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