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CULTURA

Gratuito: festival reconhece mestres capoeiristas e artistas da Bahia

‘VI Rede Capoeira’ homenageia mestres da cultura popular

Por Redação

22/01/2025 - 2:00 h
Imagem ilustrativa da imagem Gratuito: festival reconhece mestres capoeiristas e artistas da Bahia
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Manifestação única no mundo, a capoeira se situa em uma zona cinza de difícil classificação: é uma arte? Sendo arte, é uma dança? Ou é um esporte? Sendo esporte, é uma arte marcial? Tudo isso ao mesmo tempo, essa maravilha baiana, hoje admirada e praticada no mudo todo, se confunde com a própria cultura popular brasileira. Não à toa, o evento anual Rede Capoeira, agora em sua sexta edição, abraça e homenageia diversas manifestações populares – assim como seus mestres e mestras – a partir de hoje até sábado (25), .no Doca 1 - Polo de Economia Criativa (Comércio).

Na programação, muitas oficinas com diversos mestres, paineis, homenagens, shows, palestras, contação de histórias com griôs, diálogos culturais, rodas de capoeira e samba e muito mais.

Em um país marcado pela riqueza de sua diversidade cultural, o evento ressalta a importância de preservar a memória e o legado dos heróis populares.

Na abertura, hoje às 17h, haverá o ‘Painel 1: Heróis Populares’, com mediação de James Martins e participações de Mestre Sabiá e Sebastião Soares (MINC). Às 18h30, homenagem e entrega do Troféu Sankofa ‘aos Heróis e Heróinas Populares’.

Olha que beleza esta lista de homenageados: Norival Moreira de Oliveira (Mestre Nô), Mestre Virgílio da Fazenda Grande, Mestre Baiano, Mestre Fernando e Mestre Boa Gente; a aclamada sambadeira Dona Santinha; Zenaide Bezerra, a passista de frevo mais antiga do país; Walmir Lima, integrante da chamada “primeira geração” do samba de Salvador; Mateus Aleluia, a lenda viva d’Os Tincoãs, grande símbolo de resistência e sabedoria; e o cordelista e repentista Bule-Bule.

A ideia é reconhecer, em vida, o legado de mestres e mestras que cumprem um papel fundamental na preservação da cultura popular no Brasil. Uma noite que certamente ficará ainda mais bonita com o show de encerramento, a cargo do próprio Mateus Aleluia.

“O Rede Capoeira oferece uma grande reflexão sobre a importância de homenagear e agradecer nossos heróis populares em vida”, comenta Mestre Sabiá, idealizador e coordenador do evento.

“Nesta edição, decidimos contemplar outras manifestações de matrizes africanas que dialogam com a capoeira e merecem respeito pela enorme contribuição que deram e continuam dando, tanto no Brasil quanto no mundo”, acrescenta o organizador.

Assim como em 2024, a proposta é dar continuidade às homenagens às lendas vivas das manifestações artísticas oriundas da diáspora africana de séculos passados. Dos 14 mestres brasileiros octogenários homenageados na edição anterior, três já partiram, o que, para Mestre Sabiá, reforça a relevância de realizar essas honrarias enquanto os homenageados estão vivos.

Experiências e saberes

Além da entrega do Troféu Sankofa aos homenageados, convidados especiais prometem enriquecer ainda mais os quatro dias de evento compartilhando suas experiências e saberes.

Entre eles estão o Mestre João Grande, último remanescente de uma era que moldou a capoeira como a conhecemos, Mestre Nenel, Mestre Maurão, Mestre Paulinho Sabiá, Mestre Negoativo, Mestre Jogo de Dentro, Mestre Adó, Mestra Nani de João Pequeno e Mestra Preguiça.

Outras presenças confirmadas serão divulgadas no perfil oficial do @redecapoeira no Instagram.

Nesta edição do Rede Capoeira, o objetivo é explorar horizontes mais amplos, destacando o mosaico de linguagens e manifestações que compõem a africanidade presente no tecido cultural do Brasil.

De hoje até sábado, os holofotes estarão voltados para mestres e mestras não só da capoeira, mas também do samba, do frevo, da dança folclórica maculelê e do repente, arte poético-musical nordestina – daí as merecidas homenagens durante o evento aos já citados Mateus Aleluia, Bule-Bule e Walmir Lima.

Para amantes de capoeira, samba, frevo, maculelê e repente, o evento vai ser uma oportunidade imperdível para participar de discussões que resgatam a história dessas artes, a exemplo do painel “Legado da Família Machado”, composto por Mestre Nenel, Mestre Luizinho, Nalvinha e Elenita, todos filhos do eterno Mestre Bimba, criador da capoeira regional.

Também serão ponto alto do VI Rede Capoeira uma série de rodas de capoeira e samba, oficinas ministradas por grandes referências mundiais da capoeira que nasceram em Salvador e no Recôncavo, shows de encerramento, além de vivências de frevo com Zenaide Bezerra, e de maculelê, com Mestre Valmir Martins, filho do Mestre Vavá do Maculelê e da Mestra Nicinha do Samba.

Com toda a programação gratuita, o VI Rede Capoeira é uma realização do Projeto Mandinga (@projetomandinga) com patrocínio do Instituto Cultural Vale (@institutoculturalvale) via Lei Federal de Incentivo à Cultura.

VI Rede Capoeira - Heróis Populares / A partir de hoje até sábado (25) / Doca 1 – Polo de Economia Criativa (Avenida da França, S/N – Comércio - ao lado do Terminal Turístico Náutico de Salvador) / Gratuito / Informações e programação completa: instagram.com/redecapoeira

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