CULTURA JAPONESA
Iaido encanta o público presente no festival de cultura japonesa
Arte marcial consiste no desembainhar uma espada
Por Marcello Góis
O segundo dia da décima quinta edição do Festival de Cultura Japonesa em Salvador seguiu com uma programação diversificada com atrações para o público de todas as idades que marcaram presença no Parque de Exposições, em Salvador, neste sábado 26. O Portal A TARDE acompanhou a grade do palco Natsu, que contou com apresentações de artes marciais.
Uma das demonstrações foi do Iaido, que é uma arte marcial japonesa que consiste no desembainhar de uma espada, que conta com uma sequência de katas (lutas imaginárias) e técnicas que permitem ao lutador reagir a situações adversas, além do aprendizado para o enriquecimento cultural e espiritual.
"Nosso estilo que praticamos, o battojutsu, é considerado um patimônio material do Japão. Os seus conceitos baseiam-se no estudo da espada japonesa, a Katana, mas especificamente a uchigatana. Temos o treinamento em settei, que é a parte pedagógica e a do batto, que é a parte combativa. Além de estudos de uma série de kihons (técnicas básicas) e exercícios de aprimoramento", explicou o mestre João Chaves ao Portal A TARDE.
"O ápice do nosso treinamento é a parte cultural e espiritual, que ela se ressignifica na demonstração do Kenbu, que é a dança dramática marcial samuraica que os mesmos executavam antes de ir as suas missões, antes de fazer valer seu momento espiritual, se preparar para um possível óbito ou a falha no objetivo. O Kenbu é a síntese da nossa prática, pois ele é conduzido pela música, poesia e da expressão corporal propriamente dita", complementou.
A interação com o público foi um dos pontos altos durante as explicações sobre o Iaido. Crianças e adultos presentes na plateia participaram de uma demonstração com o sensei João Chaves, que participa do festival de cultura japonesa há 16 anos.
"Tenho a felicidade de estar no festival desde 2007. A gente acaba ganhando a experiência de poder comunicar aquilo que precisamos dizer. Tudo é uma questão de aproveitar q afinidade e o carinho que as pessoas tem pela prática, a identificação e tentar transmitir da maneira mais didática possível. É preparar o conteúdo, explicar os termos em japonês mais de uma vez. É aprendizado, como tudo na vida", concluiu.
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