HONRARIA
Imortal da Academia, Daniela Mercury promete fazer mais pela cultura
Baiana foi empossada na cadeira de número 24, que pertencia a Gonzaguinha
Por Matheus Calmon
Cantora, compositora, instrumentista, pioneira na Axé Music e, mais recentemente, Imortal pela Academia Brasileira de Cultura. Daniela Mercury, além de outros grandes nomes, foi empossada na cadeira de número 24, que pertencia a Gonzaguinha.
Em entrevista exclusiva ao Portal A TARDE, onde falou também sobre o projeto "Oxente Acústico", ao lado do filho, Gabriel, a voz de "O canto da cidade" afirmou estar honrada, tanto por se juntar aos já empossados, quanto por estar chegando junto a grandes nomes.
Além de Daniela, Alcione, Liniker, Glória Pires, Conceição Evaristo, Vanessa Giácomo, Viviane Mosé e Margareth Menezes são alguns dos nomes que agora integram a Academia.
"Estou muito feliz de estar com grandes artistas, junto a outros 47 já empossados, que são muito importantes para a cultura brasileira, especialmente, estou com a Margareth, as duas comemorando 40 anos de carreira", celebrou Daniela, ressaltando a parceria com a ministra da Cultura.
"As duas comemorando 40 anos de carreira. Nós, que somos da mesma geração e sonhamos juntas divulgar a música da Bahia de uma nova vertente, inventamos esse novo gênero nordestino que não imaginávamos que pudéssemos trazer a tão longe e consagrar e firmar como gênero brasileiro. Muita coisa conseguimos fazer como mulheres nordestinas", seguiu.
A baiana afirmou ainda que quer usar esta imortalidade para fazer ainda mais pela cultura do Brasil e do mundo.
"Estou muito honrada em estar neste grupo, me inserindo neste contexto, para a gente discutir cultura e humildemente recebendo essa imortalidade, pois isso só pode servir para a gente se aperfeiçoar, se refinar, fazermos mais bem à cultura brasileira, a do mundo, divulgar mais ainda o que acreditamos ser o mais belo legado da nossa música".
Daniela pontuou que a posse também é uma forma de reconhecimento do trabalho de composição e atuação como cidadã na cultura brasileira na luta pelos direitos humanos. A artista fez questão de frisar que também se inspira em nomes mais recentes, como Liniker, que fez história ao ser a primeira mulher trans empossada na Academia, além dos antecessores.
Citando o filho Gabriel, com quem dividirá o palco no show "Oxente Acústico", no dia 2 de dezembro, na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, ela contou ainda que, dentro de casa, sempre foi exigente com os filhos que optaram seguir o caminho da arte.
"Ele [Gabriel Mercury] foi muito exigente consigo mesmo, até mais do que eu, sendo que eu nunca dei 'mole' para quem resolveu fazer arte lá em casa. Tanto ele quanto Giovana [Mercury] sempre tiveram muitas referências e fiz questão de que conhecessem a história da música brasileira desde criança, de forma que levou a fazerem pesquisa mais profunda e trouxe essa maturidade".
Confira a posse da cantora:
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