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CARTAS BAHIANAS

Literatura baiana ganha três novos títulos inéditos

Iniciativa, criada por Claudius Portugal, chega ao seu 55º volume

Por Israel Risan*

29/03/2025 - 3:00 h
Mariana Paiva, James Martins e Claudius Portugal são os autores das novas publicações da Coleção Cartas Bahianas
Mariana Paiva, James Martins e Claudius Portugal são os autores das novas publicações da Coleção Cartas Bahianas -

A Coleção Cartas Bahianas lança novos títulos em sua série de publicações dedicadas à literatura baiana contemporânea, no dia 12 de abril (sábado), a partir das 16h, na Cervejaria ArtMalte, no Rio Vermelho. A iniciativa, criada por Claudius Portugal, chega ao seu 55º volume e segue seu objetivo de oferecer espaço para escritores emergentes e nomes já consolidados. Entre os novos lançamentos estão obras de Mariana Paiva, James Martins e do próprio Claudius.

Consolidada como um importante espaço editorial, a coleção vem abrindo caminho para diferentes estilos e formas de expressão literária. Segundo Claudius, a proposta inicial era contemplar escritores em seus primeiros livros, mas o projeto evoluiu. “Uma coleção para primeiro, segundo e até terceiro livro de um autor. Mas mudou, passou a abranger todos”, afirma.

Entre os lançamentos, Push [Entre Sem Bater], do escritor Claudius Portugal, apresenta textos curtos que dialogam com a contemporaneidade e exploram a relação entre escrita e tecnologia. O título faz referência ao conceito de tecnologia push, associando a ideia de impulsionamento e transmissão de informações ao próprio processo de escrita. “Minha visão de literatura é que um texto é e será sempre não apenas o que se escreve, mas o que alguém lê. Um texto é para ser finalizado pelo leitor”, comenta o autor.

O poeta, jornalista, articulista, roteirista e pesquisador James Martins participa da coleção com um volume intitulado EP, que ele define como uma ‘pré-estreia’ poética. O livro traz um conjunto de poemas com forte influência da música e do ritmo, um traço marcante na produção do escritor.

“Cada poema valendo por uma canção em si mesmo, partitura própria a guiar as leituras por respirações especiais”, explica. O livro explora a sonoridade dos versos e ainda dialoga com elementos visuais e narrativos diversos.

O cenário urbano de Salvador também aparece como um elemento estruturante em sua poética. Para Martins, a capital baiana é uma referência constante, mas sem cair em abordagens regionalistas ou em uma visão idealizada. “Procuro sintonizar isso de modo a não soar, digamos, regionalista. Nem partilhar desse neo-ufanismo instagramável em torno da cidade”, pontua.

Mariana Paiva, que é escritora e jornalista, lança Minhas Meninas, livro que transita entre ficção e realidade, explorando histórias de mulheres em diferentes contextos. As narrativas abordam emoções e experiências cotidianas, revelando aspectos invisibilizados da condição feminina.

“Elas se escondem em meio a segredos de famílias, a tudo aquilo que se vive e se tem vergonha de assumir, ou então as alegrias pequenas e cotidianas que só depois de vividas a gente percebe o quanto são grandes”, reflete a autora.

A escrita de Paiva se apoia na observação do cotidiano e na construção de personagens que dialogam com a experiência real. Embora algumas histórias possam remeter a figuras conhecidas, ela destaca o caráter ficcional da obra. “Podem ter aqui ou ali algum detalhe de inspiração em pessoas reais, mas não são elas porque essas do livro são minhas”.

Diversidade

A variedade de estilos e temas presentes nos novos volumes reforça a diversidade da literatura baiana contemporânea. Enquanto James investe na sonoridade e na relação entre poesia e música, Mariana propõe uma reflexão sobre as histórias de mulheres e suas vivências, e Claudius explora a dinâmica entre escrita e tecnologia.

Com uma trajetória que passa por diferentes experiências editoriais, Claudius destaca a importância de iniciativas como esta. “Sempre é bom verificar a existência de novos espaços editoriais. Sempre fui ligado neles, estando presente como editor na coleção dos Novos da FCEBa, coleção Copene/Braskem, entre outros”, relembra.

A coleção também se destaca pela proposta gráfica e editorial, influenciando outras publicações. Portugal menciona que algumas editoras passaram a reproduzir o mesmo formato do projeto. “O que é, no mínimo, falta de criatividade e falta de respeito com a criação dos outros”, observa.

Coleção Cartas Bahianas, novos títulos / 12 de abril / a partir das 16h / Cervejaria ArtMalte, no Rio Vermelho / Gratuito

*Sob supervisão do editor Eugênio Afonso

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