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25/06/2023 às 6:30 | Autor: Rafael Carvalho | Crítico de cinema

ENTREVISTA

Luciana Souza: "Sempre recebo projetos me sentindo muito honrada"

Atriz destacou a sensação de ter seu trabalho está se expandindo e sendo reconhecido

Luciana já havia feito a religiosa Dona Joana, em Ó Paí, Ó (2007), marcando o reconhecimento para o grande público
Luciana já havia feito a religiosa Dona Joana, em Ó Paí, Ó (2007), marcando o reconhecimento para o grande público -

Co-protagonista de Quando Eu Me Encontrar, a atriz baiana Luciana Souza falou da experiência de filmar fora da Bahia e de projetos futuros. Desde que apareceu no elenco de Bacurau (2019), ela não tem parado de estar nas telas do cinema, embora sua carreira remonte aos anos 1990, no icônico Bando de Teatro Olodum.

Luciana já havia feito a religiosa Dona Joana, em Ó Paí, Ó (2007), marcando o reconhecimento para o grande público. O filme baiano está prestes a ganhar uma continuação. Luciana conversou com A TARDE durante a passagem pelo Olhar de Cinema.

Você tem feito muitos filmes fora da Bahia. Como tem sido essa experiência?

No Ceará, eu fiz antes desse o Amores Paraguayos, de Janaína Marques, que ainda está em processo de montagem. Eu estava fazendo esse filme lá e voltei a Salvador para fazer A Matriarca, de Lula Oliveira. Quando estava finalizando, recebi o convite para Quando Eu Me Encontrar, justamente por conta de minha experiência anterior no Ceará. As coisas estão interligadas. E eu ainda fiz outro lá, uma participação em Greice, do Leonardo Mouramateus. Fiquei impressionada com esse chamado do Ceará. Eu sempre recebo os projetos me sentindo muito honrada. É a sensação de que meu trabalho está se expandindo. Em Salvador, as pessoas me reconhecem, mas é difícil trabalhar como ator na nossa cidade. Quando vou para fora, vejo que existem lugares que me querem profissionalmente. Estou aprendendo a me relacionar com isso, a negociar meu trabalho. É também uma forma de me tirar desse lugar de conforto. Entendo como um chamado para povoar outros espaços.

Como foi viver a Marluce nesse filme novo?

Meu processo é de ler o roteiro, entender, ouvir o que as diretoras têm para dizer. Tenho entendido que construir uma personagem é estar à disposição das coisas que vão me acontecendo, no set e ao redor da preparação, dos meus sentimentos, é estar aberta. Existem também os sinais, invisíveis. Claro, tem o trabalho técnico, o trabalho de voz e corporal que eu adoro fazer e dos quais não abro mão. Mas é preciso estar atenta ao que acontece ao redor. Não desenho logo de imediato uma personagem, deixo acontecer porque sei que não é do meu domínio total dar essa construção. Ela se faz pelo trabalho em conjunto.

Você conhecia os demais atores?

Não conhecia nenhum. Só mesmo o pessoal da técnica, da maquiagem, que tinha sido o mesmo de Amores Paraguayos. E foi um processo muito acolhedor. Não senti pressão nenhuma, mas um acolhimento porque é melindroso para todo mundo. Quando comecei a fazer cinema, eu pensava ‘será que estou oferecendo o que as pessoas querem de mim?’. Mas nem todo mundo tem a certeza exata do que é. E a gente tem de dar alguma coisa para eles dizerem se está bom.

As diretoras falaram de certa doçura que você tem, mas vejo no filme um semblante duro, reservado. Marluce guarda para si a angústia. Como foi trabalhar essa postura da personagem?

Quando assisti ao filme pela primeira vez, fiquei imaginando essa dureza da personagem. Quando a Marluce recebe a carta da filha logo no início, não seria o caso dela ler a carta e esbravejar? Mas ela segue num silêncio. Essa termina sendo uma marca da história de vida da personagem. É como se ela estivesse impregnada pela própria dureza da vida. Ela vai cobrar da mãe e vemos de onde vem essa reação. Ela tem uma marca histórica de dureza, que se construiu assim e que é a marca de muitas mulheres. É da minha própria mãe, é da minha própria vida, são coisas já conhecidas para mim.

Sinto que sua personagem está a ponto de desabar, no limite da emoção, mas você se segura.

Sim. Tem coisas que não estão ditas. Eu penso na Joana, de Ó Paí, Ó, que é uma personagem dura, mas que explode, tem um contexto que favorece essa explosão. E aqui não, é o oposto disto. Há uma economia dos gestos, engessada ali, embora a explosão também esteja presente dentro dela.

Falando de Ó Paí, Ó, vocês terminaram as filmagens da continuação no ano passado. Como foi esse reencontro?

Muitas pessoas me perguntam se ainda estamos filmando, mas já acabou. O filme tem sido muito esperado, levamos muito tempo entre um e outro para retomar. Mas ele está vivo de tal forma que as pessoas estão sempre perguntando. O primeiro, de 2007, marcou muito o cinema brasileiro e baiano. E não havia outros atores de fora de Salvador para fazer o filme. Foi muito representativo para a gente, para o Bando e para nossa história, com o que fomos ganhando com toda a repercussão.

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