CULTURA
Luísa Meirelles faz seu primeiro show neste domingo
Por Luciano Aguiar
Quem conhece a jovem cantora e compositora Luísa Meirelles, que faz hoje, às 17 horas, o seu primeiro show," (Meta)Morfoseando", no Teatro Gamboa Nova, sabe o que é uma entrega artística. Aos 20 anos, aluna do curso de canto da Escola de Música da Ufba, professora do curso livre da Emus, boa violonista e com algumas canções e músicas instrumentais embaixo do braço, ela dá um salto firme rumo à afirmação musical.
"(Meta)Morfoseando", que, segundo Luísa, tem a ver com a transformação de sua identidade musical, ”com o estar em processo”, fica em cartaz por três domingos, encerrando temporada no dia 23.
“Mostro, agora, onde eu estou, o meu caminho, aquilo que eu já fiz e o que estou fazendo. É um show bem misturado. Tem de músicas simples, de quando eu era mais nova, como Maior Bem e Verbo Amar, em clima pop rock, a músicas que fiz por agora, bem mais experimentais”, explica a cantora.
Apesar do forte lado de intérprete, Luísa dá um passo corajoso ao mostrar prioritariamente, no show, a sua lavra composicional. Das 13 músicas do repertório, dez são dela, distribuídas em uma boa variedade de gêneros, como samba (Um Canto e Sambinha), ijexá (Minhas Gerais, que, segundo Luísa, é mistura de Minas com Bahia), funk (O Menino da Casa Amarela), bossa (Manhã), pop rock, sem contar alguns temas instrumentais, nos quais ela promete bons improvisos vocais.
A artista faz questão de dizer que haverá uma música em homenagem ao lendário Sexteto do Beco, grupo baiano dos anos 70 e 80, que, entre outros, era formado por Aderbal Duarte, professor de violão de Luísa, e Sérgio Souto, com quem ela já trabalhou.
Uma das músicas do repertório, Flora, é assinada pelo pai de Luísa, o contrabaixista, arranjador e, também, compositor Ataualba Meirelles, que assina a direção musical do show. “Eu o chamei porque acho que ele iria entender o que eu queria passar, e ele é uma das minhas influências também”, diz Luísa.
Por falar em influência, a cantora também admite se inspirar paradoxalmente em Janes Joplin e Dalva de Oliveira, por conta do canto visceral das duas, mesmo tendo sido de gêneros tão distintos. “É muito verdadeiro o que elas passam. É a verdade da alma”, declara.
Para essa primeira empreitada, além do pai, Luísa vem acompanhada de Márcio Dhiniz (bateria), Joander Cruz (sax alto, tenor, soprano e flauta), André Santana (piano e sanfona) e ainda recebe convidados especiais.
| Serviço |
(Meta)Morfoseando, com Luísa Meirelles / Domingos, às 17h, até o dia 23 / Teatro Gamboa Nova / R. Gamboa de Cima, 3 (71-3329-2418) / R$ 10 e R$ 5Uma das músicas do repertório, Flora, é assinada pelo pai de Luísa, o compositor Ataualba Meirelles
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Siga nossas redes