Mariana Ximenes em três atrações diferentes na TV | A TARDE
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Mariana Ximenes em três atrações diferentes na TV

Publicado terça-feira, 05 de setembro de 2006 às 13:05 h | Autor: Agencia Estado

Três é demais. Até Mariana Ximenes já enjoou de ver sua imagem estampada na televisão. Na semana passada, após gravar Cobras & Lagartos em Angra dos Reis, tentava relaxar em um jantar com amigos quando foi surpreendida por Rosário, a romântica menina da minissérie A Casa das Sete Mulheres, lançada pela Globo em 2002. "Não consigo desligar. Agora posso ver Rosário com distanciamento, era uma outra fase da minha vida, fico analisando tudo", diz Mariana.

Além de alegrar as noites e madrugadas de seus fãs, dá canja para os noveleiros vespertinos. Em Chocolate com Pimenta, do Vale a pena ver de novo, vive a protagonista Ana Francisca, uma versão brasileira de Betty, a Feia. Mais? Quem gosta de zapear ainda poderá encontrá-la em comerciais de óculos e adoçantes espalhados pela rede. "Senhor, que loucura! Não tenho controle disso, os reprises não dependem de mim. De repente, todas as personagens estão no ar. É engraçado revisitar o passado e melhor ainda é saber que a emissora tem planos de futuro para mim."

Isso mesmo: Bel ainda nem saiu do ar e Mariana já está reservada para outra novela. Trata-se de Paraíso Tropical, a próxima trama das oito. Gilberto Braga já avisou que a quer como vilã, faceta mostrada só no cinema. "Acho que as pessoas podem se chocar se eu fizer uma malvada na TV, mas quero que se choquem mesmo! Não sou a Bel, não sou a Ana Francisca. Sou uma atriz que tem um tesão absurdo pelo trabalho. Preciso de um personagem instigante, que me provoque. Admiro muito o Gilberto, trabalhar com ele sempre foi meu sonho de consumo. Sabe quando você é criança e pensa nos autores de novela? Gilberto sempre foi a minha referência. É impossível recusar um convite dele, mesmo que digam que eu preciso de férias."

Onipresente na TV, Mariana se tornou uma das atrizes mais disputadas da nova geração. Desde a estréia na Globo, em 1999, tem feito ao menos uma novela por ano, além de especiais e minisséries. "Sou privilegiada por trabalhar tanto, mas não vou dizer que se trata de sorte. Tenho muita disciplina, levo a pontualidade a sério e sou completamente comprometida com todos os trabalhos que abraço."

Mariana se afastou da TV apenas em 2002, mas não para descansar. Naquele ano, investiu no cinema e acabou levando prêmios de Melhor Atriz Coadjuvante pelo desempenho em O Invasor, de Beto Brant. Para 2006, além do intensivão na TV, promete outra surpresa na telona. Ela está no elenco de Muito Gelo e Dois Dedos de Água, filme de Daniel Filho que estréia em outubro. Enquanto a história não entra em cartaz, a atriz vibra com o sucesso de crítica do recente longa A Máquina, convidado para participar de festivais internacionais na Europa, EUA e Oriente. Nem adianta evitar o cinema ou desligar a televisão para fugir de Mariana. Assim que a novela das sete terminar, ela começa a escolher o texto que pretende trazer para os palcos paulistanos no início do próximo ano. "Estou lendo muitas coisas, ando sentindo falta de São Paulo. Muita gente já esqueceu, mas eu sou paulista, viu?", brinca. Na última semana, ela fez uma passagem relâmpago pela capital, mas não se livrou das saudades. Apareceu por aqui apenas para promover a campanha da Tilibra da Feira Escolar 2006. "Atores e atrizes não podem ignorar que têm um papel social. Fui buscar o significado da palavra caderno, tem muito a ver com companheiro. E é isso que ele deve ser para a criança", diz.

Mariana não faz tipo só para parecer cult. Aos 25 anos, circula com desenvoltura entre os intelectuais cariocas e fala sobre tudo: de arte contemporânea a pratos da alta gastronomia. "Tive sorte. Com seis anos, quando disse que seria atriz, meu pai me obrigou a ler a coleção do Monteiro Lobato. Ele queria me mostrar que este ofício é mais que glamour. Requer conteúdo."

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