Marilyn Manson toca hoje no Via Funchal em SP

Coincidência ou não, Marilyn Manson conseguiu alavancar duas apresentações ao mesmo tempo em que expõe suas obras de arte em São Paulo. O músico, conhecido pelas frases polêmicas que dispara, teve seu auge artístico há quase dez anos, época em que tocou no Brasil pela primeira vez. Naquele show, chegou a rasgar uma Bíblia em pleno palco. Atualmente, com 48 anos, ficou mais exposto às colunas de fofoca por trocar a mulher, a playgirl Dita Von Teese, pela ninfeta Evan Rachel Wood, de 20 anos.

Hoje, Brian Hugh Warner, seu nome de batismo, toca no Via Funchal com sua banda. No dia seguinte é o convidado da festa do VMB, da MTV, e na sexta-feira abre uma exposição de suas aquarelas na Galeria Romero Britto, nos Jardins. Em entrevista concedida na semana passada, Manson falou que costuma associar sua música com suas pinturas.

Também falou novamente das conseqüências que uma música violenta como a sua podem resultar: "Gostaria de pensar que a arte não afeta as pessoas, mas as pessoas são afetadas e respondem de maneiras diferenciadas. Algumas pensam em devolver ao mundo o que sentem, às vezes violentamente. Isso não é uma discussão nova, vem desde o tempo da Bíblia. Geralmente, os que são mais exaltados contra os artistas são os religiosos. E a Bíblia contém um monte de violência. Esse conceito de assassinato é bíblico. Mas eu acho que ser artista também é, de certa forma, uma ação religiosa".

Na entrevista, reiterou suas maiores influências como sendo David Bowie, Alice Cooper e Jim Morrison. Quando perguntado sobre se ainda dá toda a importância devida a videoclipes e festas que o consagram, respondeu: "A idéia de celebrar vídeos de música e arte em geral me agrada. Eu cresci ouvindo a MTV. Nos Estados Unidos, é um pouco diferente, já não me vejo pertencente àquele mundo. Uma das minhas músicas no disco novo se chama Red Carpet Grave (Túmulo do Tapete Vermelho). É com o me sinto nisso". As informações são do Jornal da Tarde