Menu
Pesquisa
Pesquisa
Busca interna do iBahia
HOME > CULTURA
Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email

VOZ NEGRA

Morre aos 90 anos a escritora francesa Maryse Condé

A escritora abordou em seus trinta livros temas como África, a escravidão e as múltiplas identidades negras

Da Redação

Por Da Redação

02/04/2024 - 21:56 h
A escritora francesa começou a escrever aos 42 anos, após 12 anos de dificuldades
A escritora francesa começou a escrever aos 42 anos, após 12 anos de dificuldades -

Morreu nesta terça-feira, 2, a escritora guadalupense Maryse Condé, grande voz negra da literatura francófona, aos 90 anos.

A informação foi dada pelo seu marido e tradutor Richard Philcox. Ainda não se sabe a causa da morte, mas a escritora estava internada em um hospital na cidade de Apt, no Sul da França após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Tudo sobre Cultura em primeira mão!
Entre no canal do WhatsApp.

Nascida em Pointe-à-Pitre em 11 de fevereiro de 1934, Maryse Condé abordou em seus trinta livros temas como África, a escravidão e as múltiplas identidades negras. Também era muito conhecida nos Estados Unidos, onde viveu por vinte anos em Nova York. Na cidade americana, inaugurou e dirigiu um centro de estudos francófonos na Universidade de Columbia.

Condé passou a ser editada recentemente no Brasil, onde a editora Rosa dos Ventos lançou quatro obras suas: "Eu, Tituba: bruxa negra de Salém", em 2019, "O evangelho do novo mundo" e "O coração que chora e que ri: contos verdadeiros da minha infância", ambos em 2022; e "O fabuloso e triste destino de Ivan e Ivana", publicado em fevereiro deste ano. A mesma editora prepara para o segundo semestre deste ano mais um lançamento de Maryse, "Victoire, les saveurs et les mots" (ainda sem título em português).

Até o final de sua adolescência Maryse Condé não havia se percebido negra. Nunca tinha ouvido falar da escravidão nem da África. Sua mãe, professora, a proibiu de falar crioulo e a obrigou a aprender francês. Somente aos 19 anos, quando chegou a Paris, que se deu conta da barreira que sua cor de pele impunha.

Começou a escrever aos 42 anos, após 12 anos de dificuldades, e conseguiu graças a Richard Philcox, que se tornou seu tradutor. Em 1976, publicou "Heremakhonon", depois "Segu" (1984-1985), um sucesso de vendas, sobre o império bambara no século XIX no Mali. Seu nome foi mencionado diversas vezes para o Prêmio Nobel de Literatura.

Siga o A TARDE no Google Notícias e receba os principais destaques do dia.

Participe também do nosso canal no WhatsApp.

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Tags:

Afrodescendente carreira Contexto Histórico escritora Legado Literatura Francesa obras Prêmios

Siga nossas redes

Siga nossas redes

Publicações Relacionadas

A tarde play
A escritora francesa começou a escrever aos 42 anos, após 12 anos de dificuldades
Play

É possível tocar em meteoritos na Bahia! Saiba onde viver experiência única

A escritora francesa começou a escrever aos 42 anos, após 12 anos de dificuldades
Play

Salvador ganha novo espaço para grandes eventos com a inauguração da ARENA A TARDE

A escritora francesa começou a escrever aos 42 anos, após 12 anos de dificuldades
Play

Lobão 'incendeia' a Concha com Rock em estado bruto e celebra 50 anos de carreira

A escritora francesa começou a escrever aos 42 anos, após 12 anos de dificuldades
Play

VÍDEO: Fernanda Torres chega ao tapete vermelho do Globo de Ouro

x