Museu Garcia D’Ávila oferece viagem ao tempo do Brasil Colônia

Uma viagem para a história do Brasil colônia: é deste modo que o museu do Parque Histórico e Cultural do Castelo Garcia D'Ávila marca seus visitantes. Localizado na Praia do Forte, região metropolitana de Salvador, o local possui uma experiência histórica através de mapas, achados arqueológicos indígenas, portuguesas e africanas, além de contar a trajetória da família Garcia D’Ávila, que chegou ao país em há quase cinco séculos (1549).

Segundo Geisy Fiedra, presidente da Fundação Garcia D'Ávila, o museu é um grande empreendimento cultural e um marco para a organização. “Um momento de grande realização para todos nós. É a história do povo brasileiro, nossas raízes, uma forma da gente honrar e conhecer nossos antepassados. São emoções ímpares, inesquecíveis, que fazem parte da nossa cultura. Entregamos isso com muita alegria e realização”, afirma.

Azulejos portugueses, réplicas de navios, animais empalhados e uma maquete da antiga Casa da Torre também podem ser vistas no espaço.

Tombado pelo Iphan desde 1937, a arquitetura do lugar nos transporta para os tempos do Brasil dos séculos XVI ao XIX. Já a fachada das ruínas do Castelo evidenciam a experiência marcante que é desfrutar o ambiente.

Para o ator Jackson Costa foi uma grande alegria e honra participar da inauguração oficial do local.

“Está na nossa mão fazer um momento melhor no presente e no futuro. Esse museu traz parte da nossa história que precisamos conhecer para fazermos essa evolução. Aqui vamos conhecer um pouco da beleza e cultura dos povos indigenas e povos negros que juntos formam essa fortaleza da cultura baiana, um destaque no mundo”, comentou o artista.

História e tecnologia

O passado reunido ao moderno presente é uma das grandes experiências que o museu Garcia D´Ávila proporciona.

A imersão pode ser feita pelos visitantes em diversas pontos: totens interativos; parabólicas sonoras e telas digitais com depoimentos de arquitetos, historiadores, artistas.

A curadora Rose Lima, responsável pelo projeto curatorial e expográfico do espaço, diz que a ideia é que o público tenha sensorialmente a interação com o século XVI, para sentirem o que existia naquela época por meio dos recursos digitais.

“Trouxemos um mix tecnológico para que as pessoas tenham uma maior interação. A tecnologia é um ponto importante para interagir nos conceitos e trazer as pessoas mais perto. Queremos levar conhecimento, educação e cultura. Saber nossa origem é muito importante para compreender o que somos”, explica.

Projeto realizado pelos VJs Grazi, Spetto e Gabiru, a poesia audiovisual através de vídeo mapping é outro recurso tecnológico que o lugar oferece.

A produção com linguagem contemporânea é refletida em um espetáculo de imagens, cores e sonoridades, que conta a história da família Garcia D´Ávila e suas gerações.

Já a elegante Capela Nossa Senhora da Conceição, construída no século XVI, passou por restauração e transmite uma sensação de divindade através de uma bela exposição de áudios e canções, mesclando o clássico com o popular.

Além do forte item histórico, o turismo cultural é outro viés trazido pelo parque histórico e cultural. Visitantes de Salvador, região metropolitana, moradores de Mata de São João e outras localidades da Bahia podem desfrutar de tudo aquilo que o espaço possui. Assistente de produção, Bianca Lessa (29) foi visitar o lugar e observou que Praia do Forte ganhou um novo ponto turístico, além dos ambientes praianos que já existem.

“Com essa vista linda e possibilidade de visitação noturna, as pessoas podem conhecer a história visual daqui. Os vídeo mappings estão muito bonitos e mostram um pouco também da fauna e flora locais”, analisa

O funcionamento será de quarta-feira aos domingos e feriados, das 10h às 16h30. Nos dias de vídeo mapping, o horário é estendido, pois a apresentação vai até 19h.

Os ingresso saem por R$ 30 e R$ 15 (meia). Crianças de até 5 anos e pessoas naturais de Mata de São João têm direito à gratuidade.

*Sob a supervisão do editor Chico Castro Jr.