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CULTURA

O som contemporâneo da favela

Por Laura Dantas, do A Tarde

22/12/2008 - 16:31 h



Uma réplica do ambiente das favelas do Rio de Janeiro, num cenário que reproduz casas simples, lajes, muros grafitados, varais, plantas no terraço. Foi assim que o cantor e produtor Leandro Sapucahy resolveu homenagear os morros cariocas e sua gente no DVD Favela Brasil, gravado ao vivo na Fundição Progresso, na Lapa, e também lançado em formato CD.



“No show, ponho gari, arrumadeira e um repertório que fala do universo deles. Ninguém fala nada dessa galera, por isso, no palco, falo muita gíria, falo de situações reais, do crime e também do outro lado, dos movimentos, da cultura que nasce ali”, diz Leandro, que faz um apanhado das sonoridades que fazem parte desse universo: o samba, o funk e rap. “O repertório que fizemos fala do universo de favela, da violência, do lado irônico, da gíria, da sagacidade do cara, de como se vive dando cambalhotas para sobreviver”.



Dirigido por Estevão Ciavatta e com produção musical de Prateado, o DVD conta com direção cênica de Regina Casé e cenário projetado pelo artista plástico Zé Carratu. A proposta é apresentar a música de uma favela contemporânea, em diálogo permanente com o mundo e seus vários matizes. É por isso que, logo na abertura do show, o cantor, que entra em cena numa moto-táxi (meio de transporte popular nas periferias), contrapõe dois aspectos de uma mesma realidade: o manifesto social Numa Cidade Muito Longe Daqui (Polícia e Bandido), de Arlindo Cruz, Acyr Marques e Franco, e a apoteótica exaltação à Cidade Maravilhosa Aquele Abraço, de Gilberto Gil.



Potencial – De acordo com Leandro, é preciso explorar o potencial criativo e turístico das favelas para que isso gere benefícios aos próprios moradores. “A maioria dos gringos quer conhecer as favelas. Alguém precisa coordenar isso para reverter a favor da comunidade”, diz.



O cantor defende medidas para minimizar a violência em locais sitiados pelo tráfico. “Não vai ser uma pessoa que vai resolver isso, o governo tem que tomar uma providência rápida de educação e de saúde para melhorar a questão da segurança. À medida que tiver educação e saúde, automaticamente a violência vai diminuir”, acredita ele ao frisar que 80% da violência deriva da falta de emprego.



No DVD, a seleção das 20 músicas dá vez a uma nova safra de compositores, entre eles Serginho Meriti, Rafael Delgado, MC Marcinho, além de temas assinados por veteranos como Arlindo Cruz e Leci Brandão, que também participam como convidados, respectivamente, nas faixas Favela e O Dono e o Povo. Nos extras do audiovisual, Seu Jorge é outro nome que comparece cantando Problema Social, de Guará e Fernandinho. “Eu tenho uma vantagem. É que o gênero que eu canto pouca gente grava, todo mundo corre para o romântico, então falou de crime, de bandido e de polícia, o cara já manda pra mim”, diz Leandro. (LD)

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